O recesso junino já começou aqui no Nordeste e no eixo sul-sudeste do país, a turma se prepara para as férias de julho. É uma boa pausa para avaliar o desempenho da criança na escola, dar uma boa olhada nas notas e nas conquistas, ouvir os filhos sobre as descobertas que fizeram neste primeiro semestre, não só na área acadêmica como na esfera das relações pessoais. Como abri o dia hoje falando em educação e no concurso Causos do ECA (Veja o post abaixo), completo o tema agora com um artigo de Elisete Baruel sobre a importância da parceria família x escola para o desenvolvimento da criança. Elisete cita como exemplo sua própria experiência a frente da Vitae Future Kids, entidade que presta consultoria e desenvolve projetos em educação. As reflexões porém, se aplicam ao nosso dia a dia e ao tipo de relação que estabelecemos tanto com nossas crianças quanto com o local escolhido para educá-las. Discordo radicalmente dos pais que delegam apenas à escola a função de educar seus filhos e prepará-los para a vida. Bem como discordo das escolas que não sabem os próprios limites e interferem na vida doméstica de modo invasivo. Mas confio em parcerias e acredito que é possível estabelecer um diálogo entre esses dois mundos de forma a beneficiar a formação intelectual, mas principalmente humana, das gerações futuras. Confiram!
Família e escola, a parceria que dá certo!
*Elisete Baruel
A sociedade tem passado por mudanças rápidas, decorrentes de tantas novas informações e avanços tecnológicos, que vêm repercutindo na configuração familiar e no seu processo de interação com a escola. Por diversos motivos, hoje a criança passa cada vez mais tempo na escola e em atividades extracurriculares, e seus responsáveis têm cada vez menos tempo para participar de eventos escolares e raramente acompanham as lições de casa. Com isso, a escola se torna a única responsável pelo desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno.
Mesmo assim, podemos dizer que as famílias ainda são a base mais consistente na vida dos alunos e são elas que proporcionam uma relação natural entre as crianças e adolescentes e o ambiente escolar. São as famílias que decidem, desde cedo, o que os filhos precisam aprender e quais instituições devem frequentar.
Mas como fazer com que a escola e a família se tornem parceiras na aprendizagem das crianças? Inicialmente, é indispensável que família e escola entendam claramente que papéis desempenham na vida do aluno e, por isso, é necessário pôr fim à incompreensão das famílias referente à linguagem escolar e aos procedimentos adotados na avaliação de seus filhos, de forma que suas intervenções sejam efetivas e construtivas.
É neste sentido que a relação família-escola ganha força, encontrando o suporte necessário à realização de mudanças que garantam experiências de sucesso acadêmico e social aos alunos. Entendendo a importância desta parceria, a Vitae Futurekids desenvolveu o Pró-Família, baseado num projeto desenvolvido pela Universidade de Harvard, em Boston (EUA), denominado “Havard Family Research Project” e adaptado à realidade brasileira.
O conceito orientador do Pró-Família é simples. Ao invés de culpar uns aos outros, professores e pais atuam juntos como parceiros com iguais atribuições e responsabilidades, de maneira a estabelecer relações e construir confiança mútua, utilizando o tempo de convivência para dividir sonhos, expectativas e experiências, visando ao sucesso acadêmico dos alunos.
O Programa propõe uma metodologia inovadora de visitas à casa dos alunos, o que auxilia no desenvolvimento de novas redes de sociabilidade e serve para a construção de canais de mediação mais consistentes, em que todos aprendem como partilhar saberes e recursos. Durante as visitas, pretende-se identificar, no ambiente familiar, as raízes das dificuldades de aprendizagem dos alunos, considerando as condições de vida e moradia. Desta forma, contemplam esforços estratégicos para fortalecer o comprometimento da família e da comunidade no apoio do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, ajustando as metodologias educacionais a cada realidade.
O sucesso dessa parceria pode ser medido por depoimentos apresentados por quem já participou no Brasil do projeto desenvolvido em Boston. “Os educadores me fizeram sentir como se estivessem lá para ensinar o meu filho. Estão sempre me dando ideias sobre que atitudes tomar. Além disso, percebi que prestam atenção ao que eu digo e isso me fez sentir bem. Eu disse a mim mesmo – eles conhecem meu filho”, afirmou um pai. O professor emenda: “Os resultados dos alunos estão afixados no quadro de avisos e os portfólios de trabalho são dispostos por todo o prédio. Podemos ver que a maioria dos alunos tem bons resultados em línguas estrangeiras, matemática e ciência. Muitos professores acreditam que o sucesso é crédito da parceria estabelecida com os pais.”
*Elisete Baruel é Coordenadora de Educação da Vitae Futurekids
Andreia, gostei muito do seu artigo, estava lendo alguns artigo quando encontrei o seu fique, muito contente, pois lendo o artigo que você escreveu me vi na escola que trabalho. a escola que trabalho era uma escola que quem só tinham voz e vez era o diretor e coordenador. estudando e lendo artigos perceberam que estavam (errados), começaram a mudarem e hoje em dias, essa escola e uma grade parceira da familia, visita as familias das crianças , faz eventos que sejam interessante para as familias, cria projeto onde engajem os pais e com isso a familia esta bem próximo da escola e te asseguro que tudo que você escreve nesse artigo acontece, quando os pais acreditam na escola.
Oi Antonieta,
Obrigada pela visita ao blog e pelo comentário, mas só um esclarecimento: o artigo não é meu, é de autoria de Elisete Baruel, Coordenadora de Educação da Vitae Futurekids. Publiquei o artigo aqui no blog apenas, mas citei a autora e coloquei o nome dela no texto. O blog recebeu este artigo via email, para divulgação. Abraços!