Para mim, já bastam as barbaridades que são exaltadas nos programas eleitorais, em que todo mundo é gente boa e vai transformar o mundo em um país das maravilhas. Não dá para escolher um candidato porque ele optou por um registro de sequência numérica fácil de decorar, ou porque criou uma musiquinha engraçadinha que ecoa nos nossos cérebros submetidos a “repeats” e mais “repeats” nas ruas, tampouco dá para escolher um candidato pelas promessas que fazem durante a captação do eleitorado nacional. Está na hora de criarmos um mínimo de consciência política.
Que tal começar a votar pelo que o candidato já fez enquanto detentor de um cargo político? Que tal pesquisar o que já foi divulgado sobre ele? O que acha de entrar nos sites institucionais do Senado, Câmara ou Assembleias para analisar a participação de seu candidato nas votações de projetos e verificar quais os projetos de lei que ele tentou emplacar enquanto exercente de cargo eletivo? Precisamos mostrar que estamos mais atentos, mais cuidados e mais exigentes. Queremos à frente do nosso povo, pessoas que realmente defendam, na prática, e não na teoria, a ideologia a que nos alistamos.