Microprotesto pelo voto consciente

Alguém aí vai votar em um candidato por causa das ações dele pela cidade em carros de som? Em minha opinião é extremamente irritante ser obrigado a ouvir jingles repetitivos de candidatos nas ruas. O som nas alturas vai disparando aquelas musiquinhas que nada acrescentam à nossa intelectualidade, tampouco à nossa motivação para eleger alguém. Hoje, depois de ser coagida – porque o tal do carro de som decidiu me seguir pela cidade – a ouvir jingles durante minutos seguidos, decidi dar início à campanha de não votar no candidato que adota a poluição sonora como método de conquista de votos.

Para mim, já bastam as barbaridades que são exaltadas nos programas eleitorais, em que todo mundo é gente boa e vai transformar o mundo em um país das maravilhas. Não dá para escolher um candidato porque ele optou por um registro de sequência numérica fácil de decorar, ou porque criou uma musiquinha engraçadinha que ecoa nos nossos cérebros submetidos a “repeats” e mais “repeats” nas ruas, tampouco dá para escolher um candidato pelas promessas que fazem durante a captação do eleitorado nacional. Está na hora de criarmos um mínimo de consciência política.

Que tal começar a votar pelo que o candidato já fez enquanto detentor de um cargo político? Que tal pesquisar o que já foi divulgado sobre ele? O que acha de entrar nos sites institucionais do Senado, Câmara ou Assembleias para analisar a participação de seu candidato nas votações de projetos e verificar quais os projetos de lei que ele tentou emplacar enquanto exercente de cargo eletivo? Precisamos mostrar que estamos mais atentos, mais cuidados e mais exigentes. Queremos à frente do nosso povo, pessoas que realmente defendam, na prática, e não na teoria, a ideologia a que nos alistamos.

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