Trailer do filme De pernas pro ar

Depois do nosso blog receber o convite da atriz Ingrid Guimarães para a estreia do filme De Pernas pro ar, fiquei curiosa em conferir o trailer oficial. São Youtube dos Cinéfilos, lógico, já está com diversos teasers, trailers, vídeos de entrevistas com o elenco e toda aquela infinidade de prévias que despertam o interesse para uma nova produção.

Pelo que conferi no trailer, o filme parece brincar com os estereótipos da feminilidade nos dia de hoje, mas embora seja uma comédia despretenciosa, imagino que renderá pano para a manga das reflexões. Por ser comédia, a intenção é nos fazer rir dessas pequenas situações do cotidiano que envolvem carreira, marido, filhos e ser mulher. Confesso que o convite vip da atriz (ainda estou meio boba com isso, não vou mentir!) e o trailer atiçaram minha curiosidade ao extremo.

Fiquei ainda mais curiosa é em conferir se de fato o tratamento vai ser leve, mas sem ser raso. Tenho em mente que a função principal do filme é entretenimento, mas vocês bem sabem como as mulheres são, até na diversão existe aquele irrestível impulso para uma boa DR!

Além do mais, quem disse que comédia não pode fazer pensar?

Confiram aqui o trailer:

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Artigo: Uma nova leva de mães aos 40

Os dados estatísticos mostram que aumenta gradativamente a cada ano o número de mulheres que decidem adiar a gravidez. São vários os motivos que podem levar uma mulher a tomar essa decisão. E é disso que trata o artigo abaixo. Além de trazer algumas das razões desse novo contexto social, também explica de forma bem didática por que aumenta a dificuldade de engravidar com o passar do tempo. Muito bacana para esse período de comemoração do Dia das Mães.

*Uma nova leva de mães aos 40…

Os padrões tradicionais da maternidade vêm sendo gradativamente reformulados, a experiência não implica mais em dedicação exclusiva. Mesmo em meio a tantas mudanças sociais, o desejo e o prazer de ser mãe continuam como elementos presentes e marcantes na estrutura de relevâncias femininas

O adiamento da gravidez é uma escolha muito comum das mulheres, nos dias de hoje. O número de grávidas ou mulheres tentando engravidar na faixa entre 30 e 40 anos tem aumentado nos últimos anos. Pelo menos 20% das mulheres aguardam até os 35 anos para iniciar uma nova família. São muitos os fatores envolvidos na decisão de adiar a maternidade: a estabilidade profissional, a espera por um relacionamento estável, o desejo de atingir segurança financeira, ou, ainda, a incerteza sobre o desejo de ser mãe…

“Entretanto, é importante alertar estas mulheres sobre as consequências desta decisão: a idade pode afetar a capacidade de conceber. É também importante informá-las sobre os tratamentos disponíveis que podem ajudá-las a engravidar, quando elas decidirem que o melhor momento chegou”, afirma o ginecologista e obstetra Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis, em São Paulo.

Segundo o IBGE, o acesso mais fácil a métodos contraceptivos,
os custos elevados necessários para a criação de uma criança
e a inserção da mulher no mercado de trabalho provocaram a redução do número de filhos.
Essa realidade se evidencia na queda da taxa de fecundidade,
que declinou de 2,7 filhos em 1992 para 2,4 filhos em 2002.

A queda na fertilidade feminina com o avanço da idade é um fator biológico. Estima-se que a chance de gravidez por mês é de aproximadamente 20% nas mulheres abaixo de 30 anos, mas de apenas 5% nas mulheres acima dos 40. Mesmo com os tratamentos, como a fertilização in vitro, a fertilidade diminui e as chances de um aborto espontâneo aumentam após os 40. “Há várias explicações para esse declínio de fertilidade: condições médicas, mudanças na função ovariana e alterações na liberação dos óvulos pelos ovários”, afirma Mathias.

A mulher de 40 anos também tem mais chances de apresentar problemas ginecológicos, como infecções pélvicas e endometriose, que podem diminuir a fertilidade. Exames de fertilidade, como a histerosalpingografia ou a laparoscopia, podem ser requisitados para diagnosticar algumas dessas condições. Embora a maioria dos esterileutas recomende que os casais tentem a gravidez por pelo menos doze meses antes de procurarem ajuda médica, mulheres acima dos 40 anos podem realizar esses exames a qualquer momento.

Por que as chances de engravidar diminuem…

A queda nas chances de engravidar, em mulheres acima de 40 anos, é mais freqüente devido às mudanças naturais que ocorrem nos ovários.

O hipotálamo e a hipófise, glândulas localizadas no cérebro, coordenam os processos que levam à ovulação e à menstruação regular. O hipotálamo estimula a hipófise a liberar o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Esses hormônios são secretados na corrente sanguínea e controlam o crescimento dos óvulos (oócitos) e a produção do hormônio feminino, estrógeno, pelos ovários.

“A maioria das mulheres têm aproximadamente 300.000 óvulos em seus ovários na puberdade. Para cada óvulo que amadurece e é liberado durante o ciclo menstrual, entre 500 a 1000 não amadurecem totalmente e são reabsorvidos pelo corpo”, explica o médico.

Quando a mulher atinge a menopausa, que normalmente ocorre entre os 40 e os 56 anos de idade, há apenas alguns óvulos remanescentes. Esses óvulos restantes geralmente não respondem bem às secreções de FSH e LH da hipófise e os níveis desses hormônios na corrente sanguínea aumentam com o intuito de estimular os ovários.

Um nível elevado de FSH no sangue no terceiro dia do ciclo menstrual sugere que o ovário não está respondendo normalmente aos sinais da hipófise. “Essa falta de resposta ovariana é uma evidência indireta de baixa qualidade do óvulo. A diminuição da resposta do ovário ao FSH e ao LH da hipófise resulta em uma baixa no estrógeno e na progesterona produzidos pelo ovário”, explica o diretor da Clínica Genesis.

Aos poucos, o ciclo menstrual vai se tornando menor e, eventualmente, os ovários podem não liberar óvulos, resultando em um ciclo sem ovulação. Além disso, os hormônios – estrógeno e progesterona – são críticos para o desenvolvimento normal do endométrio, onde o embrião deve se fixar para se desenvolver. “Uma redução nos hormônios dos ovários, que acontece em decorrência da idade avançada da mãe, também contribui para diminuir as chances de gravidez”, observa Aléssio Calil Mathias.

Dados do IBGE revelam que, em 1991,
as mães que tiveram o primeiro filho na meia idade eram 7.142 (0,67%)
e, em 2000, somavam 9.063 (0,79%).
Ainda que em número absolutos este grupo de mães seja pequeno,
esse fenômeno já pode ser acompanhado, principalmente,
nos estados do Rio de Janeiro (passou de 0,91%, em 1991, para 1,09%, em 2000)
e São Paulo ( de 0,65% para 0,87%).

O relógio biológico em ação

À medida em que a mulher envelhece, os óvulos remanescentes também envelhecem, tornando-se menos capazes de serem fertilizados pelos espermatozóides. Outro fator a ser ponderado é que a fertilização desses óvulos está associada a um risco maior de alterações genéticas. “Por exemplo, alterações cromossômicas, como a Síndrome de Down, são mais comuns em crianças nascidas de mulheres mais velhas. Há um aumento contínuo no risco desses problemas cromossômicos conforme a mulher envelhece”, explica o ginecologista.

Quando os óvulos com problemas cromossômicos são fertilizados, eles têm uma possibilidade menor de sobreviver e crescer. Por essa razão, mulheres que já passaram dos 40 anos têm um risco aumentado de abortos espontâneos também.

As taxas menores de gravidez em mulheres acima de 40 são, em grande parte, devidas ao aumento de óvulos com problemas cromossômicos. Nos tratamentos de reprodução assistida, por exemplo, quando óvulos são coletados em mulheres de 20 a 30 anos, fertilizados e colocados no útero de uma mulher com mais de 40, suas chances de gravidez aumentam, são maiores do que se ela tivesse utilizado seus próprios óvulos.

“O sucesso no emprego das técnicas de doação de gametas confirma que a qualidade do óvulo é uma barreira fundamental à gravidez para as mulheres mais velhas. Embora, hoje, a idade não se constitua numa barreira intransponível à gravidez, qualquer tratamento de infertilidade, exceto a doação de gametas, terá menos sucesso, em mulheres acima de 40 anos”, diz o ginecologista Aléssio Calil Mathias.

As mães, por primeira vez, com idades entre 40 e 49 anos, fazem parte de um segmento populacional com alta escolaridade (59,1% tem oito anos ou mais de estudo) e pertencem a famílias com alto poder aquisitivo ( 25,7% com rendimento mensal familiar de mais de 10 salários mínimos).Os dados são do IBGE.

Quando a decisão é adiar a maternidade…

Quando uma mulher com a idade mais avançada decide engravidar é importante que ela procure o aconselhamento médico. Se o médico identificar qualquer problema físico que possa afetar suas chances de engravidar, ou se ela estiver tentando conceber por mais de 6/12 meses, ela deve procurar um esterileuta.

“Como as chances de gravidez diminuem com a idade é recomendado que todos os exames necessários para verificar a fertilidade desta mulher sejam prontamente realizados. A maioria dos exames podem ser realizados no período de 1 a 3 meses. O tratamento apropriado pode ser iniciado imediatamente após a avaliação da mulher”, diz Mathias.

Uma vez realizados os exames necessários e se a causa da infertilidade for diagnosticada, o médico pode discutir com o casal interessado em engravidar os tratamentos possíveis. “Atualmente, o tratamento da infertilidade encontra muitas opções terapêuticas no Brasil. Muitas vezes, a gravidez é obtida com o emprego de condutas de baixa complexidade, como o coito programado. Nem sempre é preciso recorrer à fertilização in vitro”, explica o ginecologista Aléssio Calil Mathias.

Entretanto, “na presença de infertilidade inexplicada ou quando os tratamentos convencionais fracassam, tratamentos de alta complexidade  podem ser indicados, tais como a superovulação com inseminação intra-uterina programada ou a fertilização in vitro. O importante é informar ao casal, especialmente à mulher, que, assim como em qualquer outro tratamento, a idade afeta as chances de gravidez, mesmo com o emprego de alta tecnologia”, diz Mathias.

*Texto encaminhado ao Blog pela MW Consultoria de Comunicação.

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Mãe é mãe, como já dizia aquele velho ditado

*Texto da jornalista Giovanna Castro

Mãe é mãe, já diz o ditado, que não poderia ser mais preciso na sua afirmação. Em um post anterior, eu havia mencionado por alto os mistérios da maternidade e agora volto ao assunto. Para mim é mesmo algo insondável essa questão da maternidade que daqui a pouco terá seu dia celebrado comercialmente. Dentro de mim, o desejo de ser mãe ainda não despertou. Não sei se quero ser mãe e ao longo de minha vida inteira, pensar assim não foi um suplício. Acredito que seja um sentimento, o desejo de ser mãe, que nasce com a mulher e tem a ver com sonho e propósito de vida. Sem falar que para levar adiante este projeto, é preciso no mínimo encontrar alguém que queira segurar o rojão junto, o que nem sempre acontece. Não são poucas as mulheres que conheço que sofrem com a falta de compromisso de certos pais,  ainda hoje, em pleno 2010. Talvez esta seja a parte mais complicada do processo todo.

Olha eu e minha mãe, Dona Lourdes, sob o belíssimo pôr do sol do Solar do Unhão

Mas quero falar é do fato consumado, da mulher que já é mãe. Tenho amigas que são mães de crianças pequenas, mães de  pré-adolescentes, amigas que não querem e não vão mesmo ser mães, e minha própria mãe, que de maneira inusitada e diferente da maioria das potenciais vovós, me recomenda não ter filhos. Ela acredita que mãe sofre muito porque “acaba sentindo o que os filhos sentem, quando o filho sofre, a mãe sofre igual”, ela diz. É isso. Que experiência é essa? Que mágica é essa que arrasta todas as mulheres que têm filhos para um universo particular composto por algo que todas descrevem como amor incondicional, uma experiência única e transformadora e afirmam, sem exceção, que passaram a ser mulheres diferentes menos auto-centradas e mais generosas com o mundo todo, ao tirar o foco de si mesmas para transferir ao serzinho que sai de dentro da sua barriga, outro enorme mistério para mim. Essa criança que é gestada dentro do corpo. Que experiência é essa, gente! Já entendi que não dá para saber sem passar por isso.

Uma vez perguntei à minha mãe o que uma mulher sente quando está grávida e ela não me explicou muito bem não, acho que tudo está no âmbito daqueles sentimentos que não podem ser descritos em palavras. Uma das poucas coisas que ela conseguiu descrever e que ficou marcada no meu pensamento durante dias e ainda me assalta de vez em quando foi quando ela falou que às vezes incomodava dormir porque ela sentia o cotovelo da criança forçando a barriga assim como a cabeça. Isso me impressionou bastante e tive a sensação mais próxima do que pode representar levar um ser humano dentro do próprio corpo. Lembro ainda de um episódio da badalada série americana “Sex and the city” quando Miranda (Cinthia Nixon) descobria que estava grávida de um menino e Carrie (Sarah Jessica Parker) brinca com ela: “Você já parou para pensar que está levando um penisinho aí dentro da sua barriga?”.
Mais uma coisa a se pensar…

Maternidade tem lá seus mistérios insondáveis que deixam tudo mais intrigante

Fato é que mãe desarma, mãe quebra a nossa guia, mãe diz coisas que a gente não pensa, mas que acabam virando realidade, que vai desde o “vai chover menina,  leva a sombrinha” até coisas mais complexas. Minha mãe me fala o tempo todo do cordão umbilical. Para ela, este vínculo que é cortado no momento do parto,  na verdade não é mesmo cortado. Segue pela vida inteira. Acredito que seja mesmo verdade. Minha mãe me liga ainda hoje, mulher adulta que sou, para saber se almocei. Coisas que deveriam ter caído no esquecimento lá pelos meus 11, 12 anos de idade. Ainda me liga para saber se estou agasalhada quando está chovendo, ou se peguei engarrafamento ou cheguei bem ao trabalho.

De uma coisa não tenho dúvida, mãe é peça obrigatória no universo de todo ser humano, acredito que particularmente de toda mulher porque é espelho e objeto de contestação e auto-afirmação em um só pacote. Mãe te coloca o tempo todo em contato com o que você quer ser ou o que você não gostaria de ser. Minha mãe me emociona, me intriga, é um caso de amor daqueles bem sérios e que não tem fim. Já tive reações bem exageradas somente de pensar na possibilidade de perdê-la, ainda tenho, e sofro diariamente por antecipação com o fato de saber que isso vai acontecer um dia. Temo não ter desfrutado o bastante, não ter beijado o bastante, não ter mostrado o que sinto milhões de vezes. Não gosto de pensar nisso… Não sou mãe, mas sou filha de minha mãe e de certa forma, mesmo ainda não tendo parido, sei um pouco deste mistério que somente mães e filhos compartilham.

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Câmara aprova projeto sobre alienação parental

alienacao parentalUma boa notícia nesta quarta-feira, dia 15.  A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara Federal aprovou hoje,  por unanimidade, o Projeto de Lei 4.053/08, do deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP), que regulamenta a Síndrome da Alienação Parental (caracterizada quando o pai ou mãe, após a separação, leva o filho a odiar o outro) e estabelece diversas punições para a má conduta, que vão desde advertência e multa até a perda da guarda da criança.

O projeto foi aprovado com o parecer do relator Acélio Casagrande, que prevê, além da perda da guarda, a prisão, de até dois anos, para o autor da alienação parental em crianças e adolescentes. A aprovação contou com o voto de 37 deputados.  Tramitando em caráter conclusivo, o projeto de lei terá agora seu mérito examinado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara e depois irá para o Senado.

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Leia também:

>>Saiba o que prevê o Projeto de Lei contra alienação parental

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Sobre divórcio, guarda dos filhos e alienação parental

divorcio

*Texto e reflexões de Andreia Santana

O Conversa de Menina recebeu um material de divulgação muito bom sobre a lei que tramita no Congresso e prevê punição para os pais ou mães que incitarem os filhos a odiar o outro. Julgamos importante publicar a íntegra do material (veja abaixo) e também chamar atenção das famílias para refletirem se é justo confundir a cabeça de uma criança por mágoa pessoal? Sabemos que na sociedade atual, os arranjos familiares são os mais variados e que muitas vezes, uma criança é criada pelos avós, ou mora só com o pai, ou apenas com a mãe, ou ainda vive com um dos dois e o padrasto ou madrasta. Se você, ao se separar do seu ex-marido (ou da ex-mulher), julga-se no direito de recomeçar a vida ao lado de alguém e você tem realmente esse direito, não deve de maneira nenhuma querer que seus filhos virem a página e esqueçam que tinham um pai ou mãe. É importante preparar as crianças para aceitar a convivência com o padrasto ou madrasta, mas é imprescindível fazer com que ela mantenha os laços afetivos com o pai ou mãe biológicos. Mulheres magoadas, que tentam afastar as crianças do pai fazem um mal muito grande aos próprios filhos e vice-versa. Não estamos aqui tratando das situações de risco para a criança, quando a justiça determina o afastamento por questões envolvendo abuso, violência ou conduta perigosa como por exemplo dependentes químicos que usam drogas diante dos filhos. Estamos falando da maioria dos casamentos que se desfazem e que, cada um tenta reconstruir a vida com outra pessoa. Nessas situações, a criança precisa ser preparada para ter duas casas e duas famílias. Mesmo que a guarda não seja compartilhada, no mínimo precisa haver os telefonemas, os finais de semana juntos, um período das férias visitando a nova casa de mamãe ou papai, a convivência. Se a sua bronca é por questões financeiras, não envolva o seu filho. Trata-se de uma criança, não tem idade ou discernimento para discutir pensão alimentícia. Se está magoada (o) pelo relacionamento não ter dado certo, lembre-se que, podemos nos tornar ex-mulher ou ex-marido de alguém, mas jamais seremos ex-pai ou ex-mãe. O vínculo com os filhos não se desfaz com o divórcio.

Confira integra do material sobre Alienação Parental:

guarda dos filhos

Pai ou mãe que incitar filho a odiar o outro pode perder guarda e ser preso

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 4053/08, do deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP), que regulamenta a síndrome da alienação parental (caracterizada quando o pai ou mãe, após a separação, leva o filho a odiar o outro) e estabelece diversas punições para essa má conduta, que vão de advertência e multa até a perda da guarda da criança.

Com a lei, pais e mães que mentem, caluniam e tramam com o objetivo de afastar o filho do ex-parceiro serão penalizados.

Cunhada em 1985, nos Estados Unidos, pelo psicanalista Richard Garnir, a expressão Alienação Parental é comum nos consultórios de psicologia e psiquiatria. E, há cinco anos, começou a aparecer em processos de disputa de guarda nos tribunais brasileiros. Inspirados em decisões tomadas nos EUA, advogados e juízes já usam o termo como argumento para regulamentar visitas e inverter guardas.

Formas de provar a alienação parental

De acordo com o projeto, após a denúncia de alienação parental, a Justiça determinará que uma equipe multidisciplinar formada por educadores, psicólogos, familiares, testemunhas e a própria criança ou adolescente sejam ouvidos. O laudo terá de ser entregue pela equipe à Justiça em até 90 dias. Se comprovada, a pena máxima será a perda da guarda do pai responsável. “A alienação parental é uma forma de abuso emocional, que pode causar distúrbios psicológicos capazes de afetar a criança pelo resto da vida, como depressão crônica, transtornos de identidade, sentimento incontrolável de culpa, comportamento hostil e dupla personalidade”, explica o autor do projeto de lei.

Formas de alienação

divorcio 2

De acordo com o projeto, são formas de alienação parental:

– realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
– dificultar o exercício do poder familiar;
– dificultar contato da criança com o outro genitor;
– apresentar falsa denúncia contra o outro genitor para dificultar seu convívio com a criança;
– omitir deliberadamente do outro genitor informações pessoais relevantes sobre a criança, inclusive informações escolares, médicas e alterações de endereço;
– mudar de domicilio para locais distantes, sem justificativa, visando dificultar a convivência com o outro genitor.

A prática de algum desses atos, segundo a proposta, fere o direito fundamental da criança ao convívio familiar saudável, constitui abuso moral contra a criança e representa o descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar.

Perícia e punição

Havendo indício da prática de alienação parental, o juiz poderá, em ação autônoma ou incidental, pedir a realização de perícia psicológica. O laudo pericial terá base em ampla avaliação, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes e exame de documentos. O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental deverá apresentar, em até 90 dias, avaliação preliminar indicando eventuais medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança.

Se ficarem caracterizados atos típicos de alienação parental, ou qualquer conduta que dificulte o convívio da criança com genitor, o juiz poderá:

– declarar a ocorrência de alienação parental, advertir e até multar o alienador;
– ampliar o regime de visitas em favor do genitor alienado;
– determinar intervenção psicológica monitorada;
– alterar as disposições relativas à guarda;
– declarar a suspensão ou perda do poder familiar.

A alteração da guarda dará preferência ao genitor que viabilize o efetivo convívio da criança com o outro genitor, quando for inviável a guarda compartilhada.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, terá seu mérito examinado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Andreia Santana, 37 anos, jornalista, natural de Salvador e aspirante a escritora. Fundou o blog Conversa de Menina em dezembro de 2008, junto com Alane Virgínia, e deixou o projeto em 20/09/2011, para dedicar-se aos projetos pessoais em literatura.

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Dia das mães: homenagem à minha mãe

Dia das MãesDia das Mães é todo dia. Pelo menos o dia da minha mãe eu comemoro diariamente, agradecendo sempre por ter sido abençoada em merecer uma mãe tão maravilhosa. Minha mãe é única e eu garanto que é a melhor do mundo. Assim como cada um de vocês deve achar a própria mãe a melhor do mundo, a minha é a melhor do mundo na opinião dos três filhos dela e de um monte de amigos dos três filhos.

Enquanto vários dos meus amigos achavam um saco dar satisfações, eu fazia questão de ligar diariamente para ela quando estava viajando, por exemplo. Muitos dos meus amigos reclamavam, porque suas mães pegavam no pé, marcavam em cima, e eu adorava todos os telefonemas da minha. Tanto que já avisava a quem estivesse do lado que se meu celular tocasse no meio da madrugada, era ela. E eu nunca fiz uma cara feia em atender.

Não sei como são as relações entre mães e filhos. Como eu ainda não sou mãe, o que eu conheço é a relação entre eu e minha mãe. Passei a adolescência ouvindo as pessoas da minha idade brigarem pela independência, sonharem com o dia em que deixariam a casa de seus pais. Eu, honestamente, nunca tive esse sonho. Aliás, o que eu queria mesmo era ficar ali com eles dois, meus pais, o máximo de tempo possível, aproveitando esse presente que ganhei.

Lá em casa, somos todos grudados na saia da minha mãe (no melhor sentido que essa expressão possa adquirir). Tanto que hoje, estamos os irmãos com 33, 31 e 27 anos, mas todos ali, bem perto dela. Eu já fui uma filha rebelde. Quando criança, ouço meus pais contarem as tantas vezes que “fiquei de mal” com minha mãe. E eu era uma menina difícil. Ela colocava meu café e eu jogava fora, pedindo pra meu pai fazer a mesma coisa de novo. Imaginem?

Hoje a gente ri das histórias. E eu agradeço pela paciência dela, pelas atitudes rigorosas e pelas broncas. Engraçado que eu consigo perceber claramente o quanto a presença de minha mãe em minha vida faz diferença. Ela foi quem mais me ensinou a ser humana, a ser menos agressiva, a ser mais compreensiva, mais paciente, mas solidária. Literalmente, minha mãe tem-me ensinado diariamente a ser uma pessoa melhor.

Dia das MãesEu não devo ser a melhor filha do mundo. Tenho um milhão e meio de defeitos. Mas passei a vida me esforçando para não decepcionar. Queria ser motivo de orgulho, queria fazê-los sorrir de satisfação, queria conquistar um monte de coisas só para vê-los vibrar a cada vitória. Aos poucos aprendi que meus pais se contentavam com muito menos. Percebi que meu sorriso os fazia sorrir, que minha felicidade era o motivo maior da satisfação deles.

Eu falo dos meus pais o tempo inteiro. Quem convive comigo sabe o quanto eu falo sobre eles. Penso às vezes que devo ter sido uma pessoa muita bacana numa dessas encarnações anteriores, para merecer uma família como a minha. Eu não sei se conseguirei um dia retribuir toda a dedicação, carinho, atenção, amor e devoção que eles têm por mim. Mas eu sei que quero aproveitar cada segundo ao lado deles.

Mãe, eu sei que você já sabe, e agora é o mundo que vai saber também o quanto eu te amo. Nossa, não consigo imaginar ninguém melhor do que você nesse papel, não te trocaria por ninguém mais e tenho um orgulho infinito de ter você como minha mãe. Talvez eu não fale tanto que te amo, talvez eu não dê tantos beijos e tantos abraços quantos a senhora gostaria, mas quero que nunca esqueça, nunca, que você, junto com meu pai, são o motivo maior da minha felicidade.

Esse texto é uma homenagem, claro, e uma carta pública de agradecimento. Obrigada por cada dia, por cada riso, por cada história, por cada bronca. Obrigada pelo cuidado, pela preocupação, pelas interferências, pelas opiniões. Obrigada pelo apoio, por comemorar minhas conquistas, pelo esforço contínuo em me mostrar o melhor caminho. Obrigada pela compreensão e pelos perdões.

O que eu queria era que você ficasse pra sementinha. Mas como você mesma me diz que um dia não a terei mais por perto, mudei o meu querer. O que quero agora é poder aproveitar cada momento ao lado de vocês e me dedicar agora a fazê-los sorrir o tanto mais que eu puder. O que quero, hoje, é dar motivos, todos os possíveis, para vocês se orgulharem da pessoa que colocaram no mundo. E que tenham a certeza, plena, completa e irrestrita, do quanto os amo pra sempre.

Ah, e se tiver mesmo outras encarnações lá na frente, terei o maior prazer em voltar ao mundo novamente como filha de vocês. É um presente que nada do que eu faça será realmente capaz de agradecer. Feliz dias das mães!!!!!!

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Amamente seu filho (e doe o que sobrar!!!)

AmamentaçãoO aleitamento materno é de extrema importância para o bebê. Isso porque o leite materno tem tudo o que o seu filho precisa até ele completar seis meses de vida. É por esta razão que, até lá, ele é suficiente para manter a criança bem nutrida e saudável. A partir daí, sim, serão acrescentados novos alimentos à dieta. E quem vai fazer isso é o pediatra que acompanha a criança. Porque tão importante quanto amamentar é acompanhar a saúde do bebê, com um médico especialista. O período de amamentação varia, mas os médicos falam que até os dois anos de idade a criança pode mamar numa boa. Além do mais, a amamentação traz um série de benefícios tanto para a mamãe, quanto para o filho [veja informações abaixo].

De tão indispensável que é o leite materno, a rede pública de saúde passou a se preocupar com aqueles pequeninos que não conseguem se alimentar diretamente no seio da mãe ou que não têm a mãe para amamentá-los, que são prematuros ou portadores de alguma enfermidade. Um número grande deles está internado em UTIs neonatais, necessitando do leite daquelas mães que produzem uma quantidade superior à necessidade de seu filho. Assim, foram criados os bancos de leite humano, que recebem doações do alimento. Banco de LeiteO Brasil é reconhecido pela OMS como o País que tem a melhor rede de banco de leite humano. Mas, ainda assim, faltam doadoras. Muitas nem sabem que podem doar, outras têm receio de o leite acabar… As dúvidas são muitas.

Na semana da mulher, o Conversa de Menina decidiu incentivar a campanha de doação de leite materno, reunindo aqui as informações necessárias para que você, mamãe em período de amamentação, possa colaborar e fazer este ato de amor e solidariedade. Para facilitar a busca daquelas que ainda não sabem como fazer para se tornar uma doadora, segue logo abaixo uma série de esclarecimentos e links úteis, que vão ajudar a eliminar toda e qualquer dúvida sobre o assunto. Ah, mais um dado bacana é que tem banco de leite que vai buscar a doação na casa da mulher, no horário mais conveniente a ela. É isso, meninas, vamos abraçar essa campanha, e, meninos, alertem suas esposas, namoradas e amigas. Com um pouquinho de leite, a gente pode fazer muito!

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Quem pode doar?*
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>> Para ser doadora de leite materno a mulher deve estar plenamente saudável. Mães portadoras de doenças infecto-contagiosas, como AIDS, não podem nem mesmo amamentar seus próprios filhos com o risco de contaminá-los;
>> A doadora não pode fumar, beber ou tomar medicamentos;
>> Antes da possível coleta, a doadora deve mostrar seu cartão de pré-natal e passar por uma avaliação clínica;
>> Em alguns municípios a coleta pode ser feita em casa; a mãe telefona para o serviço responsável e os profissionais vão até ela recolher o leite;
>> Ao chegar ao banco, o leite passa por um rigoroso controle de qualidade, sendo pasteurizado para eliminar bactérias e vírus.
>> Para saber mais e tirar dúvidas, ligue para o Disque-Saúde: 0800 61 1997.

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Quero ser uma doadora!
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>> Saiba como doar o leite humano
>> Como eu retiro o leite do peito?
>> Aprenda a se preparar, armazenar e transportar o leite
>> Encontre um banco de leite em sua região
>>
Ainda tenho dúvidas!

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Amamentação – dicas e recomendações*
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>> Antes de começar a dar de mamar, lave as mãos.
>> A melhor posição para amamentar é aquela em que você e o seu bebê se sentirem mais confortáveis. Não se apresse, deixe o bebê sentir o prazer e o conforto do contato com seu corpo;
>> Cada bebê tem seu próprio ritmo de mamar, o que deve ser respeitado. Dei­xe-o mamar até que fique satisfeito. Espere que ele esvazie bem a mama e então ofereça a outra, se ele quiser.
>> O leite do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso;
>> Na primeira mama, o bebê suga com mais força porque está com mais fome e assim esvazia melhor essa mama. Por isso, sempre comece com aquela que terminou a última mamada, para que o bebê tenha a oportuni­dade de esvaziar bem as duas mamas, o que é importante para a mãe ter bastante leite.
>> Se a pegada do bebê no peito não estiver correta, procure corrigi-la. Se o peito estiver muito cheio, tornando a mamada difícil, retire um pouco do leite antes, para ajudar o bebê a mamar. Se não houver melhora, procure ajuda num serviço de saúde.
>> Quando o leite fica empedrado, é preciso esvaziar bem os seios. Não deixe de amamentar, ao contrário, amamente com freqüência, sem ho­rários fixos, inclusive à noite. Retire um pouco de leite antes de dar de mamar, para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito. Se houver piora, procure ajuda num serviço de saúde.
>> Para manter sempre uma boa quantidade de leite, amamente com freqüên­cia, deixando o bebê esvaziar bem o peito na mamada. Não precisa oferecer outro alimento (água, chá, suco ou leite). Se o bebê dorme bem e está ganhando peso, o leite não está sendo pouco.
>> Não existe leite fraco! Todo leite materno é forte e bom, desde que a mamãe sempre cuide de sua própria saúde. Apesar disso, a cor do leite pode variar;
>> Nem todo choro do bebê é sinal de fome. A criança chora quando quer aconche­go, quando tem cólicas ou sente algum desconforto;

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Benefícios da amamentação*
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### Para o bebê:
>> Crianças que mamam têm menos risco de sofrer de doenças respiratórias, infecções urinárias ou diarréias, problemas que podem levar a internações e até a morte. O bebê amamentado corretamente, no futuro terá menos chance de desenvolver diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
### Para a mãe:
>>A mulher que amamenta corre menos risco de contrair câncer de mama e de ovário. Amamentar também ajuda a mulher a voltar ao peso normal mais rápido.

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 Leia também:
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>> Amamentação e alimentação saudável para crianças pequenas
>> Aleitamento x mulheres infectadas pelo HIV – Recomendações
>> Doação de leite humano – Experiência de mulheres doadoras

 

*Fonte: Ministério da Saúde.

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Um mês?! Passou tão rápido…

aniversario1Aniversário só se comemora de ano em ano. Mas conheci uma senhora e sua filha, alguns anos atrás, que comemoravam aniversário de mês em mês. A mãe me contou que quando sua primeira filha nasceu, ela ficou tão encantada com a novidade, que a cada novo mês de vida da criança comprava um presentinho para a menina. Um mordedor, um laço pra cabeça meio careca do bebê (naquele tempo, quando as meninas eram carequinhas, as mães usavam sabão para prender os lacinhos na cabeça. Era isso ou enfrentar a pergunta: Seu bebê é menina ou menino?), um brinquedo para o berço, um mobile…até o primeiro ano de vida da criança, os presentes se suscediam e renovavam o enlevo daquela mãe. Pois é gente, as duas mães deste singelo blog estão igualmente encantadas com a sua menina. Este post é um presentinho ao Conversa de Menina, que completa seu primeiro mês de existência hoje. Também é para agradecer aos amigos que dão a maior força, seja indicando bons temas para tratar no blog, revisando os textos ou divulgando a ideia. Agradecimentos ainda maiores e mais especiais para cada um de vocês que dedica alguns minutos do seu dia para papear com a gente. Os mais tímidos, que preferem ouvir (melhor dizendo, ler) obrigada de coração. Vem muito mais por aí…

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