Conversa de Menina
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Artigo: Vista-se com isto

16 de julho de 2011 Alane Virginia Deixe um comentário

Escolhi para este sábado um artigo da jornalista Marli Gonçalves que fala sobre a falta de comunicação que já virou epidemia global em um mundo hiperconectado como o nosso. Um paradoxo, não é? Quanto mais aplicativos, menos diálogo. Usando a moda como metáfora, a autora, de forma sutil e irônica, nos chama a atenção para um tema caríssimo: liberdade de expressão. Vale muito a pena essa leitura. Divirtam-se e pensem no assunto!

Vista-se com isto

*Marli Gonçalves

Já que agora somos livres para dizer e apelar para o que queremos, vamos desfilar por aí. Suba nessa passarela. Já pensou se usássemos nossos corpos como cartazes, com roupas que passassem recados por aí? Quanta coisa para dizer! Mensagem do dia. Tabuleta. Bandeirinha. O que você escreveria na sua?

O menino vinha andando, mãos no bolso, um ser normal, aparência tranquila. Mas ele – só pode ser – queria mesmo é se comunicar sem falar, mantendo informadas as pessoas com quem cruzasse, para que ficassem longe – me pareceu que era uma preguiça até peculiar de explicar muito. REVOLTADO: era o que diziam as letras brancas em sua camiseta preta. Apenas isso: revoltado. Ninguém sairia com uma dessas, sem se sentir assim. Sem estar assim. Sem ser assim. E revoltado com tudo, sem exceções. Palavra forte, essa.

Vi esta cena já há alguns dias, mas ela ficou na minha cabeça. Vamos virar cápsulas daqui a pouco. Penso que cada vez mais, até por conta de tantas tecnologias, nos fechamos em nós mesmos. Isso não é bom. Pensou se, por exemplo, a gente pudesse ter uma eletrotela na cabeça, que ficasse passando o noticiário, o “nosso” noticiário? Um Twitter vivo? “Não fale brusco comigo. Estou na TPM”. “Quero que o mundo acabe em melado”. “Hoje vou à luta”. “Passa um SMS”. “Só ligo a cobrar”. “Dormindo em pé”.

Já conhecemos aqui nesta terra um presidente que, quando começou a se isolar, comunicava-se por intermédio da camiseta com a qual corria no fim de semana, e chegou até ao deselegante “aquilo roxo”. Um tanto grosseiro, mas esse cidadão ainda continua por aí, de volta aos círculos íntimos do poder. Devia usar uma assim: Bandido.

Aperfeiçoando a minha invenção, já pensou se fosse como uma máquina da verdade, daquelas que lêem seus pensamentos? O que diria a eletrotela de Dilma Rousseff? E quando está ao lado de Michel Temer? Você não tem essa curiosidade? De vez em quando, admita, também não imagina e põe balõezinhos na cabeça das pessoas, ou na sua mesmo, com um pensamento que fica ali pairando? Sabe aquele desenho que tem bolinhas e o balão, para denotar que é apenas um pensamento? Alguns são realmente censuráveis.

Não é tão louca a ideia, gente – já existe, já vi, passa uma mensagem vermelha, um banner, mas só para duas ou três palavras, fixadas na fivela do cinto ou mesmo no peito de uma camiseta. Você programa. Não é a coisa mais bonita do mundo, mas escuta só que não vai demorar e algum maluco beleza lança algo em laser, ou holografia, 3-D, neon, tinta invisível. Vai ser um aplicativo.

Aqui só fiz aperfeiçoar a “criação”, dar uma de stylist, e desejando única e exclusivamente melhorar o entendimento entre os humanos que não anda nem um pouco fácil. Mal ou bem, se a gente pensar, essa onda de tatuagens não deixa de ser essa forma de expressão, só que mais radical; imagem eterna. Faz, mas não dá para mudar mais de ideia, nem de estado de espírito. Se tatuou dragão, não vai mostrar borboleta; se tatuou beija-flor, não dá para virar urubu de uma hora pra outra. Não pega nem bem. Sacou?

Melhor então é voltar à proposta inicial, roupas. Uma palavra. No máximo duas, uma composta ou substantivo + adjetivo, um sinal de pontuação. Pensei também se não seria uma boa uma coisa até mais intelectual, mas que também dissesse tudo sobre você. Viajei na ideia de um vestido preto, simples, com bom caimento, com as letras no peito, brancas: “BALZAC?”. Ou talvez apenas SADE, SARTRE, DALI, CONFUCIO, PICASSO, DA VINCI, PELÉ. Depende de quem você gostaria de estar representando, ou de quem você gostaria de ter como se fosse um autógrafo no corpo.

Estampas não faltarão. Inclusive na linha bons desejos. Teve uma época que uma grife fez umas assim, mas começaram a piratear e eles desistiram. A linha era essa: Paz, Amor, Fraternidade, Igualdade, Liberdade. Proponho Verdade, Mentira. Tive um par de meias assim que amava: um era YES; o outro pé, NO. Serviam também como sinalizadores.

Longe da política e da militância a favor de qualquer coisa, podíamos pensar também em uma linha de lingerie especial, para homens e mulheres: Aperte Aqui, Abra devagar, Entre. Fique. Também poderiam ser usados os símbolos internacionais de trânsito. PARE. Curva acentuada à direita. Siga em frente. Cuidado: obstáculo. Livre, à frente. Proibido parar.

Garanto que ia ter um monte de gente comprando, para ver se melhorava a comunicação em casa. Uma coisa bem particular. Ou na rua. Agora podemos tudo, mesmo. Somos quase LIVRES.

*Marli Gonçalves é jornalista e vive em São Paulo. O texto foi publicado no blog com autorização, mediante a citação da autoria e respeito à integridade do conteúdo. Para ler mais artigos de Marli Gonçalves, visite o site dela aqui, ou o blog aqui. Siga-a também no Twitter: @MarliGo ou torne-se amiga no Facebook, onde ela tem perfil.

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Outros artigos de Marli Gonçalves no blog:

>>Hormônios, chatices e chateações

>>Impaciências

>>“Violência contra a mulher”

>>A vitória das ruas

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Artigo: Família e escola, a parceria que dá certo!

21 de junho de 2010 Alane Virginia Deixe um comentário

O recesso junino já começou aqui no Nordeste e no eixo sul-sudeste do país, a turma se prepara para as férias de julho. É uma boa pausa para avaliar o desempenho da criança na escola, dar uma boa olhada nas notas e nas conquistas, ouvir os filhos sobre as descobertas que fizeram neste primeiro semestre, não só na área acadêmica como na esfera das relações pessoais. Como abri o dia hoje falando em educação e no concurso Causos do ECA (Veja o post abaixo), completo o tema agora com um artigo de Elisete Baruel sobre a importância da parceria família x escola para o desenvolvimento da criança. Elisete cita como exemplo sua própria experiência a frente da Vitae Future Kids, entidade que presta consultoria e desenvolve projetos em educação. As reflexões porém, se aplicam ao nosso dia a dia e ao tipo de relação que estabelecemos tanto com nossas crianças quanto com o local escolhido para educá-las. Discordo radicalmente dos pais que delegam apenas à escola a função de educar seus filhos e prepará-los para a vida. Bem como discordo das escolas que não sabem os próprios limites e interferem na vida doméstica de modo invasivo. Mas confio em parcerias e acredito que é possível estabelecer um diálogo entre esses dois mundos de forma a beneficiar a formação intelectual, mas principalmente humana, das gerações futuras. Confiram!

Família e escola, a parceria que dá certo!

*Elisete Baruel

A sociedade tem passado por mudanças rápidas, decorrentes de tantas novas informações e avanços tecnológicos, que vêm repercutindo na configuração familiar e no seu processo de interação com a escola. Por diversos motivos, hoje a criança passa cada vez mais tempo na escola e em atividades extracurriculares, e seus responsáveis têm cada vez menos tempo para participar de eventos escolares e raramente acompanham as lições de casa. Com isso, a escola se torna a única responsável pelo desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno.

Mesmo assim, podemos dizer que as famílias ainda são a base mais consistente na vida dos alunos e são elas que proporcionam uma relação natural entre as crianças e adolescentes e o ambiente escolar. São as famílias que decidem, desde cedo, o que os filhos precisam aprender e quais instituições devem frequentar.

Mas como fazer com que a escola e a família se tornem parceiras na aprendizagem das crianças? Inicialmente, é indispensável que família e escola entendam claramente que papéis desempenham na vida do aluno e, por isso, é necessário pôr fim à incompreensão das famílias referente à linguagem escolar e aos procedimentos adotados na avaliação de seus filhos, de forma que suas intervenções sejam efetivas e construtivas.

É neste sentido que a relação família-escola ganha força, encontrando o suporte necessário à realização de mudanças que garantam experiências de sucesso acadêmico e social aos alunos. Entendendo a importância desta parceria, a Vitae Futurekids desenvolveu o Pró-Família, baseado num projeto desenvolvido pela Universidade de Harvard, em Boston (EUA), denominado “Havard Family Research Project” e adaptado à realidade brasileira.

O conceito orientador do Pró-Família é simples. Ao invés de culpar uns aos outros, professores e pais atuam juntos como parceiros com iguais atribuições e responsabilidades, de maneira a estabelecer relações e construir confiança mútua, utilizando o tempo de convivência para dividir sonhos, expectativas e experiências, visando ao sucesso acadêmico dos alunos.

O Programa propõe uma metodologia inovadora de visitas à casa dos alunos, o que auxilia no desenvolvimento de novas redes de sociabilidade e serve para a construção de canais de mediação mais consistentes, em que todos aprendem como partilhar saberes e recursos. Durante as visitas, pretende-se identificar, no ambiente familiar, as raízes das dificuldades de aprendizagem dos alunos, considerando as condições de vida e moradia. Desta forma, contemplam esforços estratégicos para fortalecer o comprometimento da família e da comunidade no apoio do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, ajustando as metodologias educacionais a cada realidade.

O sucesso dessa parceria pode ser medido por depoimentos apresentados por quem já participou no Brasil do projeto desenvolvido em Boston. “Os educadores me fizeram sentir como se estivessem lá para ensinar o meu filho. Estão sempre me dando ideias sobre que atitudes tomar. Além disso, percebi que  prestam atenção ao que eu digo e isso me fez sentir bem. Eu disse a mim mesmo – eles conhecem meu filho”, afirmou um pai. O professor emenda: “Os resultados dos alunos estão afixados no quadro de avisos e os portfólios de trabalho são dispostos por todo o prédio. Podemos ver que a maioria dos alunos tem bons resultados em línguas estrangeiras, matemática e ciência. Muitos professores acreditam que o sucesso é crédito da parceria estabelecida com os pais.”

*Elisete Baruel é Coordenadora de Educação da Vitae Futurekids

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*Sexo: papo de mãe e filha

23 de dezembro de 2009 Alane Virginia 2 Comentários

Conversar com os filhos sobre sexo é sempre um momento delicado na relação das famílias, mais especificamente das mães e filhas, porque o contexto da nossa sociedade confere às mães o status de tocar “em certos assuntos” com mais propriedade. O papo que essas mães vão levar com suas meninas, e meninos também, por quê não?, pode tornar-se definitivo na maneira como essa criança ou adolescente, depois de adulto, vai lidar com  a própria sexualidade. A conversa precisa ser leve, sincera e principalmente didática. Sem necessariamente precisar falar “língua de enciclopédia” é preciso sim explicar tudo direitinho, com detalhes que atendam a faixa etária da criança, lógico. Não adianta passar para ela conceitos que ainda não tem capacidade de entender.  Para ajudar mães, e pais também, por quê não? – que precisam conversar com suas filhas sobre sexo, eis algumas dicas que recebemos do Instituto Kaplan, uma entidade socio-educativa séria e que dividimos com vocês.  Confiram:

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Sexo: papo de mãe e filha

Na verdade, não existe uma regra para as primeiras conversas sobre sexo entre mães e filhas, pois depende muito de como foi a educação desta mãe, de como ela viveu e vive sua sexualidade, do contexto familiar, da religião. O Instituto Kaplan, que estuda a sexualidade humana e desenvolve projetos pedagógicos de educação sexual, recomenda que a mãe fale da forma mais simples e objetiva possível, respondendo somente o que a filha ou filho perguntar.

“Sem dúvida a mãe (ou substituta) é a figura mais importante no processo de formação sexual, em função da representação afetiva que ela tem. O que a mãe fala fica registrado, não sabemos ao certo o uso que a menina fará, mas não temos dúvida que a informação foi registrada. Nenhuma amiga, professora, orientadora, revista ou site tem o mesmo poder de fixar as mensagens como a mãe”, explica Cristina Romualdo, psicóloga e coordenadora do Instituto Kaplan.

Mas a mãe não tem obrigação de saber tudo, admitir isso é muito saudável e, junto com a filha, buscar a informação solicitada. O Kaplan desenvolveu algumas dicas para deixar mais fácil a conversa sobre sexualidade entre mãe e filha:

1 – Aceitar a sexualidade de sua filha (ela realmente existe!)

2 – Estar aberta para as mudanças sexuais de sua filha

3 – Se apresentar disponível para responder as dúvidas da filha

4 – Realmente ouvir sua filha

5 – Tentar não pré-julgar

6 – Admitir o que não sabe

7 – Fazer comentários sobre o que vê na TV, revistas ou internet sobre temas sexuais, isto também é uma forma de orientar

8 – Dispor-se a procurar junto com sua filha a informação necessária

9 – Respeitar sua privacidade (não precisa falar de sua própria sexualidade, se não quiser)

10 – Levar sua filha ao ginecologista e acompanhá-la durante a consulta

*Material encaminhado ao blog pelo Instituto Kaplan

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Leia outros posts sobre educação sexual:

>>Por falar em sexo…

>>É hora de falar de sexo…

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Artigo: Redes sociais e comportamento feminino

5 de novembro de 2009 Alane Virginia 3 Comentários

redes sociaisO artigo que publicamos hoje  no blog foi escrito por Marcela Kauffman, redatora do byMK, primeira rede social criada no Brasil com a finalidade de reunir pessoas ligadas ao universo da moda. No texto, Marcela analisa  o comportamento da mulher contemporânea, sempre tão cheia de tarefas, obrigações e anseios, e de como as redes sociais acabam suprindo uma necessidade que na visão da redatora, “é muito feminina”, a de trocar experiências e ideias, de agregar, dar e ouvir conselhos.  Hoje, por coincidência, li numa revista uma matéria que falava sobre como homens  e mulheres usam métodos diferentes para desestressar. Enquanto eles partem para o esporte, sexo e ouvir música, elas preferem sentar e chorar ou ligar para uma amiga e abrir o peito. Enquanto eles estravasam, elas dialogam. Particularmente, não gosto de categorizar as pessoas e discordo dessa linha antropológica  positivista que define taxativamente: “homens são assim, mulheres são assado”. Me cheira sempre a machismo e a comparações infundadas, como se ser de um jeito ou de outro fosse pior ou melhor. Acredito que muito do que somos, enquanto mulheres ou homens, é fruto da educação que recebemos e do contexto social em que vivemos, para o bem e para o mal. Mas, voltando ao texto de Marcela, embora eu reconheça a importância das redes sociais no contexto de sociedade tecnológica, veloz e de fronteiras cambiantes que a globalização criou, ainda aposto no contato humano, ao vivo, como a melhor forma de interação possível entre duas pessoas. Mas, não há como negar que a existência destas redes ajuda na aproximação das pessoas, ao menos daquelas com interesses em comum; estimula o debate, porque é mais um meio de troca de ideias e opiniões;  e, nos mantém bem informados, para citar só algumas vantagens. A maior desvantagem lógico, é  o risco de esquecer o sol quente lá fora em horas e horas de conexão simultânea. Mas, sabendo dosar e escolher o que acessar, a internet é o mundo ao alcance. Vale ler o artigo e refletir:

Redes sociais: o reflexo do comportamento da mulher moderna

Por Marcela Kauffman*

interatividadeDesde a época das nossas avós, muita coisa mudou. Ou melhor, podemos dizer que praticamente tudo mudou. A mulher finalmente assumiu o papel de profissional, deixou para trás o status de símbolo máximo do universo doméstico e da família apenas e passou a ser também a provedora financeira, a escolher e a repensar seus relacionamentos, a decidir sozinha sobre seu destino e finalmente, ter voz ativa na sociedade assim como os homens, garantindo a sua contribuição na mesma medida.

Então agora somos iguais aos homens? Bem, em direitos e deveres sim, mas não na nossa essência. Mulheres serão sempre mulheres. Agora, somos mulheres, mas com o detalhe de sermos “modernas”, o que não significa que tenhamos perdido características tão nossas, apenas que temos outras formas e meios de nos expressar.

Para a maior parte das mulheres modernas, acabaram-se os tempos de “tricotar” junto com as vizinhas e amigas durante boa parte do dia enquanto esperavam os maridos retornarem de seus trabalhos. Hoje passamos a maior parte do dia nos escritórios, em reuniões estressantes, fazendo relatórios, respondendo e-mails, falando ao telefone e ao celular. Toda a nossa vida gira em torno desses aparelhos e de uma rotina muito corrida. E agora? Perdemos esta nossa parte tão “social” e tão “feminina” que são os relacionamentos?

Não. Por mais diferente que seja o nosso cenário atual em relação ao de nossas antepassadas, hoje temos uma ferramenta muito poderosa. Temos a internet. Com ela, podemos estar onde queremos, ver o que gostamos e, principalmente, interagir com muitas pessoas ao mesmo tempo e, o mais interessante, que partilhem dos mesmos interesses que os nossos (o antigo “tricotar”). Podemos, através da internet, manter essa nossa característica feminina tão peculiar de trocar idéias, experiências, dar opiniões, conselhos… E o mais incrível é que com o universo online,  podemos expandir esse “tricotar” para além dos domínios da nossa rua, do nosso bairro ou da nossa família, que eram onde nossas avós viviam e passavam basicamente toda a sua vida. Na web, o mundo é o limite!

mulher_no_computadorDaí nascem as redes sociais, sites no qual os próprios usuários criam seu conteúdo. E as mulheres já são o grande público delas, têm uma participação enorme e são responsáveis por boa parte dos temas gerados, voltado aos mais diversos interesses relacionados ao seu dia a dia e experiências de vida (cozinhar, viajar, esportes, moda, beleza, bem estar, manicure, ajuda humanitária…). As redes sociais podem, além de possibilitar às mulheres (e homens também) compartilhar ideias e experiências, criar vínculos em torno de interesses em comum e, finalmente, traduzi-los em relacionamentos reais. São as amizades que nascem na rede e que passam a ser “presenciais”, através de encontros, reuniões, festas. Ainda sobre relacionamentos, a internet com suas redes sociais serve não apenas para captar novos vínculos, mas também para manter vivos aqueles já existentes, mas que pela distância ou pela famigerada falta de tempo dos dias atuais não podem ser tão constantes ou “presenciais”. Sabe aquela sua amiga do peito que foi morar fora? Há algumas décadas atrás para ter notícias dela não restava nada além de sentar e aguardar pacientemente os dias se passarem para a chegada de uma correspondência.

E não acabou. As redes sociais podem ainda ser um canal dinâmico e efetivo para que possamos nos comunicar de forma mais clara, direta, transparente e colaborativa em relação à política, empresas, marcas e produtos. As empresas começam a descobrir isso…pouco a pouco, porém, de maneira mais rápida do que imaginávamos. Algumas de formas muito bacanas, com iniciativas interessantes, outras de forma repentina e até mesmo no susto.

Por fim, percebemos que apesar de tanto trabalho e falta de tempo, estamos vivendo dias que se traduzem nas palavras conectividade, emoção e utilidade. Palavrinhas que nós mulheres nos identificamos tanto, que sempre nortearam nosso jeito de ser, que fazem parte das nossas características tão “femininas” desde os primórdios. A tecnologia e a internet só vieram facilitar tudo isso, ser um meio nesses tempos modernos de continuar a “tecer” nossos relacionamentos de forma tão intensa como sempre fizemos, só que hoje a qualquer momento e em qualquer lugar do mundo, onde quer a gente esteja. Bem-vindo à era das redes sociais, só que agora, o céu é o limite!

*Marcela Kauffman é redatora do byMK, rede social especializada em moda. Visite o site: www.bymk.com.br

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Baianas se unem contra a violência

3 de junho de 2009 Alane Virginia Deixe um comentário

femininoAcontece até esta quinta-feira, em Salvador, mais uma etapa do estudo nacional sobre segurança pública, que reúne mulheres de sete cidades brasileiras.  O encontro “Mulheres – Diálogos sobre Segurança Pública”  foi apresentado hoje, na capital baiana, pela subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves.

O estudo, inédito no Brasil, vai identificar a visão das mulheres e suas propostas para o enfrentamento da violência urbana como um todo, pois parte-se do pressuposto de que existem pontos de intersecção entre a violência urbana e a violência doméstica, muitas vezes fruto da exclusão social. O Conversa de Menina anunciou o projeto em abril passado, no post Voz para as mulheres (confira aqui).

A intenção do estudo é aproveitar a conversa em grupo para, a partir deste diálogo, retirar propostas concretas de combate às diversas formas de violência. Trinta mulheres participam do encontro, todas atuantes em esferas as mais diferenciadas da sociedade, de trabalhadoras domésticas a profissionais liberais.

Salvador é a quarta cidade a sediar o encontro. O estudo acontecerá também em Belém e Canoas. Mulheres de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo já participaram da iniciativa.

Elaborado pela consultora Nádia Rebouças, o estudo utiliza a metodologia de diálogo do físico David Bohm para facilitar o trabalho dos grupos regionais. Nos encontros, a consultora e sua equipe direcionam as participantes para a reflexão e debate sobre segurança pública, no primeiro dia; e para a criação de uma visão de futuro e propostas de soluções, no segundo dia.

Os encontros são acompanhados por um grupo de especialistas (psicólogos, filósofos, sociólogos, antropólogos), coordenados pelo professor João Trajano e são registrados em fotos e gravados em vídeo.

“Mulheres – Diálogos sobre Segurança Pública” conta com o apoio de três agências das Organizações das Nações Unidas: Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). A iniciativa também está vinculada ao Programa Regional “Cidades Seguras”, conduzido pelo Unifem/ONU.

Serviço:

Mulheres – Diálogos sobre Segurança Pública

Quando: Quarta e quinta-feiras, dias 3 e 4/06

Local:  Hotel Tropical Bahia (Av. Sete de Setembro, 1537 – Campo Grande  – 71. 2105-2000)

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Leia o que já escrevemos sobre violência contra a mulher:

>>Violência no namoro, vale a pena continuar?

>>Violência e covardia

>>Mulher fruta: é para chupar e cuspir o bagaço

>>Violência sutil, mas ainda assim violência

>>Violência contra a mulher

>>Sim à diferença, não à violência

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Meninas leitoras: sobre a mulher fruta e o Bembé

25 de maio de 2009 Alane Virginia Deixe um comentário

Recebemos emails de leitoras que descobriram o blog pesquisando sobre temas de seu interesse na internet: uma professora de dança, que trabalha com inclusão social e arte-educação junto a adolescentes de Sussuarana, bairro popular de Salvador; e uma leitora que pede às autoridades que incluam Santo Amaro da Purificação e o recôncavo baiano nos roteiros turísticos da Bahia, dividiram conosco suas experiências. Ficamos felizes em ver que os textos do blog têm ajudado na reflexão tanto da condição feminina na sociedade quanto em temas que reforçam as noções de cidadania, a busca por cultura de qualidade e de acesso a todos, o combate aos preconceitos. Como dissemos no post de apresentação do Conversa de Menina, as mulheres podem discutir qualquer assunto com propriedade – não que com a isso a gente desmereça as opiniões masculinas, adoramos quando vocês participam meninos! – mas é que, historicamente, o cotidiano sempre foi o território das mulheres. Dividimos com vocês, meninas e meninos, que nos brindam diariamente com sua presença, os textos que recebemos de Tainã e de Mirela. E se você também quer entrar no debate, deixe um comentário ou mande email para [email protected] Vamos papear!

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Olá meninas!!

Gostei muito da postagem sobre a mulher fruta. Estou ministrando oficinas de dança num projeto social no bairro de Sussuarana aqui em Salvador e um dos objetivos é a conscientização e mesmo a reflexão sobre as informações que  a mídia transmite a respeito do corpo e da dança. Tal assunto surgiu da observação do próprio comportamento dos alunos e alunas, que inspirados no pagode, traziam para sala movimentações e letras que me impressionavam pelas sua conotações sexuais tão bem comunicadas em corpos tão jovens. Eu conheço o pagode, danço-o e canto-o sem preconceitos. No entanto tenho a clara noção do que cada gesto ou cada palavra cantada com dicção péssima, diga-se de passagem, quer falar. No entanto, me pergunto se esses meus alunos(as) têm essa noção, de que estão dançando por causa do ritmo ou da moda ou mesmo por resenha. Já fiz essa pergunta e o silêncio de alguns me incomodou. Eu quase não entendo o que os cantores dizem na letra, entretanto minhas alunas sabem de cor, até mesmo as partes mais emboladas e rápidas das músicas; então penso: elas têm consciencia do que estão ouvindo!
Dancei a música “Ela é dog” e pedi que me dissessem o que eu estava querendo dizer com aqueles movimentos e as meninas responderam: “Tá dizendo que tá com fogo”. Com essas palaras e sem pensar duas vezes, resposta imediata!
Apesar de todo o esforço em conscientização, dos gestos e da própria expressão corporal, ainda não consigo ver grandes mudanças a respeito do pensamento critico sobre as informações que  a mídia transmite. Tenho receio de não conseguir! São tantos assuntos a tratar, tantas reflexões a fazer e tão pouco tempo. Estamos agora tentando colocar esse pensamento reflexivo que criamos durante as aulas, numa  coreografia que possamos apresentar para toda  a comunidade, mostrando-os que  a dança também pode dizer alguma coisa e que isto que vamos dizer foi uma etapa vivida em sala de aula.
As dificuldades agora são em estimulá-los à criação da dança que comunica e não a repetição de passinhos acoplados a um ritmo.
abraço,

Tainã, professora de dança e arte-educadora

Sobre o artigo Mulher fruta – É para chupar e cuspir o bagaço?

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Boa Tarde.

Nunca tinha ouvido falar da festa do Bembé do Mercado. Admito estar mal informada, mas o meu desconhecimento também não seria pelo pouca divulgação que se faz das manifestações culturais que acontecem fora da capital?
Concordo quando disseram que a cidade de Santo Amaro está mal cuidada e ela não é a única do Recôncavo nessa situação. Seria bacana ver o Recôncavo como um rota de turismo tão procurada quanto a Chapada Diamantina, a Costa do Dênde, a Costa dos Coqueiros dentre outras. Para isso bastaria vontade e empenho do Governo do Estado.

Mirela, leitora preocupada em resgatar a importância turística do recôncavo

Sobre o artigo Santo Amaro em evidência

Leia Mais

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