Incentivo à leitura no Dia das Crianças

==================
Sugestões de livros para a criançada:
>> Traça de Biblioteca: Série especial do mês da criança – I
==================

Eu não tenho filhos – ainda, pelo menos -, mas tenho dois afilhados que são como se filhos fossem. E quando vai chegando o dia das crianças, já me animo toda para escolher presentinhos bem especiais para os meus dois amores, um de 13 anos e outra de seis. Hoje, olhando os e-mails que recebemos diariamente, achei uma sugestão bem bacana, sobre o lançamento da coleção de livros com histórias da família Trolls, personagens já bem conhecidos da meninada nos Estados Unidos.

Dar livros de presente é uma ótima opção, e você ainda vai ajudar no desenvolvimento da criança. Incentivar a leitura desde a tenra idade é uma obrigação nossa. E vale fazer a brincadeira ficar bem mais divertida, com a criação da sessões de leitura. Lá em casa, é assim que faço com a pequena. Nos acomodamos em algum canto, e vou lendo para ela, criando vozes diferentes para os personagens. Agora que ela está começando a ler é mais legal ainda, porque ela já soletra as palavrinhas e a gente vai conversando sobre os significados.

Quem tem interesse em dar livros de presente, vale dar uma conferida na coleção da família Trolls. São bichinhos peludos, barulhentos e bem divertidos, que vivem um monte de aventuras. São quatro livrinho que podem render boas gargalhadas e muito aprendizado.

Leia Mais

Lazer para a meninada em Salvador

Pessoalmente, eu gosto da ideia do projeto Ruas de Lazer. É uma forma de proporcionar à criançada diversão e, melhor, espaço para brincar, o que é bastante precário em Salvador.

Nos domingos de junho (13, 20 e 27), a partir das 8h, a farrinha está garantida no Farol da Barra, com uma programação gratuita para a família.

No dia 13, vai ter trio de forró, animador, distribuição de quitutes juninos e até uma mini fazenda com pôneis, vaquinhas, patos e pintinhos. Também haverá Concurso da Rainha do Milho, brincadeiras juninas, futebol, vôlei e pula-pula.

Vamos aproveitar para prestigiar a ideia e incentivar a iniciativa, que tem apoio do Shopping Barra.

| SERVIÇO |
Projeto Ruas de Lazer
Local: Farol da Barra, Salvador
Datas: 13, 20 e 27 de junho (aos domingos)
Hoário: a partir das 8h
Valor: gratuito

Leia Mais

Cirurgia pediátrica gratuita em Salvador

A Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (Cipe) vai realizar a IV edição do mutirão de cirurgias pediátricas em todo o País, incluindo Salvador. Já estão confirmados para participar da ação na capital baiana o Hospital da Criança de Irmã Dulce, o Hospital Martagão Gesteira e o HUPES (Hospital das Clínicas) da Universidade Federal da Bahia.

Os pacientes interessados em realizar procedimentos durante o mutirão, que vai acontecer no dia 22 de agosto, devem procurar os ambulatórios de cirurgia pediátrica dos hospitais, nos horários disponibilizados logo abaixo. Em 2009, 603 crianças foram atendidas em todo o Brasil .

Horário de funcionamento dos ambulatórios
Hospital de Irmã Dulce
Segundas – pela manhã
Terças – tarde
Quartas – manhã e tarde
Quintas – manhã
Sextas – manhã

Hospital das Clinicas da Ufba (HUPES)
Quintas às 13 hs

Hospital Martagão Gesteira
Pelas manhãs de segunda a sexta

Leia Mais

Campanha pelo fim da violência contra mulheres e crianças


As estatísticas mundiais da prática de violência contra mulheres e crianças mantém números alarmantes e tanto as organizações oficiais quanto as chamadas de terceiro setor (Ongs e sociedade civil organizada) têm se engajado cada vez mais na luta para por um fim a tanta barbaridade. O blog Conversa de Menina, que também milita nesta causa, abre espaço para divulgar uma iniciativa muito bacana, promovida por um grupo de organizações adventistas na América Latina. E aqui, independente da crença religiosa das blogueiras, o que vale é a união em prol de uma causa mais que nobre.

Trata-se da campanha End It Now (Diga Não à Violência Contra a Mulher), que foi lançada em Brasília, nesta quinta-feira, por representantes de diversas organizações adventistas na AL. Até o momento, cerca de 70 mil assinaturas foram recolhidas em oito países sul-americanos (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru e Equador). A previsão é que as adesões aumentem através de mobilizações em todos estes países.

Para vocês terem uma ideia do que significa uma campanha assim, dados nacionais de segurança pública dão conta de que no Brasil, em 2005, a cada oito minutos uma criança era vítima de pedofilia. Estima-se ainda que, pelo menos, 69% dos casos de abuso sexual sejam praticados contra crianças. No caso das vítimas adultas, os percentuais também escondem a ponta de um iceberg que deve ser muito maior do que aparenta (basta lembrar que nem toda vítima denuncia a agressão sofrida por diversos motivos, o medo sendo o maior deles). Em média, entre 10 e 69% das mulheres em todo o mundo alegam ter sido vítimas de abusos psicológicos por um parceiro em suas vidas. Além disso, estudos mostram que entre 12 e 25% das mulheres do planeta já passaram por violência sexual!

A campanha End It Now continua até o mês de outubro e a meta mundial inicial é arrecadar um milhão de assinaturas.

Para conhecer mais sobre a campanha ou participar, visite os sites em português (www.enditnow.org.br) ou em espanhol (www.enditnow-esp.org).

Leia Mais

Serviço: Programa concede bolsas para TCC

O informe abaixo foi enviado ao blog pela ANDI – Agência Nacional dos Direitos da Infância – e visa divulgar a 5ª edição do programa InFormação, que está com inscrições abertas para bolsas de qualificação na área de jornalismo, que atenderá estudantes prestes a realizar o TCC (trabalho de conclusão de curso) interessados em dissertar sobre mídia e violência sexual contra crianças e adolescentes. Os interessados devem ficar atentos ao prazo, que é 10 de março. Confiram detalhes:

Últimos dias de inscrição para programa de concessão de bolsas para TCC

Encerram no dia 10 de março as inscrições para a concessão de bolsas para trabalho de conclusão de curso (TCC), promovida pelo Programa InFormação – Programa de Cooperação para a Qualificação de Estudantes de Jornalismo. Ao todo, são 15 bolsas de R$ 450,00 disponíveis durante seis meses para trabalhos que venham a ser produzidos e defendidos até 31 de agosto de 2010.

Nesta edição, os trabalhos deverão abordar a relação da comunicação com a questão da violência sexual contra meninos e meninas. Os quatro assuntos propostos são:

* Questões gerais da relação entre a mídia e a violência sexual contra crianças e adolescentes.

*As novas tecnologias de comunicação e informação no combate ao problema.

*A relação de gênero e mídia nas causas da violência sexual.

*Papel estratégico da comunicação no enfrentamento à violência sexual contra meninos e meninas.

Poderão concorrer alunos de graduação (de qualquer área) de quaisquer instituições de ensino superior sediadas nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. Os candidatos precisam realizar sua pré-inscrição gratuitamente no site www.informacao.andi.org.br, além de enviar o projeto conforme os critérios estabelecidos em edital. O resultado da seleção, com a lista dos contemplados, será divulgado até o dia 22 de março.

Essa edição do programa de apoio a projetos de Trabalhos de Conclusão de Curso é resultado de um convênio da ANDI com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), e faz parte do projeto “O Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes: o Papel da Mídia”. O projeto também conta com o apoio da Rede ANDI Brasil, da Bem TV, da Revista Viração e do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ).

Serviço:
Programa de Bolsas para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)
Inscrições de 20/01 a 10/03 de 2010
Acesse: www.informacao.andi.org.br

Leia Mais

“Lobo Mau”: um crime contra a ingenuidade infantil

Roubar a ingenuidade das crianças deveria ser crime. Hediondo. Inafiançável e com pena máxima, sem direito à liberdade condicional ou qualquer outro benefício, como a progressão de regime, por exemplo. Eu não levanto a bandeira contra o pagode baiano. Respeito os estilos musicais e danço o que toca. Não tenho CDs, não é um ritmo que toca no som do meu carro, mas eu vou a um show tranquilamente. E me divirto. Não vejo qualquer problema com o fato de cada um se divertir da forma que gosta. O que eu repudio são alguma letras que, por exemplo, abusam da nossa inteligência, ou, pior ainda, “coisificam” as mulheres. E minha revolta desta vez é por causa de uma música que está estourada aqui na nossa terrinha, e que brinca com a personagem da Chapeuzinho Vermelho, infelizmente intitulada “Lobo Mau”.

Eu bem sei, como muitos de vocês, que a fábula original da Chapeuzinho Vermelho é muito diferente daquela versão que contamos às nossas crianças. Aliás, muitos dos contos de fadas não foram originariamente escritos para os pequeninos. Ao longo do tempo acabaram ganhando adaptações direcionadas a auxiliar no crescimento e desenvolvimento deles, com direito a lições de moral no fim. No livro “Os 7 pecados capitais nos contos de fadas: como os contos de fadas influenciam nossas vidas”, de Sheldon Cashdan, o autor esclarece que as edições primárias nasceram como “entretenimento para adultos… e eram contadas em reuniões sociais, nas salas de fiar, nos campos e em outros ambientes onde os adultos se reuniam”. Era inclusive muito comum encontrar temas como erotismo, voyerismo e estupro nas entrelinhas dos escritos.

Lembro bem de uma das versões da história da Chapeuzinho, a de Charles Perrault, em que a menina fazia um streaptease para o Lobo Mau, além de comer a carne e beber o sangue da avó morta pelo animal. No final, acaba ao lado do lobo na cama e é comida por ele. Então, não vamos falar de ingenuidade literária aqui. A questão é que nossos pequenos ouvem as histórias de outro modo. Os livrinhos cheios de cores e desenhos da Chapeuzinho mostram a eles que eles não devem desobedecer a mamãe. Chapeuzinho se depara com o lobo, porque não seguiu as instruções de sua mãe e seguiu para a casa da vovó pela floresta. E lá estava o lobo, de “butuca”, seguindo seus passos. Na versão infantil, um caçador tira a vovó da barriga do bicho e também salva a menina.

Quando ouvi a letra da música a que me referi no início do post, fiquei bastante incomodada. A letra, em minha opinião, tem um apelo sexual muito forte. Mas o que mais me choca é a incitação nua e crua à pedofilia. Na música, o Lobo Mau é personificado. Mas a Chapeuzinho continua uma menina. Muitos de vocês podem pensar que eu estou “viajando na maionese”, que minhas observações são exageradas. Aí cabe a cada um refletir e tirar suas próprias conclusões sobre a polêmica, e eu respeitarei todas elas. Mas acho um verdadeiro absurdo brincar com a ingenuidade das crianças desta forma. A dança é erótica, a música toca o tempo inteiro, e ainda que você tenha o maior cuidado com o que seu filho, sobrinho, etc ouve, não dá para manter tudo sob controle. Entre quatro paredes, e entre adultos, aí sim, pode até valer tudo. Mas um mínimo de pudor público é essencial.

A ingenuidade é a coisa mais bonita que pode existir em uma criança. E me preocupa o fato de tratarmos isso com descaso e negligência. Não importa se os contos surgiram em um contexto em que tentava-se controlar o comportamento humano, principalmente o feminino. O cerne do problema discorrido neste texto é outro. É impossível desconsiderar essa nova função incorporada pelos contos de fada, de encher de ludicidade e de imaginação a vida das crianças. Até que alguém tem a “brilhante” ideia de jogar todo esse processo de reconstrução literária no lixo, apenas para tentar ganhar fama a partir da exploração e do apelo sexual envolvendo o universo das fábulas.

No Carnaval de Salvador, a música já virou polêmica. A intenção era ter publicado este post antes. Mas acabou sendo bom o atraso, afinal pudemos acompanhar a atitude dos artistas. Nos blocos infantis, nem sinal da tal canção. Carla Perez, que puxa o Algodão Doce, anunciou para todos os cantos que não cantaria a música. Que bom! Eliana e Tio Paulinho, que animam o Happy, não tomaram partido da discussão, mas também não entoaram a letra de mau gosto no circuito da Barra. Quanto aos astros e estrelas do axé, Ivete Sangalo, uma das musas do ritmo baiano, fez questão de fazer ecoar o refrão pelas ruas. Logo ela, que tem um público infantil tão forte. Pior, que fez um CD para crianças e acabou de colocar no mundo uma delas. Fico pensando por onde anda a assessoria da moça, que não fez qualquer observação a respeito  do assunto. Ou será que fez? Lamentável.

Aqui, deixo meu apelo. Vamos cultivar a ingenuidade infantil. A vida adulta já nos arranca esta mesma ingenuidade a fórceps. Não deixem que façam isso com nossas crianças. A música não destrói apenas a imagem da Chapeuzinho Vermelho, destrói, aos poucos, os sonhos infantis.

Leia Mais

Artigo: O papel da rotina na vida das crianças

Quando somos mais velhos o que mais desejamos é fugir da rotina, pelo menos de vez em quando. Embora reconheçamos que existe necessidade de manter o mínimo de organização na vida diária, a fuga do padrão é a utopia de todo adulto, principalmente porque vivemos presos ao tempo, escravos do relógio. No entanto, segundo os especialistas, há um momento na nossa vida em que a presença ou ausência completa de rotina (hora para comer, tomar banho,estudar, brincar, dormir) é fator crucial para o nosso desenvolvimento: na infância. A psicoterapeuta Blenda Oliveira analisa a importância da rotina na vida das crianças, no artigo que reproduzimos abaixo. Confiram:

===========================================

**O papel da rotina na vida das crianças

 Blenda Oliveira*

Bebês e crianças têm necessidade de sentir seu ambiente organizado e previsível. A rotina funciona como uma espécie de moldura que organiza os três grandes domínios na área da saúde: o físico, o psicológico e o social, auxiliando numa maior integração dessas áreas, já que há uma interligação e uma afeta a outra. Bebês e crianças muito pequenas ainda não possuem maturidade neurológica e psicológica para suportar todas as inconstâncias em suas rotinas. Por isso, muitas mudanças externas podem gerar experiências precoces de instabilidade. Não precisamos imprimir mudanças no dia a dia da criança, porque já existe um movimento intenso da natureza em cada uma. Ela por si só vive uma interessante transformação no seu corpo, na sua percepção e na capacidade de se locomover. A rotina prepara a criança e ajuda no desenvolvimento da confiança e perseverança, qualidades imprescindíveis para uma futura autonomia.

Escola e família são uma das parcerias mais produtivas. Se uma escola tem como valor o cumprimento de certas rotinas e a família não compartilha, ou vice-versa, podem ser gerados na criança sentimentos de confusão, dúvidas e desconfiança. A escola, dependendo da sua orientação e da formação do seu corpo docente, tem competência para orientar a melhor maneira com que a família pode dar continuidade ao trabalho. Porém, é importante deixar claro que a escola não é responsável sozinha pelo desenvolvimento das crianças. Enfatizo que o papel da família é intransferível, isso não quer dizer que não seja possível fazer parcerias e receber orientações. As ações serão mais significativas quanto maior for o envolvimento da família.

A rotina é um dos pilares para o desenvolvimento da autonomia das várias áreas do desenvolvimento infantil. Vale lembrar que uma rotina adequada vem acompanhada de afeto e flexibilidade, mas não é preciso usar de rigor em detrimento das vivências de afetividade e espontaneidade entre as crianças e seus cuidadores. Sabemos que disciplinas duras, rigorosas e inflexíveis não necessariamente criam indivíduos comprometidos e autônomos, o mesmo ocorre com rotinas por demais permissivas. Qualquer extremo contribui para o aparecimento na criança, no adolescente e nos futuros adultos, de insegurança, medo e desconfiança quanto à própria capacidade de dar conta da vida. A rotina na medida adequada gera referência à criança. Depois o adolescente vai aprendendo quanto pode, em alguns momentos, modificar aquilo que lhe foi ensinado pelos seus pais e professores.

“Não se educa pela razão, apenas.

Educa-se, principalmente,

pela qualidade do afeto”

Quanto mais os bebês se desenvolvem, maior a conquista da independência e, portanto, mais de olho é preciso estar. Crianças a partir de um ano iniciam movimentos mais autônomos, a marcha fica mais firme, a verbalização é maior e, assim, a curiosidade e a descoberta vão ganhando complexidade. Na realidade, criar rotina para crianças em qualquer fase exige que os adultos também sejam pessoas com uma adequada relação com a rotina. Não existe fácil ou difícil, cada momento requer um tipo de cuidado, assim como cada criança tem seu ritmo de adaptação. Podemos comprovar isso desde o nascimento. Alguns bebês se adaptam mais rapidamente ao ritmo das mamadas, outros demandam maior flexibilidade por parte da mãe.

No caso da berçarista, ele consegue manter uma rotina, desde que exista um bom planejamento e orientações coerentes de quem a contratou. É importante ressaltar que as pessoas escolhidas para a função precisam ter equilíbrio emocional, formação adequada, não só intelectual, mas, e principalmente, formação pessoal. É esse conjunto que mantém uma boa rotina. As berçaristas são pessoas crucias, com ela, além da família, laços afetivos serão construídos, e esses serão o melhor meio de comunicação, por onde informações importantes serão passadas e transformadas em hábitos. Não se educa pela razão, apenas. Educa-se, principalmente, pela qualidade do afeto. A qualidade de vida inicia-se desde a concepção, quando os pais recebem seu filho com prazer, comprometimento, alegria e celebração.

*Blenda Oliveira é coordenadora da Casa Movimento (www.casamovimento.com.br), doutora em psicologia clínica pela PUC-SP, psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo – SBP-SP -, além de psicoterapeuta.

**Conteúdo enviado ao blog através da assessoria de comunicação da Casa Movimento.

Leia Mais

Traça de Biblioteca: dicas de leituras infanto-juvenis

Um dos temas mais tratados neste blog com certeza é literatura. Primeiro porque as blogueiras são verdadeiras  “traças de biblioteca” e segundo porque recebemos muito material bom das editoras. Nesta sexta, iniciamos uma série semanal justamente com esse nome: “Traça de Biblioteca”. Toda sexta, reuniremos as melhores dicas literárias recebidas na semana, para vocês se atualizarem.  O foco da série hoje são os leitores dos oito aos 18. Confiram o que já está nas livrarias ou o que vêm por aí no mercado editorial brasileiro infanto-juvenil:

image001O PORTÃO DE PTOLOMEU
Trilogia Bartimaeus – Livro 3
Jonathan Stroud

Editora Record (www.record.com.br)
504 páginas
Preço: R$ 55

Depois do sucesso de O Amuleto de Samarkand — volume inicial da Trilogia Bartimaeus, que já vendeu mais de um milhão de exemplares em todo o mundo — e de O Olho do Golem, o segundo volume, Jonathan Stroud lança O portão de Ptolomeu, terceiro livro da série. Dois mil anos se passaram desde que Bartimaeus estava no auge de seus poderes: invencível na batalha e protegido pelo grande mágico Ptolomeu. Agora, aprisionado na Terra e tratado com desdém pelo seu amo, Nathaniel, suas energias estão desvanecendo rapidamente. Entretanto, em Londres, a fugitiva Kitty Jones foi furtivamente completar sua investigação sobre magia e demônios. Ela espera que se possa romper o ciclo interminável de conflito entre djins e humanos. A Trilogia Bartimaeus já foi publicada em 37 países e vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares em todo o mundo, sendo aclamada como a principal herdeira da saga de Harry Potter. O primeiro livro da série, O Amuleto de Samarkand foi vencedor dos prêmios Boston Globe / Horn Book Honor 2004 (EUA) e Lancashire Children’s Book Award 2005 (Reino Unido). Jonathan Stroud, nascido em 1970, é um ex-editor que já publicou uma série de livros infantis na Inglaterra, onde mora com a mulher e os filhos Isabelle e Arthur. Escritor amador desde a infância, lançou seu primeiro romance aos 28 anos.

NOVA SÉRIE DE MEG CABOT

O arcano nove (vol. 2) e Reunião (vol. 3) continuam as aventuras de Suzannah, na série A Mediadora, da escritora Megie Cabot, autora de Diário da Princesa e febre entre as adolescentes. Suzannah seria uma adolescente nova-iorquina comum se não fosse por um pequeno detalhe: ela é uma mediadora, vê e se comunica com os mortos e às vezes precisa ajudá-los. Mas nunca imaginou que poderia se apaixonar por um fantasma. Jesse é o belo e charmoso espectro que “assombra” o quarto de Suze. E, por mais que ela tente se manter afastada dele, a atração entre os dois é inevitável

image002O ARCANO NOVE
(Ninth key)
Meg Cabot
Tradução de Alves Calado
Editora Record
272 páginas
Preço: R$ 37,90
Suzannah está adorando sua vida nova na ensolarada Califórnia. Uma festa atrás da outra, amigos e até um potencial namorado – nada menos que Tad Beaumont, o garoto mais bonito e rico da cidade. Mas, como toda adolescente, Suzannah enfrenta muitos problemas. Um em especial é só seu: os fantasmas não a deixam em paz. E ela tem até uma queda por um deles…

image003REUNIÃO
(Reunion)
Meg Cabot
Tradução de Alves Calado
Editora  Record
272 páginas
Preço: R$ 37,90
É primavera e tudo o que Suzannah deseja é aproveitar o tempo com a melhor amiga, Gina, que veio de Nova York para visitá-la. Mas a vida de uma mediadora não pode ser tranquila assim, Suzannah tem o dom de ver e falar com os mortos e o dever de ajudá-los a resolver suas pendências neste mundo para que descansem em paz…

Visite o site de Meg Cabot: www.megcabot.com.br

crianca pensaCRIANÇA PENSA
Lya Luft & Eduardo Luft
Ilustrações Susana Luft
Grupo Editorial Record/Galerinha record
64 páginas
Preço: R$ 29,90
Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos anos, a romancista, poeta, cronista e ensaísta Lya Luft conquistou milhares de pequenos fãs ao explorar o fantástico mundo do imaginário infantil de Histórias de bruxa boa e A volta da bruxa boa. Agora ela mostra, em parceria com seu filho, o filósofo Eduardo Luft, que pensar e transgredir não são atributos apenas de adultos. Em Criança Pensa, com ilustrações de Susana Luft, a autora reúne questionamentos filosóficos, juntando poesia, conversas ao pé do ouvido e muita aventura para elaborar a idéia de mundo das crianças. Através da história de três primos — Diogo e as gêmeas Isa e Dora — e da avó Lilibeth, Lya e Eduardo mostram a importância de crescer questionando o mundo, fazendo as perguntas essenciais, mesmo que nem sempre com respostas.

musicariumMUSICARIUM
Autora: Telma Guimarães
Ilustrações: Sami e Bill
Editora: Larousse do Brasil
Preço: R$ 24,90
Pág: 24
Foi por causa das histórias que contava aos três filhos ainda pequenos que Telma Guimarães resolveu escrever. Histórias de animais, crianças irrequietas, avós saltitantes, mágicas, bruxas atrapalhadas, um sem-número e sem-fim de personagens povoam o universo da autora. Em Musicarium Telma narra as maluquices das notas musicais durante uma festa. Apresenta as travessuras do Dó por conta de um sorvete de chocolate; da Clave de Sol que quase virou uma onça; do Ré que não teclou nem duas vezes e saiu tocando-voando para a cozinha e Fá que não dava a mínima nem a semínima para sorvete, mas amava uma boa confusão. Telma nasceu em Marília, São Paulo, mas reside em Campinas. É licenciada em “Letras Vernáculas e Inglês” pela UNESP e Professora Efetiva de Inglês. Publicou seus primeiros livros infantis em agosto de 1988 (“Cara de Pai”, Loyola, “O sopão da Bruxaluca” e “A Tarta-luga”, Vozes). Em 1989, recebeu da APCA o título de “Melhor Autora em Literatura Infantil” com seu livro “Mago Bitu Fadolento”. Telma já publicou mais de 100 títulos entre infantis, juvenis, em Português e Inglês. É também co-autora de livros juvenis com Celso Antunes e Teresa Noronha. Conheça sua obra completa no site oficial aqui.

Leia Mais

Manual de instruções para mães e babás

Robin Williams em cena de Uma Babá Quase Perfeita
Robin Williams em cena de Uma Babá Quase Perfeita

Quem tem filhos pequenos vai apreciar essa dica. A escritora Roberta Palermo criou um manual de instruções para ajudar mães e babás, tanto do ponto de vista do relacionamento justo entre empregadora e colaboradora, quanto com informações sobre adaptação da babá à rotina familiar, conhecimento da legislação trabalhista para os dois lados, além das orientações sobre como lidar com conflitos.

Whoopi Goldberg vive mais uma babá nota 10, Corina
Whoopi Goldberg vive mais uma babá nota 10, Corina

Para a autora, a babá é hoje uma das profissionais mais importantes na vida das famílias. A relação entre mãe e babá, no entanto, nem sempre é equilibrada e harmoniosa. Muitas dúvidas permeiam o relacionamento, da falta de informações básicas sobre os direitos da babá até o que realmente deve ser delegado a ela. Para esclarecer o papel de cada uma, Roberta Palermo, que é terapeuta de família, idealizou o livro Babá/Mãe – Manual de instruções, lançamento da Mescla Editorial. A obra traz orientações tanto para a mãe quanto para a babá. Entrelaçados, os dois guias orientam e oferecem dicas essenciais que visam a educação e o bem-estar da criança.

Resultado de um trabalho de dois anos, incluindo uma longa pesquisa para a monografia da terapeuta e a experiência adquirida no curso de formação para babás que ela coordena há cinco anos, o livro esclarece dúvidas e aborda questões para aproximar mãe e babá.

Julie Andrews vive uma babá sobrenatural em Mary Poppins
Julie Andrews vive uma babá sobrenatural em Mary Poppins

A obra é dividida em duas partes, contemplando os dois lados. O “Guia para a babá” traz dicas eficazes para que as babás exerçam o seu trabalho de maneira produtiva e alegre. Entre os temas abordados estão os benefícios e as dificuldades da profissão; a melhor maneira de se adaptar à rotina da nova família; o que fazer quando não se concorda com as regras estabelecidas pela mãe da criança; e como transmitir aos pais segurança e responsabilidade.

Já no “Guia para a mãe”, a autora mostra o papel da babá na educação da criança, destacando o que as mães podem – e o que não podem – esperar e cobrar dela. O guia reúne dicas práticas para encontrar uma boa babá, ajudá-la a se adaptar ao trabalho, à rotina da casa e à família e mostra que a babá deve ser uma parceira da família nos cuidados com a criança.

A babá durana que na verdade é uma fada também é personagem de Emma Tompson em Nanny Mcphee
A babá durana que na verdade é uma fada também é personagem de Emma Tompson em Nanny Mcphee

A autora aborda também aspectos importantes da legislação trabalhista.

O prefácio da obra é assinado pelo pediatra Eduardo Juan Troster, médico coordenador do CTI Pediátrico do Hospital Albert Einstein.

Ficha técnica:
mae babaBabá / Mãe – Manual de instruções – Guia para a mãe / Guia para a babá

Autora: Roberta Palermo

Editora: Mescla Editorial

Preço sugerido: R$ 33,90

160 páginas

Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890

Visite o site da editora www.mescla.com.br

Visite também o site da autora: www.robertapalermo.com.br

Leia Mais

Artigo: “Por que meu filho mente tanto?”

O artigo publicado abaixo foi enviado para nós por email pela assessoria de comunicação da CGC Educação (clique aqui para visitar o site). Trata-se de uma análise da psicóloga Beatriz Guimarães Otero sobre a questão da mentira na infância. Muitas vezes, ficamos chocados quando surpreendemos um filho contando mentiras, mas existe uma fase no desenvolvimento da criança em que realidade e fantasia não são tão nítidas. Leiam o texto  da especialista, é muito esclarecedor, principalmente para quem tem crianças nessa faixa etária.

===================================================

Por que meu filho mente tanto?

Beatriz Guimarães Otero*

A mentira é sempre encarada com muita preocupação por parte dos pais. Por esse motivo, é importante ter em mente que para uma criança de até cinco anos de idade, mentir é normal. Até esta fase do desenvolvimento, é tido como completamente normal que a criança invente histórias. Isto porque a realidade ainda é muito confundida com a fantasia. A imaginação e a fantasia fazem parte do mundo da criança até os cinco anos, e são bases para o pensamento lógico do adulto. Mas, à medida que a criança vai crescendo, essas funções vão dando lugar à noção de realidade, sem que sejam completamente extintas. A partir dos seis anos de idade espera-se que a criança ainda brinque com a imaginação, mas que fantasie bem menos. A mentira pode ser encarada como intencional a partir dos sete anos de idade, fase na qual a noção de realidade já está estruturada e a criança sabe diferenciar muito bem o que é mentira e o que é realidade. As crianças maiores podem mentir por vários motivos: temer castigos e repreensões, receber alguma recompensa, se isentar de culpas, fugir de responsabilidades, melhorar a auto-estima, chamar a atenção. Outro motivo que pode levar a criança a mentir é quando seus pais mentem. Os pais são os modelos mais importantes para as crianças. As crianças se espelham no comportamento de seus pais. Se os pais pedem que a criança minta ao telefone dizendo que não estão em casa, estão ensinando seu filho a mentir. Ou quando os pais deixam passar uma mentira de seu filho, também estão reforçando este comportamento, fazendo com que a criança encare a mentira como algo natural. Isto, no futuro se transforma no resfriado fictício para escapar da bronca da professora por não ter feito a lição, no automóvel de última geração que na verdade o pai não tem para chamar a atenção dos colegas etc. Percebemos que a criança aprende desde cedo a mentir quando seus pais a ensinam a não dizer quando acham a roupa da colega feia, ou quando não gostam de um presente de aniversário. Ou seja, à medida que começam a ampliar sua rede de relacionamento, as crianças são treinadas a contar algumas mentiras para não magoar o outro, inibindo sua espontaneidade. A partir daí, a criança aprende que necessita esconder o verdadeiro sentimento em algumas situações. Uma pergunta muito importante que surge é: e como os pais devem agir frente a tudo isto? Em primeiro lugar, os pais devem, sempre que perceberem uma mentira, pontuar a diferença entre a fantasia e a realidade, mesmo que a criança ainda seja pequena e não entenda essa diferença. A criança tem que saber que quando mente terá a desaprovação de quem o cerca, e que se fizer o contrário, ou seja, contar a verdade, será admirada. E que ao invés de castigar ou dar uma bronca, compete aos pais ensinarem os benefícios da verdade e os prejuízos da mentira. Isto porque as broncas e os castigos gerarão mentiras futuras com a intenção de fugirem disto. Quando a criança desenvolve um comportamento mentiroso freqüente que se estende muito além dos sete anos, os pais devem procurar ajuda profissional para compreender porque isto está acontecendo e receber as orientações necessárias. Isto porque após esta idade, o emprego freqüente de histórias fantasiosas pode revelar problemas sérios. Afinal, a fantasia neste caso pode não ser mais considerada uma mentira proposital, mas sim, uma fuga da realidade, como é o caso das psicoses em que a mentira vem em forma de delírios, devido a uma quebra de contato com a realidade. Ou ela pode surgir também na forma de uma compulsão, como se fosse uma dependência. Neste caso, a pessoa sabe que está mentindo, mas não consegue se controlar. Contudo, na maioria das vezes, a “imaginação fértil” das crianças indica um crescimento saudável, mas que exige a atenção de sempre.

Beatriz Guimarães Otero é psicóloga e psicoterapeuta junguiana*

===========================

Leia outros artigos publicados no blog:

>>Crianças hiperestimuladas, crianças felizes?

Leia Mais