Mulheres representam 45% dos empreendedores individuais

A reportagem que publico abaixo é da Agência Sebrae. Achei bacana o tema e creio que pode servir de incentivo para muitas meninas que pensam em dar um passo rumo ao empreendedorismo. Não é fácil, mas tampouco é impossível. Vamos todas nos inspirar!

Mulheres representam 45% dos empreendedores individuais
Levantamento mostra que 450 mil mulheres buscaram a formalização de seus negócios

Brasília – Historicamente uma das mais empreendedoras do mundo, as mulheres brasileiras também ocupam espaço importante entre os trabalhadores por conta própria formalizados. De cada 100 empreendedores individuais, 45 são mulheres, segundo um levantamento feito pelo Sebrae com dados do Serviço Federal de Processamento de dados (Serpro). No total, somam 450 mil formalizados.

E a tendência é que esse número aumente, uma vez que as brasileiras são mais empreendedoras que os homens – dos empreendedores no mercado nacional – incluindo micro e pequenos empresários -, 53% são mulheres, segundo a Pesquisa Empreendedorismo no Brasil 2009, dado mais recente do levantamento anual feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

No Piauí a participação das mulheres se igualou à dos homens. Algumas pela necessidade, mas também há muitas que enxergam uma oportunidade no empreendedorismo, caso da cabeleireira Maria da Guia do Carmo Santos, de 35 anos. Após cinco anos trabalhando como funcionária de salões de beleza de Teresina, ela pediu demissão para trabalhar por conta própria em 2008. No ano passado, Maria da Guia se formalizou como Empreendedora Individual. Agora se prepara para atender seus clientes em um espaço próprio, e não mais em sua casa, e contratar um funcionário.

A cabeleireira atende, em média, 30 pessoas por semana. Desde que passou a trabalhar por conta própria, sua renda mensal saltou de um salário mínimo para R$ 3 mil. A renda maior lhe permite não só se capacitar, já que vem fazendo cursos, como melhorar a qualidade do serviço oferecido. “Mas o mais importante é que estou conseguindo realizar meu grande sonho, que é comprar minha casa própria. Já dei a entrada e em breve finalmente vou sair do aluguel”, comemora.

Em outros oito estados, a igualdade entre homens e mulheres no universo de empreendedores também está próxima. Segundo o levantamento, no Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Roraima e Sergipe a participação feminina está acima de 48% do total de empreendedores por conta própria. A menor participação de mulheres no mercado total está na Bahia, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná e Tocantins, que possuem um percentual de mulheres inferior à média nacional – oscila entre 43% e 44%.

*Fonte: Agência Sebrae

**A foto é do blog Jackie M´s Make Up

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Mulheres ditam novos padrões de consumo on line

Consumo é tema importante dentro do vasto universo feminino. Mas, ao contrário do senso comum, somos bem menos impulsivas na hora de gastar dinheiro do que dizem por aí. No artigo que separei para publicar aqui no blog nesta quarta, dentro da Semana da Mulher, vocês veem dados interessantíssimos sobre a relação das meninas com as compras. Estamos dominando o segmento on line e o novo boom do e-commerce nacional: os sites de compras coletivas. Já existe até uma terminologia nova, “mães digitais” (me identifiquei, embora ainda esteja longe dos 45). Confiram o texto de Stella Susskind sobre o tema:

Mulheres “dominam” os sites de compras coletivas e ditam novos padrões de consumo online no Brasil e na Europa

*Stella Kochen Susskind

Um contingente significativo de mulheres brasileiras e europeias está promovendo uma verdadeira revolução no consumo online. No Brasil, levantamentos atestam que 60% das pessoas cadastradas nos portais de compras coletivas – portanto, internautas com real potencial de compra e com tíquete médio entre R$ 30 e R$ 40 – são do sexo feminino. Em 2010, as compras coletivas movimentaram R$ 10,7 bilhões e a expectativa é ultrapassar a marca dos R$ 14 bilhões neste ano. Por ser membro da Mystery Shopping Providers Association Europe, tive acesso ao estudo francês Les Digital Mums – conduzido pela WebMediaGroup – que identificou o surgimento do fenômeno “mães digitais”. É claro que os números relacionados à movimentação financeira do negócio impressionam, mas o que me chama a atenção são as novas tendências comportamentais.

De acordo com a pesquisa francesa, as mulheres com menos de 45 anos e que têm filhos estão ditando novos padrões de consumo na internet. Entre as 552 entrevistadas, 57% das mulheres afirmaram que fazem pelo menos uma compra por mês pela internet; 44% gastam mais de 20% do orçamento familiar em compras online. Ativa nas redes e fóruns sociais, essa consumidora tem como motivação a economia de tempo (59%) e o fato de poder comprar quando quiser (58%) – afinal, as lojas virtuais estão abertas 24 horas. As “mães digitais” – entre as quais me incluo, embora não seja francesa – usam a internet, também, para pesquisar e trocar ideias sobre educação infantil. Além disso, essas mulheres estão usando a rede como instrumento de e-commerce, ou seja, 83% das entrevistadas afirmaram que visitam, no tempo livre, sites especializados em compra, venda e troca de produtos usados.

Tanto no Brasil quanto na Europa – e a pesquisa Les Digital Mums mostra esse comportamento – as mulheres não compram por impulso. Não estou afirmando que são compras 100% racionais, mas que são fruto de pesquisas nas quais as consumidoras comparam o custo–benefício do produto. Embora o emocional seja extremamente importante para o consumo feminino, a nova consumidora é criteriosa e cautelosa, especialmente nas compras online. Ao analisarmos o comportamento feminino nas compras coletivas, por exemplo, vemos que a opinião de outras consumidoras que já utilizaram o serviço, sobretudo de amigos e parentes, é determinante. Contudo, a compra online ainda está restrita à praticidade. Explicando melhor, os objetos de desejo das mulheres – sapatos, bolsas, perfumes, maquiagem e roupas – continuam a demandar a compra presencial; o namoro às vitrines.

Seja no ambiente virtual ou real, o atendimento permanece como fator crucial para a fidelização de clientes. De acordo com os relatórios da Shopper Experience, elaborados a partir de relatos dos clientes secretos – a empresa conta com um módulo de pesquisa pioneiro, dedicado à avaliação de e-commerce, compras coletivas, Twitter e Facebook de empresas do varejo e do setor financeiro – , o atendimento online requer melhorias urgentes. De um lado temos um novo consumidor que realiza compras (online e em lojas); de outro, marcas que levaram para as lojas virtuais os mesmos desmandos e atendimentos impróprios que têm nos estabelecimentos físicos. Essa miopia tem causado sérios transtornos aos Procons do país que estão repletos de processos e reclamações de consumidores. Em um futuro próximo e com a crescente conscientização do consumidor brasileiro, essas empresas não terão mais espaço no mundo real e virtual. As mulheres, tudo indica, serão agentes dessa transformação do consumo. Afinal, já são elas que estão ditando os novos rumos das compras online.

*Stella Kochen Susskind preside a Shopper Experience – empresa de pesquisa – e a divisão latino-americana da Mystery Shopping Providers Association. A executiva atua, ainda, como diretora da Mystery Shopping Providers Association Europe.

Já publicamos da autora no blog:

>>Mulheres e Compras: O segredo dos quatro “Ps” do consumo feminino

**O artigo de Stella Kochen Susskind foi enviado ao blog pela Printec Comunicação e publicado mediante a citação da autoria e respeito ao conteúdo. Como todo trabalho intelectual, este está protegido por direitos autorais e pedimos que, caso tenha interesse no tema e queira usar dados desse artigo, entre em contato com a autora ou sua assessoria para pedir autorização.

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Artigo: A criança e o valor do dinheiro

Selecionei para esta quinta-feira um artigo muito interessante do educador Daniel Ribeiro. Como sou mãe e tenho um filho entrando na adolescência, temas ligados a educação dos jovens, como prepará-los para o mundinho cão onde vivemos, sempre me chamam atenção. E o tema do artigo, crianças e dinheiro, é muito pertinente. Aprendi a calcular as despesas de casa quanto tinha mais ou menos 10 anos. Nessa idade, já sabia ir até a mercearia da esquina comprar víveres e fazer aquela relação básica de custo x benefício. Lembro de uma situação engraçada: fui à padaria com uma tia minha e minha mãe mandou comprar manteiga. Olhei o pote de 250g e outro de 500g e vi, lógico, que o de 500g era mais caro, algo em torno de R$ 1 a mais que o pote menor (na verdade, nem lembro qual era a unidade financeira na ocasião, acho que era cruzado novo…). Mas vi também que havia uma vantagem  no pote maior e a reposição de manteiga na despensa demoraria mais para ocorrer. Minha tia chegou em casa orgulhosa, dizendo para minha mãe que eu já era uma mocinha. Exemplos prosaicos e saudades da infância à parte, depois de adulta, tento ensinar ao meu filho o valor do dinheiro e tento dar a ele apenas coisas com as quais possa lidar de acordo com sua idade.  Nada de presentes caríssimos. Na minha visão de mundo, por exemplo, uma criança na faixa dos dez anos não precisa de um celular, que na maioria das vezes só servirá para distraí-la da aula ou para colocá-la como alvo de assaltantes. Para a escola, ele leva o valor necessário para o lanche e só. A mesada, nunca é dada em mãos, mas  depositada numa conta poupança. Antes de comprar alguma coisa, nós dois conversamos muito, pesamos prós e contras de desfalcar a sua conta em prol de um capricho passageiro ou se é mais vantagem juntar dinheiro para comprar algo realmente bacana.  Lógico que não é um regime de quartel, afinal trata-se de um garoto de 12 anos e de vez em quando, permito um capricho, mas o consumo nunca serve de compensação para alegrias ou tristezas. Gosto de moda, de acompanhar novidades e tendências, como fica claro em alguns posts do blog, mas uma coisa interessante que tenho notado é que, quanto mais estudo sobre o mundo fashion e o universo geral da indústria da beleza (cosméticos e etc), mais aprendo a consumir com consciência e mais tento repassar essa lição para o rapazinho que tenho em casa.  Ficar bonita para mim é questão de estado de espírito, já disse isso outras vezes. Claro que, todo mundo quer andar na moda, dirigir um carro legal, morar num apartamento bem decorado, mas existe um limite de bom senso e existe uma coisinha chamada planejamento. Dinheiro foi feito para gastar, até porque, quando a gente morre, não leva junto nem a carne ou os ossos, que dirá os bens materiais, mas é sempre bom guardar um pouco para  velhice ou as emergências. Mas agora, confiram o artigo de Daniel Ribeiro, porque eu, já falei demais!

*A criança e o valor do dinheiro

**Por Daniel Ribeiro

Ninguém precisa virar um tio Patinhas, mas é preciso ter a noção de que economia tem relação direta com planejamento e segurança

Em março de 2008, em minha faculdade, um dos principais assuntos abordados foi “matemática financeira para crianças”. É um tema fundamental para ser debatido por pais e professores junto aos pequenos. Uma das grandes dificuldades que os pais encontram no que diz respeito à educação de seus filhos é fazer com que eles entendam o valor do dinheiro. As crianças, que dificilmente se interessam pelo assunto, podem se tornar adultos incapazes de lidar com as próprias finanças.

Diante dessa realidade, procuramos mostrar em nossas teses a importância de se estudar tal assunto e como introduzi-lo junto a nossas crianças. Notamos que a melhor metodologia seria aquela que se utilizasse do lúdico para educar, porém, deixando a criança sempre em contato com a realidade, mostrando que aquele aprendizado será útil durante toda a vida.

Há um momento, por exemplo, em que damos um salário de R$ 1.000,00 para cada aluno. Com o dinheiro, eles terão que pagar suas contas e ainda fazer sobrar para a diversão. Outra técnica para capacitar as crianças a gerir suas finanças pessoais é a divisão do dinheiro em potes. Em cada pote deve ser colocada uma quantidade de cédulas correspondente a cada interesse do aluno. Todo dinheiro que eles recebem, seja a mesada ou um presente da avó, deve ter um destino. Essa é uma maneira de eles se controlarem e não saírem gastando em besteiras das quais se arrependam depois.

Aprender a administrar o orçamento pessoal é um desafio que muitos adultos não conseguem encarar com sucesso, pois, além de responsabilidade e determinação, exige treinamento, por mais banal que uma contabilidade doméstica possa parecer.

Que tal ensinar seus filhos a como lidar com o dinheiro desde os primeiros anos da infância? É claro que não se trata de dar aulas sobre os rudimentos da matemática financeira aos dois anos de idade. Mas, bem cedo, os pais já devem começar a introduzir na vida dos filhos alguns conceitos relacionados ao valor e ao uso de cédulas e moedas, bem como à importância de poupar para o futuro. É um tema cujo interesse vem crescendo no ensino fundamental dos Estados Unidos e dos países da Europa – na Inglaterra virou até matéria obrigatória em muitas escolas. No Brasil, a educação financeira apenas engatinha, e a experiência já colhe bons resultados.

Mesmo sem a matéria no currículo, os pais podem desde já iniciar os pequenos no bê-a -bá financeiro com conceitos bem simples. O primeiro passo é ensiná-los a distinguir aquilo de que precisamos daquilo que simplesmente queremos. Quem não sabe isso se atrapalha. É o caso das pessoas que compram um carro importado antes da casa própria. Uma boa maneira de fazer com que seu filho entenda é tratar desses assuntos em situações cotidianas, deixando-o, por exemplo, responsável por checar quais produtos estão faltando em casa e que precisam ser comprados. Também é fundamental fazer com que a criança associe poupança à precaução, para que entenda que muitas vezes é importante desistir de comprar algo no presente para conseguir um benefício futuro. Quem compreender isso de verdade não terá problemas com cheque especial nem com cartão de crédito mais adiante. Além disso, repetir-lhe idéias simples, como tratar o brinquedo com cuidado para ele estar funcionando quando quiser usá-lo novamente, ou poupar um pedaço do lanche para quando tiver fome, são lembretes que podem ajudar bastante. Dessa maneira, quando essa criança ou adolescente começarem a ganhar mesada, será mais fácil convencê-los da importância de guardar uma parte do dinheiro.

A mesada é uma das principais fontes de dúvidas e equívocos dos pais. Como eles têm muito prazer em satisfazer os desejos dos filhos, acabam errando demais. Mesmo que se trate de uma família de alta renda, não é aconselhável encher o filho de dinheiro.

Também faz parte da educação financeira a dissociação entre dinheiro e afeto, o que significa muita cautela na hora de dar presentes. A recomendação dos especialistas é reservá-los somente para datas comemorativas, como aniversário ou Natal, por mais bem-sucedida que a criança seja na escola ou na atividade esportiva. Prefira outras maneiras de mostrar-lhe reconhecimento, como um passeio em família ou mesmo um abraço e palavras de elogio.

É importante que a garotada aprenda a esperar pela realização de um desejo, mesmo que se trate de algo barato. Se uma criança é acostumada a conseguir tudo o que quer imediatamente, vai se transformar em um adulto sem limites, daqueles que esbanjam, mesmo sem ter dinheiro para pagar um bom plano de previdência privada. O sacrifício dos pais para satisfazer os caprichos materiais dos filhos são pontos negativos. Isso inclui o tão esperado carro aos 18 anos. É preciso mostrar que quem não faz nenhum tipo de esforço financeiro nunca aprende a como chegar lá”.

*Texto encaminhado ao blog pela Ex-Libris Comunicação Integrada

** Daniel Ribeiro é mediador da Vitae Futurekids no Programa Matemática Descomplicada, em Caçapava (SP)

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Uma ajudinha para declarar o Imposto de Renda?

Um P.S. ao contrário:

Se você entrou neste blog pela primeira vez e tem por objetivo único tirar suas dúvidas sobre o IRPF, recomendo que desça a barra de rolagem e vá direto para o final do post. Os links que te interessam estão lá. Caso já seja nosso leitor assíduo e queira um pouco de filosofia pura e simples antes de meter a mão na massa, dá uma lida no meu “nariz de cera” aí abaixo e na sequência, você chegará aos links da Receita Federal. De uma forma ou de outra, divirta-se, que a vida não vale a pena sem isso!

*Narigão de cera

Alimentei meu leãozinho logo no primeiro dia da declaração do IRPF 2010. Não deu tempo do bicho crescer e me morder!

Sou meio paranóica com a declaração anual de imposto de renda. Aliás, tudo que cheira a burocracia, documentos, papelada, me deixa não apenas pela metade, mas completamente paranóica. Não é que eu não goste de ter responsabilidades, mas a bem da verdade, existem coisas muito mais interessantes para fazer na vida do que preencher fichas e documentos não é? Como ninguém que vive na sociedade contemporânea pode se dar ao luxo de chutar o pau da barraca completamente, resta-nos aceitar a dose de responsabilidade diária, de preferência homeopática, que é para dar tempo de incluir entre uma responsabilidade e outra, aqueles intervalos de “coisas mais interessantes para fazer” que garantem a nossa sanidade mental e o bom-humor no fim do dia. Uma pausa minha gente, todos precisamos dela de vez em quando. Digo isso não que seja uma grande novidade, mas porque percebo que a papelada tende a crescer e a diversão diminuir nas nossas vidas com o passar do tempo. Mas, acreditem, temos o poder de controlar isso. Pois sim, deixando a filosofia de lado e falando de forma prática sobre o Imposto de Renda, já que é obrigatório declarar e já que faz parte do pacote das responsabilidades que eu não posso adiar, o negócio é arrancar o esparadrapo logo de uma vez:  já declarei, logo no primeiro dia do prazo. Provavelmente a restituição não vai ficar no banco rendendo meses, mas em compensação, recebo logo no primeiro lote e pronto, gasto o dinheiro com o que estiver precisando ou guardo na poupança para uma emergência e até março do ano que vem, nem lembro que a receita federal existe, com todo respeito aos profissionais deste órgão.

Procrastinar é o nome bisonho do verbo que traduz o estado de quem adia para a última hora a solução de um problema ou uma responsabilidade. Quando estava na oitava série, no século passado, lembro de ter lido um conto, se não me falha a memória, de Luis Fernando Veríssimo (ou foi uma crônica dessas domingueiras de jornal, memória RAM com mais de 30 anos de uso, desculpem) – eu era esse tipo de adolescente, que lia jornal -.  O texto falava justamente da nossa mania de procrastinar, adiar as coisas. Já virou até emblema dos brasileiros, temos fama de adiar tudo para a última hora e de só fazer seja lá o que for que tenhamos de fazer aos 45 minutos do segundo tempo e rezando para o juíz dar uma prorrogação. Mas, como sou do tipo que precisa muito de tempo para as coisas divertidas da vida (incluindo dormir oito boas horas de sono, que faz um bem danado para a pele), desde mais nova aprendi a não adiar nada. Se é para resolver, vamos acabar com isso, arrancar esse esparadrapo logo de uma vez!

Adiar nunca dá certo, porque na última hora sempre há correria. Pessoalmente, detesto correria, tenho um ritmo próprio de fazer as coisas e só lido com a pressão necessária, não admito nenhum graminha acima da pressão necessária. Como o tema é o Imposto de Renda e hoje já é 6 de abril, ou seja, faltam 24 dias para o fim do prazo, ainda dá tempo, para quem não declarou, de acertar as contas com o Leão e acabar descobrindo que o bicho não passa de um filhote. Na véspera, com certeza o site da Receita estará mais do que congestionado e sinceramente, não acho que o felino valha o estresse, mesmo com conexão banda larga. Particularmente, gosto de ser paranóica com prazos, porque sempre sobra tempo para relaxar e fazer as tais coisinhas mais interessantes…

E para quem ainda não atinou com os prazos ou está quebrando a cabeça atrás de respostas. Antes de xingar a blogueira por ter escrito um “tratado” sobre a arte de não adiar a solução dos problemas, abaixo, alguns links que vão interessar:

SOS Imposto de Renda

1 – Para quem precisa de uma forcinha na hora de declarar o IRPF, o portal Universia reuniu uma série de dicas. Vale lembrar que só declara este ano quem teve renda no ano passado superior a R$ 17.215,08. O conteúdo do site indica os rendimentos e despesas que podem ser declarados, além de responder às perguntas mais comuns referentes à declaração, como quem deve declarar o IR, quais são os documentos necessários, quem pode ser declarado como dependente, além de explicar o que é malha fina, entre outras questões. Clique neste link para conferir o manual salvador.

2 – A Receita Federal criou um hotsite onde além de esclarecer dúvidas, é possível baixar os programas da declaração. Acesse aqui.

3 – O blog Cidadão Repórter, do Grupo A TARDE, mantém uma sessão de perguntas e respostas. Confira os links abaixo:

>>Tira dúvidas IRPF 2010

>>Tira dúvidas sobre IRPF 2010

>>Tira dúvidas sobre o IRPF 2010 – 2

>>Tira dúvidas sobre IRPF 2010- 3

>>Dúvidas respondidas sobre o IRPF 2010

>>Dúvidas sobre IRPF 2010

>>Perguntas e respostas sobre IRPF 2010

>>A TARDE tira as dúvidas sobre IPRF 2010

*Nariz de cera é um jargão jornalístico que significa dar uma esticada na conversa, fazer uma digressão básica, antes de entrar direto no assunto que interessa.

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Mulheres e Compras: Marketing feminino

As comemorações pelo Dia Internacional da Mulher terminam oficialmente neste sábado, embora o blog discuta o assunto o ano todo, nem tinha como ser diferente, com três mulheres blogando na página. Mas, para seguir o calendário, vamos encerrar hoje as sequências de artigos que ao longo da Semana da Mulher refletiram sobre vários aspectos da feminilidade contemporânea. Foram duas séries, Especial Semana da Mulher e Mulheres e Compras. Esta última, é encerrada agora, com o texto abaixo, de autoria do administrador e professor Marcos Morita. A série Especial Semana da Mulher também terá seu último artigo publico ainda neste sábado, aguardem! Ao falar de marketing e feminilidade, Marcos Morita traça um panorama realista da evolução das conquistas femininas na sociedade pós-moderna e não deixa de fazer o alerta: homens e mulheres são historicamente – e ainda hoje – criados de forma diferente e quase antagônica. Vale refletir se este é o modelo de sociedade que queremos legar às novas gerações.

Marketing feminino

*Marcos Morita

Aliança de casamento não é mais o bem de consumo mais cobiçado pelas mulheres

O dia 8 de março pode ser representado por uma mulher emancipada, independente, realizada e madura, completando 35 anos de vida. A data, instituída em 1975 pela ONU, teve como objetivo lembrar ao mundo suas lutas contra a violência e a discriminação. Apesar do avanço inegável, alguns países parecem ainda estar em 1857, ano em que uma fábrica de tecidos norte-americana foi incendiada para calar a voz de mais de 130 tecelãs que reivindicavam melhores condições de trabalho e equiparação de salário com os homens.

Felizmente não pertencemos mais a este grupo, assim como as discussões entre as diferenças dos sexos já não são tão acaloradas. Sabemos que os homens das cavernas partiam para caça, enquanto as mulheres guardavam e zelavam a cria e o lar. Mesmo assim, protegemos e falamos de maneira mais carinhosa com bebês vestidos de cor-de-rosa. Criamos filhos e filhas com enfoques diferenciados.

Homens têm cromossomos x e mulheres y. Competitividade, excesso de confiança e espírito de aventura no primeiro caso. Proteção, abrigo e nutrição no segundo. Talvez por isso meninos tenham brincadeiras agressivas e competitivas, gostem de filmes de aventura e vídeo games de ação, enquanto meninas brincam de papai e mamãe, adoram bonecas e se deliciam com filmes românticos.

A mulher utiliza os dois lados do cérebro ao invés do direito apenas. Há também mais conexões através dos dendritos, possibilitando maior capacidade de pensar holisticamente e expressar suas emoções. Tente discutir com sua esposa ou namorada e comprove o número de palavras por minuto, as histórias resgatadas do fundo do baú e a facilidade em transformar sentimentos em lágrimas.

Com o crescimento do poder de compra, as mulheres não mais influenciam as decisões nas unidades familiares. Preferem ir direto ao consumo. Carros e apartamentos substituíram roupas, compras de supermercado e educação dos filhos. Perdidas estão as empresas e profissionais de marketing que ainda tratam as mulheres como um mercado em ascensão. Hoje elas são o mercado.

Há ainda alguns nichos que podem ser explorados. O advento da internet, a queda brutal nos custos das comunicações e a globalização, possibilitaram que grupos anteriormente excluídos pelas empresas pudessem se tornar comercialmente interessantes. O pesquisador americano Mark Penn utilizou o termo microtendências para defini-los.

Professor Marcos Morita, autor do artigo

Segundo Penn, microtendências são pequenas forças imperceptíveis que podem envolver até 1% da população, moldando a sociedade de forma irreversível. Considerando uma população de aproximadamente 100 milhões de brasileiras, teríamos um mercado nada desprezível de um milhão de consumidoras esperando para terem suas necessidades atendidas. Vejamos algumas.

Solteiras demais: creio que já tenha discutido com sua esposa ou família, o fato de alguma prima ou conhecida ter ficado para a titia. Inteligentes, bonitas e com bons empregos, seriam partidões caso tivessem nascido com outro cromossomo. O comportamento agressivo na juventude e os casais homossexuais em maior número pendem a balança para o lado das mulheres.

Tigresas: apesar do ar de reprovação de algumas pessoas, é fato que o número de mulheres mais velhas namorando homens mais jovens vem aumentando. Artistas e socialites cujas vidas são escarafunchadas são os exemplos mais visíveis. A independência financeira e sexual conquistada pelas gerações anteriores tem feito que mulheres maduras optem pelo divórcio.

Mulheres prolixas: as mulheres têm demonstrado aptidão em áreas que exigem o uso da palavra escrita ou oral. Algumas profissões estão se tornando redutos femininos. Cursos de jornalismo, direito e propaganda são bons exemplos. Apresentadoras, advogadas, juízas, deputadas, prefeitas, governadoras e quem sabe até a próxima presidente, comprovam o sucesso feminino quando o assunto são palavras.

Utilizaria o termo oportunidade caso tivesse que resumir esta data em apenas uma palavra. Os especialistas em mulheres e seus comportamentos de compra têm hoje apenas uma foto do presente e a história escrita do passado. As microtendências provam que ainda há muito a avançar neste intrincado terreno que é o cérebro feminino. Mãos à obra, homens!

*Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas e professor da Universidade Mackenzie. Especialista em estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios. Há mais de quinze anos atua como executivo em empresas multinacionaisContato: [email protected] / www.marcosmorita.com.br

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Leia os outros posts da série:

>>Mulheres e Compras: O segredo dos quatro “Ps” do consumo feminino

>>Mulheres e Compras: O que as marcas e a propaganda precisam saber sobre a mulher contemporânea?

>>Mulheres e Compras:”Mulheres ou homens: quem gasta mais?”

>>Mulheres e Compras: Por que as mulheres, brasileiras ou francesas, leem mais que os homens?

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Imposto de Renda: Receita cria hotsite

Meninas – e meninos, lógico – chegou a hora de acertar as contas com o Leão e para facilitar a vida dos declarantes, a Receita Federal criou um hotsite específico para isto, hospedado na home page do órgão. Recebemos informações da assessoria da Receita e dividimos com vocês, para que ninguém perca o prazo da declaração – 30 de abril – e nem deixe para a última hora, quando o sistema costuma congestionar. Se você tem todos os seus recibos à mão, preencher a declaração no programinha da Receita leva menos de meia hora (já até fiz minha declaração) e ainda há a possibilidade do programa calcular para você o que é mais vantajoso: declaração completa ou a simplificada, com alíquota de 20%. Leiam o informe abaixo e aproveitem para visitar o site da Receita e esclarecer todas as dúvidas. A página está muito bem elaborada, com navegação fácil e didática e bastante auto-explicativa.

Receita divulga conteúdo especial sobre o IRPF/2010

O leão foi usado pela primeira vez numa campanha publicitária da Receita Federal, em 1979, e imediatamente, caiu no gosto popular e passou a fazer parte do imaginário coletivo como sinônimo do órgão. Na época, o animal foi escolhido pelos marqueteiros por suas características biológicas e literárias: considerado rei dos animais, animal justo, não ataca sem aviso e é leal. Apesar da Receita não usar mais este símbolo, a imagem do leão ficou para sempre associada ao IRPF. As informações são do portal vocesabia.net

A Receita Federal do Brasil disponibilizou nesta segunda (01/03) um conteúdo especial para os mais de 20 milhões de declarantes do IRPF/2010. Os contribuintes terão à sua disposição a partir de agora no sítio da Receita Federal na Internet (www.receita.fazenda.gov.br), diversas novidades para facilitar a obtenção de informações relacionadas à declaração do IRPF 2010.

A Receita preparou páginas especiais sobre a apresentação da declaração, o pagamento das quotas, a restituição e a situação da declaração. Esses quatro assuntos estão organizados conforme os tópicos abaixo:

1 Declaração: download de programas, obrigatoriedade, formas de elaboração, prazo de entrega, preenchimento, transmissão, retificação e multa por atraso na entrega;

2Pagamento: emissão de Darf, débito automático, vencimento das quotas e pagamento em atraso;

3 Situação da declaração: extrato da DIRPF, regularização de pendências e intimação e notificação;

4 Restituição: consulta, datas dos lotes, aviso via celular e alteração de conta.

O novo conteúdo foi formatado para proporcionar uma navegação mais simples e intuitiva, facilitando assim a localização de informações por meio de um novo leiaute. Além disso, o conteúdo deixou de ser essencialmente textual, passando a ser composto também por tutoriais apresentando didaticamente como realizar tarefas como o download e instalação dos programas, importação de dados da declaração de 2009, gravação e transmissão da declaração, verificação de pendências, retificação da declaração e impressão do Darf.

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Artigo: Dificuldades das mulheres no mercado de trabalho

O mercado é ingrato com as mulheres que optam por serem trabalhadoras e mães. Pelo menos esta é a análise do advogado e professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas, Marcos Vinicius Poliszezuk, autor do artigo que publicamos abaixo. O texto traz dados do IBGE e da Catho On Line sobre a situação de empregabilidade das brasileiras. Sim, ainda ganhamos menos que os homens, embora isso seja inconstitucional. E ainda somos discriminadas na hora de disputar uma seleção – separadas em: com filhos e sem filhos – embora isso seja ilegal e imoral. O importante de divulgar esse tipo de análise é contribuir para conscientizar as mulheres e os homens sobre a importância de romper antigos tabus. Apesar de todo o avanço tecnológico da pós-modernidade e de toda a revolução dos costumes, o peso da tradição ainda é grande na nossa sociedade. Ainda há quem defenda, nos dias de hoje, que lugar de mulher é em casa lavando, passando, cozinhando e criando os filhos. Sem contar com aqueles que endossam afirmações absurdas como a de que as mulheres que tornam-se lideres e se destacam na profissão, masculinizam-se para competir de igual para igual com os homens! Talvez, diante de estatísticas como as apresentadas no artigo do professor Marcos, realmente existam mulheres que abrem mão da maternidade ou da feminilidade para mostrar que são tão capazes quanto os homens. No entanto, quem foi que disse que ser agressivo no mercado é prerrogativa masculina? E quem disse que a agressividade ou a competitividade não são também características das fêmeas? Onde está escrito que para ser feminina tem de ser mãe? O problema com o preconceito, qualquer que seja ele, é que cria categorias e rotula as pessoas, confinando-as aos estererótipos, sendo que a diversidade é cada vez  mais a norma no mundo, graças a Deus! Eu, particularmente, não quero ser igual, melhor ou pior que nenhum homem.  E espero que nenhum deles queira ser melhor, pior ou igual a mim. Quero respeito nas minhas diferenças.
 
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**Dificuldades das mulheres no mercado de trabalho

*Marcos Vinicius Poliszezuk

Todos são iguais perante a lei. É o que estabelece o artigo 5° da Constituição Federal. No entanto, deparamo-nos com realidades distantes daquela prevista pelo nosso constituinte. Prova disso é o tratamento dispensado às mulheres trabalhadoras, em que a discriminação ainda é notadamente patente.

mulher_trabalhando_01Importante destacar que várias foram as legislações com o intuito de proteger o trabalho da mulher. Prerrogativas e direitos lhe foram assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dedica um capítulo inteiro de medidas protetivas ao trabalho feminino. A nossa própria Constituição Federal também assegurou salário idêntico ao dos homens, além de outras benesses conferidas em razão da maternidade. Hodiernamente, observa-se que tais medidas são inócuas, uma vez que a própria sociedade desrespeita a legislação. Lei é lei, evidente, mas não somos educados a respeitar a dignidade do trabalho feminino. Isso sem enfocar a dupla jornada cumprida pelas mulheres, ou seja, o trabalho fora e o dentro de casa.

Saliente-se que o Brasil, seguindo a legislação e a tendência mundial, ratificou Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que tratam de forma direta ou indireta da desigualdade de gênero nas relações de trabalho, são elas, a nº 100 (Salário igual para trabalho de igual valor entre o Homem e a Mulher, ratificada em 25/04/1957, com vigência nacional em 25/04/58), a nº 103 (Amparo à Maternidade, ratificada em 18/06/65 e com vigência nacional em 18/06/66); a nº 111 (Discriminação em matéria de emprego e Ocupação, ratificada em 26/11/65, com vigência nacional em 26/11/66); e a de nº 117 (Objetivos e normas básicas da política social, ratificação em 24/03/69 e vigência nacional em 24/03/70).

Todavia, tornar-se mãe, período tido como o ápice da maturidade feminina, é o principal entrave na colocação dessas mulheres no mercado de trabalho. Aí, pouco importa a dupla jornada, a dedicação extrema, o salário defasado e o mister maternal. Infelizmente, o que mais pesa ao empresariado é o aumento do custo para manter essa trabalhadora e o seu filho. A matemática é simples: os empregadores calculam o aumento dos encargos (salário, convênio médico, creche, farmácia, etc.) e, com isso, perde-se o interesse na colaboração dessas candidatas. Além disso, outro empecilho, na visão dos empregadores, é a maior probabilidade de a mulher-mãe ter de ausentar-se do trabalho para cuidar das crianças.

Apesar de toda a mentalidade contrária a contratação de mulheres,  pesquisas revelam que nos últimos anos a inserção da mulher no mercado de trabalho tem sido crescente e visível, assim como o percentual de mulheres em cargos de comando de grandes empresas.

Segundo dados do IBGE, em janeiro de 2008, havia aproximadamente 9,4 milhões de mulheres trabalhando nas seis regiões metropolitanas onde foi realizada a pesquisa: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Este número significa 43,1% das mulheres. Em 2003 esta proporção era de 40,1%. O que comprova o aumento da representatividade feminina no mercado de trabalho.

Entretanto, elas se encontravam em situação desfavorável à dos homens, pois não chegavam a atingir o percentual de 40% de mulheres trabalhando com carteira de trabalho assinada, sendo que entre os homens esta proporção ficou próxima de 50%. Além disso, o rendimento delas correspondia a 71,3% do rendimento dos homens.

Na visão machista ainda vigente, infelizmente, mulher só é multitarefas dentro de casa
Na visão machista ainda vigente, infelizmente, mulher só é multitarefas dentro de casa

A mesma pesquisa deixou claro que quando o contexto é mercado de trabalho, a maioria dos indicadores apresentados mostrou a mulher em condições menos adequadas que a dos homens. Outro ponto alarmante é a desigualdade na contribuição previdenciária, quando se constatou que mais de um terço das mulheres não contribuem. Isso de uma forma geral e não pontuando mulheres com filhos e menores de quatro anos. Com isso, torna-se mais notável que a dificuldade da mulher no mercado de trabalho existe independente de ser mãe, mas agrava ainda mais com a maternidade.

Neste patamar, já não importa as lutas de tantas Marias (da Penha), de Helenas (de Americana) e de todas aquelas engajadas na promoção da dignidade do trabalho da mulher para valerem os direitos conquistados com duras batalhas, uma vez que, repita-se, somos os primeiros a desrespeitar as leis que nós mesmos criamos.

Talvez por essa razão já não nos impressiona as pesquisas como a recentemente divulgada pela Catho on Line, empresa de recrutamento e seleção, segundo a qual mulheres com filhos de até quatro anos têm mais dificuldades para conseguir emprego. Fomos educados para aceitar essa realidade – diga-se de passagem, ilegal, com normalidade.

*Marcos Vinicius Poliszezuk é sócio-titular do Fortunato, Cunha, Zanão e Poliszezuk Advogados, especialista em Direito Empresarial pela Escola Superior de Advocacia da OAB-SP e em Direito do Trabalho pelo Centro de Extensão Universitária; além de professor do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas e integrante da Comissão dos Novos Advogados do Instituto dos Advogados de São Paulo.

**Artigo recebido por email pela assessoria de comunicação de Marcos Poliszezuk.

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Economia doméstica

O A TARDE On Line publicou na última semana uma série de matérias sobre economia doméstica, que valem à pena ser conferidas. Logo abaixo, os links. Está aí uma coisa importante, aprender a equilibrar o orçamento doméstico, de forma a conseguir economizar e realizar, ainda que seja aos poucos, alguns sonhos. Ou, pelo menos, conseguir manter em dias o pagamento das contas. Com os juros altos, as dívidas multiplicam a cada mês. Espero que aproveitem!

>> Poupe dinheiro economizando nas pequenas despesas
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Home exchange: turismo residencial

Exchange HomeNão faltam alternativas para tentar baratear o custo da viagem dos sonhos. Muito comum nos Estados Unidos e Europa, a prática do home exchange ou home swap começa a se popularizar no Brasil. Como funciona? Simples: você, que planeja passar as férias em Londres, por exemplo, encontra uma família lá, cujo projeto é passar um período em sua cidade. Aí, vocês trocam de casas e economizam na hospedagem.

Essa é mais uma modalidade de turismo que vem ganhando espaço em todo o mundo. Aqui no Brasil, a prática recebeu o nome de Troca de Casas. Inclusive, a depender do programa, é possível até que o automóvel da família seja incluído na troca. E aí, além da hospedagem gratuita, você também já chega ao lugar de destino com facilidade de locomoção garantida. É só deixar tudo acertado com o parceiro de troca.

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Leia também:
>> Dicas para programar a viagem ao exterior – parte 1
>> Dicas para programar a viagem ao exterior – parte 2
>> Dicas para programar a viagem ao exterior – parte 3
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O mais bacana de tudo é que você não paga absolutamente nada aos proprietários da casa para onde vai. Em contrapartida, também não receberá qualquer valor por ceder sua casa na troca. O único gasto, normalmente, é o cobrado pelos sites que promovem a prática. Geralmente eles cobram uma taxa para que você usufrua dos serviços por um ano. Estes sites reúnem pessoas interessadas em ceder suas residências.

O outro lado da moeda é com relação aos possíveis prejuízos que você pode sofrer ao entregar sua casa nas mãos de estranhos. Algumas pessoas desistem de participar do programa com receio dos riscos. Outras encaram o desafio e defendem a idéia de que os riscos seriam praticamente os mesmos de quando alugamos uma residência a alguém. O que eu aconselho é que você procure saber como funciona o site, quais garantias ele te dá, antes de decidir.

Lembre-se que uma boa comunicação com a família que sua casa irá hospedar é sempre importante. Depois de se cadastrar no site, você escolhe o destino e entra em contato com a família. Mais uma sugestão é que você peça fotografias, tire todas as dúvidas antes de fechar o negócio. Também verifique se sua seguradora vai cobrir possíveis danos com o veículo e com sua casa causados pelos visitantes, no caso de você ter estes seguros.

E antes de se cadastrar no site, leia o FAQ. São aquelas perguntas e respostas que eles disponibilizam para esclarecer as dúvidas mais comuns dos usuários. Pode te ajudar a compreender melhor como funciona o programa. E quem sabe te convencer a participar também.

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Alguns sites que promovem o home exchange:
>> http://www.souturista.com.br/homeexchange.htm
>> http://www.homeexchange.com/
>> http://www.gti-home-exchange.com/portugues.html
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Maratona para comprar material escolar

material-escolar_blogAntes de levar o seu filho pré-adolescente para comprar a mochila nova, os cadernos e lápis de cor da volta às aulas, um conselho: entrem em acordo em casa sobre até quanto você pode gastar. A dica é válida porque o material escolar está muito caro este ano. Em Salvador, o incremento foi de mais de 10%. Basta dar uma circulada nos principais centros de venda da cidade para perceber que, em tempos de crise econômica, os comerciantes seguem a máxima popular “farinha pouca, meu pirão primeiro”. A sensação é de que em um único período de dois meses – janeiro e fevereiro são os meses em que os pais gastam mais com matrícula, fardamento e material -, as livrarias e papelarias querem garantir o lucro do ano todo. O conselho, claro, é um só: pesquise muito. Mas, faça isso antes de sair com a criança. É difícil economizar nos livros, porque os preços se equivalem na maioria das livrarias. Mas você pode reunir um grupo de mães com filhos na mesma série e pechinchar um desconto para compras à vista e para um determinado grupo de pessoas. Os comerciantes querem vender, vale a pena tentar negociar. Economizar no material de uso pessoal é mais difícil. O apelo comercial é grande. Os meninos querem a mochila do Ben Ten, que vai sair por mais de R$ 100, se for aquela de rodinhas. E as meninas, na maioria dos casos, não dispensam os acessórios da Barbie. Tire um dia da semana em que você está com mais tempo, percorra as livrarias, papelarias, faça orçamentos prévios de tudo o que o seu filho (a) vai precisar para começar o ano letivo. Anote direitinho os valores de cadernos, mochilas, estojos, lápis, caixas de hidrocor e giz de cera. Pesquise mais de uma marca, para ter opções. Depois que tiver escolhido o lugar onde vende mais barato, use o seu poder de mãe, ou pai, e direcione a compra da criança. Isso mesmo. Você é quem manda, porque você sabe exatamente quanto custa cada real que entra no seu bolso. Então, abra a mesa de negociações e explique que o caderno do herói x está custando R$ 35,00, mas o do herói y, que também é “maneiro” custa metade do preço e a partir daí, vá orientando a criança, aproveitando a escolha do material, que é um momento importante na vida dos pequenos, para ir formando um consumidor consciente. É lógico que, em se tratando de tintas e outros materias, vale ficar de olho na confiança das boas marcas. Evite aqueles itens vendidos muito abaixo da tabela, porque certamente não seguem as normas de segurança (contra toxidade) e muito menos terão uma durabilidade que compense o investimento. Além disso, vale a pena ter à mão os contatos do Procon da sua cidade, para consultar em caso de dúvidas. Algumas escolas ainda praticam abusos como exigir nas listas de material, itens de limpeza que já estão incluídos no valor da mensalidade que você paga. O Procon é taxativo, os pais devem comprar única e exclusivamente os materiais de uso pessoal da criança. Fique atento também às escolas que cobram uma taxa de material coletivo (papel ofício, cartolina, papel de seda e outras coisinhas). Se por um lado é uma mão na roda não ter de comprar tudo isso em papelarias super-lotadas de pais e crianças eufóricas. Por outro, pesquise antes se é melhor negócio pagar a taxa de R$ 200,00 que a escola cobra, em média, ou se naquele esquema de juntar vários pais você economiza bem mais que isso. O mais importante é perceber que comprar é um ato de consciência não só financeira, mas ambiental. Se a mochila do ano anterior está novinha, faça um favor ao seu bolso e ao meio ambiente, não compre outra. Fique atento para não cair na rede armada pelas campanhas de marketing das lojas. E não entre nessa de que é preciso gastar para fazer a economia girar. Essa é uma lógica puramente capitalista, mas que não favorece em nada a diminuição do seu endividamento pessoal e muito menos faz bem para a camada de ozônio. A economia precisa crescer e o país prosperar, mas você também precisa. E cá entre nós, ninguém prospera gastando mais do que recebe e pagando prestações à perder de vista.

PARA SABER MAIS:

material-2Material escolar fica 10,25% mais caro em Salvador

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