Livro Férias (Marian Keyes) – Resenha

Livro Férias (Marian Keyes) | foto: conversa de meninaO livro Férias conta a história de Rachel Walsh, uma irlandesa de 27 anos, toxicômana, que divide apartamento em Nova York com sua amiga Brigit. Namorando Luke Costello e sua calça de couro justa, Rachel leva uma vida desregrada, à base de álcool, cocaína, valium e todo tipo de drogas que se tenha notícia. Sua vida vira de pernas para o ar após uma overdose. Brigit encontra a amiga desacordada, um suposto bilhete suicida e mobiliza a família de Rachel na tentativa de “salvá-la”. Rachel é internada em uma clínica de reabilitação chamada Claustro, na Irlanda, onde passa a conviver com outros viciados e com seus próprios medos e julgamentos.

A narrativa tem uma linguagem leve e coloquial, muito bem estruturada. Os capítulos do livro vão intercalando os momentos da vida de Rachel: sua infância, a vida no centro de reabilitação, as lembranças de Nova York. Aos poucos o leitor vai construindo a imagem de quem é verdadeiramente aquela jovem irlandesa. Apesar das 560 páginas, a leitura é viciante, fica difícil desgrudar do livro até conhecer o seu desfecho. A história é contada em primeira pessoa, o leitor vai acompanhando todo o dlivro férias (marian keyes) | foto: conversa de meninarama, alegrias e tristezas vividas pela personagem. E, o que é bem cativante em um livro, é possível configurar mentalmente cada cena, cada ambientação, de tão bem que a história é contada.

O livro tem passagens bem engraçadas, especialmente quando Rachel expõe seus pensamentos, sua versão das histórias. Um dos pontos interessantes de Férias é que, mesmo escrito de uma maneira divertida, consegue abordar a problemática do vício com cautela e seriedade. Enquanto em alguns momentos o leitor simplesmente gargalha sem culpa, em outros leva um bom sacolejo, provocado a refletir os efeitos do vício, como ele age no indivíduo e o que pode levar alguém a entregar-se aos vícios. Há trechos bem reflexivos neste sentido. Claro que a proposta não é virar um livro de autoajuda! Mas desperta, sim, uma série de ponderações em seu leitor.

Por outro lado, o livro fica cansativo em algumas passagens. Páginas que se seguem sem muita emoção ou sentido, como se para preencher espaço. Eu cortaria umas cem páginas, sem que fizesse qualquer diferença no desenrolar da trama. A autora, Marian Keyes, é um sucesso de vendas do gênero chick lit, acumulando diversos best-sellers na categoria. No mais, seu livro Férias traz uma personagem principal convincente e real, com uma história de vida cheia de dramas e comédias, além de arrancar bons risos e ponderações.

 

Ficha técnica:
Férias
Autor: Marian Keyes
Páginas: 560
Editora: Bertrand Brasil
Média de valor: o preço na internet varia bastante, achei o livro entre R$ 25 e R$ 65. Vale a pena pesquisar antes de comprar.

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Os Gatos de Gorete – Resenha do livro

Os Gatos de Gorete | foto: conversa de menina

Um homem é deixado em um orfanato e adotado por uma mulher. Já adulto e cheio de questionamentos pessoais, decide ir em busca de seu passado. Concursado da Prefeitura, com um trabalho monótono no departamento de achados e perdidos de documentos, Gustavo está insatisfeito com sua vida pessoal e profissional e cheio de dúvidas a respeito de sua verdadeira história. O que teria acontecido a sua mãe e seu irmão?

A inquietude o faz tomar uma importante e drástica decisão: pedir licença de seu estável emprego, comprar uma moto e encarar a estrada rumo ao Uruguai em busca de sua família biológica. A partir de algumas poucas informações conseguidas no orfanato em que foi deixado, já que sua mãe adotiva já é falecida, ele decide deixar a Bahia e refazer todo o percurso que sua mãe teria enfrentado há cerca de 25 anos, para tentar encontrá-la.

A narrativa de os Gatos de Gorete, do promotor baiano Maurício Cerqueira Lima, é praticamente toda na estrada, Gustavo vivenciando uma série de experiência sobre duas rodas, encontrando e desencontrando pessoas, encontrando e desencontrando a si mesmo. os gatos de gorete | foto: conversa de meninaO livro é bem estruturado, com uma linguagem simples de ser compreendida e amarrado o suficiente, para que você consiga terminar a leitura no que chamamos de “uma sentada”. Durante todo o tempo, vamos nos perguntando o que vai acontecer ao final e se Gustavo vai conseguir finalmente se bater de frente com sua história.

O livro promove ainda diversas reflexões sobre assuntos que norteiam o nosso dia a dia, como o tempo, Deus, o autoconhecimento. Em um diálogo bem interessante entre Gustavo e um andarilho, somos convidados a uma “viagem” paralela à do personagem, em que estes temas acabam sendo colocados à prova. O desfecho do livro também é bem interessante. No final de que, em qualquer busca que nos empenhemos a fazer, nós nunca saberemos o que efetivamente vamos encontrar. E o que é a vida, afinal?

Ficha técnica:
Os Gatos de Gorete
Autor: Maurício Cerqueira Lima
Páginas: 146
Editora: Baraúna
Média de valor: R$ 38,00

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Depois do Funeral – Resenha do livro

livro depois do funeral | foto: conversa de meninaA escritora Agatha Christie dispensa comentários e apresentações. É uma das autoras mais publicadas em todo o mundo. No currículo estão 63 livros, 163 contos, sem contar as inúmeras peças, poemas etc. Seus livros trazem narrativas policiais sempre muito bem amarradas e envolventes, cercadas de mirabolantes mistérios, rumos sinuosos e finais surpreendentes. Com a publicação Depois do Funeral não é diferente.

Durante a leitura do testamento do Sr. Richard Abernethie, a irmã do falecido milionário, Cora, deixa todos os familiares presentes atônitos ao levantar a hipótese de que ele teria sido assassinado. Uma semana depois, ela é assassinada em sua casa, de forma bastante violenta. É a gota d´água para que o Sr. Entwhistle, advogado do Sr. Richard, resolva contactar seu velho amigo Hercule Poirot, o famoso investigador belga dos livros da rainha do suspense policial.

A narrativa é envolvente e muito bem destrinchada, cheia de detalhes minuciosos que confundem a cabeça do leitor até seu desfecho. Durante a leitura, todos os personagens se mostram potenciais culpados, o que é marca registrada das histórias da autora. O relato é tão sedutor que torna a leitura ágil e de fácil digestão. Atiça a curiosidade de tal forma, que você simplesmente não consegue parar de ler.

livro depois do funeral | foto: conversa de meninaA construção da ambientação também é maravilhosa. A sensação é de estar ali, na antiga Inglaterra, com todo seu charme histórico. Os personagens são deliciosamente bem caracterizados, cheios de particularidades, pormenores. E neste livro, eles são muitos! Por isso é fundamental ficar atento a quem é quem, o que vai permitir a fluidez da leitura.

É um livro curto, ótimo para quem está em busca de um romance policial sedutor. E para quem nunca leu Agatha Christie, mas é fã do gênero literário, se prepare. Este será o primeiro, mas certamente não o último de sua coleção!

Ficha técnica:
Depois do Funeral
Autor: Agatha Christie
Páginas: 282
Editora: L&PM Pocket
Média de valor: R$ 17,00

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Resenha do livro Curimatê – Um Ensaio Sobre a Tolerância

Curimatê - Um ensaio sobre a tolerância | foto: conversa de meninaA tolerância é uma questão de debate ético que ganha destaque na modernidade. Não cansamos de assistir frente às nossas TVs às demonstrações grosseiras e reticentes de intolerância. Andamos inflexíveis e intransigentes. Não aceitamos as diferenças e não nos esforçamos para enfrentá-las com compreensão e respeito. E é sobre este tema que versa o livro “Curimatê – Um ensaio sobre a tolerância”, do promotor público baiano, Maurício Cerqueira Lima.

Ambientada em meados do século XVI, onde hoje está localizado o Chile e a Argentina, a ficção é inspirada na história da tribo Mapuche, submetida à escravidão pelos colonizadores.  O índio da tribo que dá nome à publicação, Curimatê, é capturado pelos colonizadores, aprende suas técnicas de combate e após conseguir fugir torna-se líder de sua tribo no embate contra os invasores. Uma série de situações vão se desenrolando ao longo da leitura, promovendo no leitor um intenso processo de reflexão a respeito de como andamos lidando com o outro e suas diferenças.

A história, com um ritmo de narrativa bastante envolvente, traz à tona uma série de questionamentos a respeito de como nos posicionamos frente ao diferente. O tempo inteiro é possível fazermos referência ao que temos vivenciado no dia a dia, seja no campo da religião, partidarismo, gêneros e raças. E isso só para exemplificar. Estamos deixando-nos dominar pelo individualismo exacerbado, pela falta de compaixão. Triste realidade.

curimatê - um ensaio sobre a tolerânciaVale a pena dar uma lida no livro e repensar a forma como estamos nos colocando diante do mundo, da natureza, do outro. O tema é muito bem explorado no livro, de uma maneira bastante incisiva e clara. É óbvio que é possível fazer diferente, é óbvio que há outro caminho. Uma leitura gostosa e reflexiva que nos dá a certeza de que é sempre tempo para mudar. 

FICHA TÉCNICA
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Curimatê – Um ensaio sobre a tolerância
Autor : Maurício Cerqueira Lima
Editora: Baraúna
Páginas: 180

Para comprar, clique aqui.

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Arquiteta conta em livro como passou a própria vida à limpo

Símbolo universal da reciclagem

Tirei o dia para “filosofar” sobre a diferença entre mudança frequente (uma necessidade humana para espantar o tédio) e instabilidade, ao menos na minha visão. Acabei publicando o post no Mar de Histórias (quem quiser pode ler aqui). Depois, vasculhando os emails do Conversa, na garimpagem para selecionar entre as montanhas de releases diários as coisas bacanas para mostrar a vocês, me deparei com essa dica de leitura que vai abaixo. Por ser de um livro autobiográfico e que foca justamente em mudanças, divido com quem tiver interesse:

O livro se chama Mulheres Reciclando a Alma (Editora Grão), de autoria da arquiteta paulista Simone Romano. Tem 80 páginas, dá para ler de um só fôlego e a julgar pela sinopse enviada ao blog, parece dos tais de pegar e não largar.  Fiquei interessada e vou procurar pelas livrarias aqui de Salvador. Sou bibliófila, coleciono livros. Meu filho me chama de bibliofagos (“come livros”, numa referência ao nome científico da traça).

Mulheres Reciclando a Alma parte da experiência pessoal de Simone Romano. A sinopse da editora diz o seguinte: “Depois de 20 anos trabalhando dia e noite como arquiteta, se alimentando mal e sob alto nível de estresse, ela decidiu tirar um ano sabático para repensar toda sua vida e o rumo de suas decisões. O resultado pode ser conferido neste livro, onde a autora apresenta, em narrativa simples e bem-humorada, os desafios da mulher moderna, aquela que se vê na obrigação de ser a supermulher, supermãe, superbonita e superprofissional, tudo ao mesmo tempo”.

O tema parece batido, mas a abordagem pessoal é que promete ser a cereja do bolo. A experiência do feminino nunca é igual de uma mulher para outra, embora existam pontos de intersecção nas vivências e experiências de cada uma de nós. Eu penso assim.

Voltando ao material da editora, na obra, “as narrações incluem passagens divertidas e peculiares vividas pela personagem Tina, como o dia em que conheceu Silva, responsável pela limpeza da rua. No diálogo, Tina aprende sobre a importância da coleta seletiva e a separação correta dos materiais. O trecho faz uma analogia sobre a importância de cuidarmos bem de nós mesmos, assim como do planeta”.

Simone é também a autora dos desenhos do livro e o processo de criação foi feito a partir de uma espécie de diário, no qual anotava e desenhava livremente suas experiências diárias durante os períodos de maior reclusão, chamado pela autora de ‘fase ostra’.

E então, parece ou não promissor?

Ficha Técnica:

Mulheres Reciclando a Alma

Texto e ilustrações: Simone Romano

Editora Grão

80 páginas / Preço: R$ 38,00

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Enquanto o Verão não vem…

O Inverno chega ao seu meio-período e aqui em Salvador, de verdade mesmo, pouco se faz notar, a não ser quando chove. E por aqui até que chove bastante, e alaga. Mas, raramente os termômetros descem abaixo dos 20 graus por esses lados. De sol, no entanto, a gente entende. Salvador é uma das cidades mais luminosas do planeta, cientificamente comprovado, devido à sua posição no globo terrestre e à incidência dos raios solares. Muitas vezes, quando saio de casa, entendo direitinho o significado da expressão “céu de brigadeiro”. A cidade está mal-cuidada, carecendo de boa administração, mas a natureza é pródiga. O azul do céu de verão na capital baiana é obscenamente lindo! E para esperar a chegada dessa belezura toda, um super post (por causa do tamanho, esse ficou robusto), com algumas novidades para os dias quentes.

VERÃO NOS PÉS

Frescor com as sapatilhas da Coleção Moleca

Modelo ladylike (que continua em alta no Verão), com saltinho confortável e cores alegres como a lavanda, bico de verniz em modelos bicolor e rendado; além do animal print estilizado. Esses são alguns dos destaques da Moleca para os dias luminosos. Veja a coleção completa no site: www.moleca.com.br.

Glamour e sofisticação para a mulher Vizzano

A coleção Vizzano vem repleta de detalhes como pedras e brilhos nas sandálias para festas. Enquanto os scarpins da marca transitam por looks básicos ou elaborados e surgem com delicados detalhes e texturas. Os saltos médios garantem conforto para quem vai trabalhar  e as anabelas garantem boa opção para um look despojado, bem a cara do Verão. Veja mais no site: www.vizzano.com.br.

Essência da mulher brasileira com Beira Rio

Anabelas e tamancos, já apontados como hits do Verão, se destacam na coleção Beira Rio para a alta estação. Mas há também opções para combinar com aqueles vestidinhos leves de passear no parque, como a rasteirinha da foto acima, em tom coral e rendadinha. Para ver a coleção toda, acesse: www.beirario.com.br.

Color blocking: D Frent aposta em explosão de cores

Igualmente apontada como tendência no Verão é o color blocking, a sobreposição de tons vibrantes. A nova coleção D.Frent traz a tendência em modelos  com designer arquitetônico, marca registrada da grife da arquiteta e urbanista Lara Martins, que foi buscar inspiração no best seller Trem Noturno para Lisboa. Os calçados são confeccionados à mão por artesãos, com a produção 100% handmade, em uma valorização do ofício de sapateiro. Isso garante também que cada modelo seja único, com uma identidade própria. No site da marca, mais novidades: www.dfrent.com.br.

TM Fashion antecipou coleções

A sexta edição da TM Fashion, feira de calçados e acessórios que acontece em São Paulo, todo ano, foi encerrada nesta segunda-feira, 27, e reuniu 60 grifes que anteciparam os calçados, bolsas e acessórios que estarão em voga nas vitrines durante o Verão. Entre as tendências confirmadas, o color blocking, os modelinhos de salto médio, os maxxi saltos e as sapatilhas, além de tons alegres como vermelho, coral e turquesa. Separei algumas fotos para vocês babarem na toalha! Aqui no site da feira, mais novidades e contatos das marcas: www.tmfashion.com.br.

VERÃO NOS OMBROS

Cillié apresenta novidades na Francal

A Cillié, grife de bolsas, mostra a coleção Verão 2012 durante a Francal, que acontece no Anhembi- SP, até esta quarta, dia 29. Funcionais e diferenciadas, as bolsas das diversas linhas da marca apresentam desde modelos casuais até os chics, para compor looks que seguem tendências internacionais. A linha Sweet traz modelos românticos, para as fashionistas com perfil “básica” e “moça comportada”; a linha Glam já investe em designer cool, para as mais descoladas e aposta ainda nas bolsas-carteira, com opção de alcinha tiracolo; a linha  I love my pet é mais informal e descontraída, para o dia-a-dia. O charme é a aplicação de um cachorrinho. A Cillié, durante a Francal, lança também a LOS 30, com pegada esportiva e inspirada na releitura dos anos 80 e na onda da geração saúde. Já a linha Urban, também lançamento, é casual e urbana, para mulheres despojadas que apostam na praticidade. As modelagens são inovadoras, desde a maleta com porta notebook, até a mochila grande. Não faltam ainda novidades na linha Mickey (Shinny), com mini-bolsas em 11 modelos e Pantera Cor de Rosa (Icon), com destaque para o modelo tiracolo e tonalidades neutras. No site da Cillié, mais informações e fotos: www.cillie.com.br.

VERÃO NO CORPO

Preview  da Authoria Verão 2012

A Authoria traz uma coleção cheia de referências a elementos como pássaros, maxi flores, listras coloridas, flores pinceladas, libertys, onças e corações. A grife catarinense, xodó das it girls, tem a top Constance Jablonski como estrela da Campanha Verão 2011/12. As fotos que vocês veem acima integram a campanha, que teve direção criativa de Luis Fiod, da agência MINT. A grife aposta em peças como blusinhas e regatas, com estampas divertidas como desenhos de blogs, bonecas, animais, motivos da natureza e corações. Também há saias e vestidos, pantalonas e macaquinhos, t-shirts e jeans. E na sequência, o site da marca, para outros detalhes: www.authoria.com.br.

Making Of da campanha Verão 2012 Enjoy

A top Nathalie Edenburg foi a escolhida para estrelar a campanha de verão 2012 da Enjoy. O clima das fotos seguiu a inspiração da nova coleção, que buscou influências nas obras de arte do catalão Gaudí. Traços e características de suas obras, como funcionalidade, elementos orgânicos, natureza e efeitos em policromia foram ressaltados. A direção criativa do editorial foi de Alice Ferraz e a direção de arte, de Ico Perosa, da Ferraz Inteligência de Moda. A campanha foi clicada pelo fotógrafo Gustavo Zylberjstain, o stylist ficou por conta de Pedro Salles e o make é de Carol Ribeiro. As imagens do making of são de Delson Silva dos Santos.

Leveza e feminilidade na Primavera-Verão 2012 Sacada

A Sacada traz para a Primavera/Verão 2012 uma coleção repleta de cores, fluidez e feminilidade. Inspirada no paradisíaco balneário francês Saint-Tropez, a coleção tem um ar “resort”, com perfume dos anos 70 e musas inspiradoras como Brigitte Bardot. As cores quentes das flores, do pôr do sol, do mar e dos corais são retratados em looks elegantes das divas e jet setters que gravitam pelas belas praias da Côte D’Azur. Vestidos longos, batas fluidas e saias na altura da canela, com blusinhas quadradas mostrando um pouco da pele são algumas das apostas. Os tecidos escolhidos são leves como musseline, algodão, linho, seda e rendas. A coleção tem assinatura de Beti Speiski, Diretora Criativa da marca, e de Nicole Abramoff, Diretora de Estilo – Desfile / S.Label, nova marca Premium do Grupo.

Aquarela Le Lis Blanc

A Le Lis Blanc apresenta o preview da sua coleção Primavera-Verão 2012, que tem no DNA uma pincelada do florido alto-astral dos anos 70, misturado ao novo século, para criar uma roupa casual, confortável e despretensiosa, com pegada moderna e romântica. Promete, não é? Os tons pasteis e naturais são predominantes na cartela de cores, com offwhites, beges, nudes e verdes tonados. A coleção também ressalta a tendência handmade, valorizando técnicas artesanais como crochê e renda em barras de blusas ou dos vestidos em seda, chiffons, malhas e tricots (super leves, meio com cara de lingerie, ou das antigas e poéticas combinações das daminhas de outrora). Há ainda rendas estampadas em malha e algodão e o animal print, que parece ter deixado de ser moda passageira para se transformar em um estilo. Os “prints” também vem nos tons pasteis e estão presentes em tecidos como cambraia, georgette de seda pura, algodão com seda e couro. Já as estampas exclusivas da Le Lis Blanc seguem a temática floral da estação. Para os jeans, a aposta é o modelo flare, que enriquece a silhueta. Predominam também os modelos cinquentinha e skinny. Para saber todos os detalhes e ver a coleção completa, acesse o site da grife: www.lelis.com.br.

Cativa Verão na Fashion Weekend Plus Size

A edição 2011 da Fashion Weekend Plus Size – Primavera/Verão 2012 acontece no dia 16 de julho, na capital paulista. Uma das marcas que vai mostrar coleção por lá é a catarinense Cativa Têxtil. Ao todo, cerca de 10 grifes apresentarão seus desfiles da próxima temporada, mostrando diversas opções que valorizam a beleza das meninas (e meninos também) tamanho G e GG. O foco no público Plus Size no país tem ido além das peças tradicionais e focado mais no fashionismo. Para a coleção Verão 2012, a Cativa criou uma coleção com inspiração em elementos da França. Moulin Rouge e Paris, por exemplo, são identificados em estampas e apelos decorativos das peças. Entre as novidades, uso de guipir, ombros caídos e sensualidade à vista, mas com bastante bom gosto. Estamparia monocromática e florais inspirados nos papéis de parede vintage dão a tônica do que será visto nas ruas e passarela. Na cartela de cores, tons empoeirados e o off-white, que será um dos hits da temporada. Para saber detalhes, visite o site da marca: www.cativa.com.br. A Cativa Têxtil fica na rua Hermann Ehlert, 320, Pomerode (SC). Mais informações: 55 (47) 3387-9999

Para os petits: Boy Forever aposta nas polinhos

A Boy Forever lançou uma linha de camisetas gola pólo para deixar a criançada com ar “arrumadinho”, mas sem apelo maurinho, durante o próximo verão. Além da variada cartela de cores, que vai dos tons azuis, vermelhos, brancos, amarelos e verdes, até o lilás, a coleção traz peças super modernas e estampas com listras, silks, bordados e aplicações, que dão ar divertido e colorido às roupas dos petits. Para ver mais detalhes, visite: www.boyforever.com.br.

VERÃO NA CABEÇA

Dica de leitura: “A menina que conversava com o verão”

E como beleza física, belas roupas, sapatos e bolsas da moda, nada querem dizer em cabecinha vazia, para começar a alta estação alimentando também o intelecto (uma das manifestações do espírito), indico este livro, da Geração Editora. Abaixo, a sinopse e ficha técnica de uma obra infanto-juvenil indicadíssima para adultos:

Sinopse: “O mundo é um lugar estranho e maravilhoso”, dizia a mãe de Molly antes de morrer aos 39 anos, vítima de um aneurisma. Após essa fatalidade, tudo muda para Molly e sua irmã, Hannah. As duas meninas são mandadas pelo pai para morar com os avós numa pequena cidade do interior. A escola, aonde precisam ir a pé, tem apenas dez crianças, e as duas irmãs não sabem se o pai algum dia virá buscá-las. Hannah, a irmã mais velha, sofre mais profundamente a perda da mãe e reage à mesma com agressividade contra todos à sua volta. Molly encontra refúgio dos conflitos familiares em seu mundo de fantasia. Aos 9 anos, Molly é uma menina inteligente e intuitiva. “Gostaria de viver dentro de um livro”, diz ela. “O mundo funciona melhor dentro de um livro. Se você vai a um piquenique, o sol sempre brilha. Se alguma coisa é roubada, você pode desvendar o crime apenas pensando muito. Se alguém está para morrer, basta ligar que a emergência salvará a pessoa. É sempre óbvio quem é bom e quem é mau e as crianças podem ser detetives de fama mundial com apenas dez anos de idade.” Certa noite, Hannah decide fugir, e obriga a irmã a ir com ela. Em meio a uma forte tempestade, Molly vê um homem perseguido por uma matilha de cães e por um caçador com chifres…

Ficha Técnica:

A Menina que conversava com o verão

Autora: Sally Nicholls

244 págs.

R$ 34,90

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Sobre a obra “Morrendo de Saudades”

Quando recebi o e-mail de divulgação do livro “Morrendo de Saudades – Cartas de um Pai Separado”, de Marco Teixeira, imediatamente me animei com o que dizia o material de divulgação, já pensando na possibilidade de escrever no blog sobre ele. O texto enviado pela assessoria mencionava que a publicação se tratava de “…Cartas que escreveu aos filhos –mas que não enviou –, para que pudesse sentir-se mais perto deles e para que soubessem como se sentia”. Um tema muito pertinente ao Conversa de Menina, portanto.

Um exemplar do livro foi gentilmente enviado a mim pela assessoria, após o pedido de informações sobre onde adquiri-lo. Sou mesmo fascinada pela literatura em si, não apenas os textos clássicos, mas também pelas palavras de pessoas “comuns”, que escrevem por amor, ou por prazer, ou por ofício, seja lá qual for a razão. Criei uma certa expectativa com relação ao livro, coisa que não costumo fazer, já que após serem elas criadas, nasce a possibilidade de nos desapontarmos. E foi o que aconteceu.

Não tenho absolutamente nada contra a publicação. O autor tem um texto leve, de fácil digestão. A minha frustração foi muito mais com relação à comparação entre o que se diz que o livro é e o que ele realmente é. Não duvido que as cartas tenham sido escritas aos filhos do autor. Acredito que ele deve ter sofrido enormemente ao se separar dos seus dois filhos. No entanto, honestamente, o livro não emociona, não transborda sentimentos.

A tal da expectativa é mesmo um problema. Quando li o material de divulgação, imaginei que leria cartas de um pai separado a seus filhos. Imaginei que sofreria junto com ele, que conseguiria me colocar em seu lugar e sentir a sua dor. Mas o que houve é que passei toda a leitura do livro aguardando pelas tais cartas, imaginando que aqueles textos se enquadrariam muito melhor na descrição de pequenos trechos do cotidiano do autor, que, certamente, inclui o amor e devoção aos filhos.

De certa forma, me senti enganada. A impressão é que ali haviam histórias a serem contadas a um público leitor. Cartas são pessoais, têm sentimentos, comovem. Nada disso é passado nas histórias, no entanto. E confesso até que sou suspeita a falar, já que tenho um fascínio especial por cartas.  A culpa é toda da expectativa. Talvez não tenha mesmo sido esta a proposta, talvez seja esta a sua forma de demonstrar sentimento e comoção. Não estou diminuindo nem questionando as intenções do autor, apenas narrando a minha reação diante da obra. A reação de vocês pode ser completamente diferente, inclusive.

Fato é que não dá para levar muito a sério o título, caso contrário você criará expectativas demais em torno de um conteúdo que não consegue justificar o tal título. Mas se você está a fim de ler um conjunto de pequenas passagens sobre a vida do Dr. Marco Teixeira e seu intenso sentimento pelos filhos, fiquem à vontade. Particularmente, gosto de livros em que o autor fala de si, conta sua vida. Gosto da pessoalidade deste tipo de obra, que se propõe a ser pedaços de uma vida real.

| Serviço |
Morrendo de Saudades – Cartas de um Pai Separado
Autor: Marco Teixeira
Editora Íthala
150 páginas
R$ 23,00- clique aqui para comprar

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Tracinha de Biblioteca: Para petits que tem medo de tesoura

Não é novidade para quem me conhece ou para os que já tiveram a curiosidade de xeretar meu perfilzinho aqui no blog, que sou apaixonada por literatura infanto-juvenil. Me divirto muito na sessão infantil das livrarias e não é só fuçando prateleiras atrás dos autores consagrados do gênero, amo também aqueles livrinhos de uma frase por página, para crianças em idade pré-escolar, cheios de cores e desenhos, com textos engraçados, delicados e que não subestimam a inteligência da gurizada.

Minha mais recente descoberta nesse universo é o livrinho Até os monstros arrumam o cabelo, do autor norte-americano Matthew MCelligott, que por aqui foi lançado pela editora Prumo, através do selo Pruminho, segmento da editora dedicado à literatura infanto-juvenil. Agora vocês entendem porque brinco no título deste post com o nome da sessão Traça de Biblioteca, onde costumo indicar livros, e que por enquanto está meio sumida aqui do blog, mas vai voltar em breve. I promisse!

Pois a dica da Tracinha, meu alter ego infantil, filhotinha da Traça, é para quem tiver filhos ou sobrinhos.  Use-os descaradamente como desculpa para ler essa historinha que não é fofa só no título. Até os monstros arrumam o cabelo me lembrou algumas historinhas da Ruth Rocha que eu e meu filho curtimos muito, como Quem tem medo de ridículo? e Quem tem medo de monstro? A tônica é a mesma, transformar alguns dos temores da infância em gancho para contar histórias engraçadas e que desmistificam inseguranças e medos, ajudando a vencê-los.

A foto é do blog Tropa do amor

No caso de Até os monstros arrumam o cabelo, como vocês devem ter notado pelo título, o objetivo é abordar o medo de tesoura e de cortar o cabelo, que tira o sono de muita criança por aí. Quem nunca fez manha para cortar as unhas, achando que ía doer, quando era pequeno, que atire a primeira pedra. Cortar cabelo então, oh trauma ficar sentada naquela cadeira estranha, com uma “tia” estranha segurando uma tesoura, objeto aliás, que a mãe da gente vivia dizendo que não era para mexer, porque ía machucar, lembram?

O livrinho conta a história de um garoto muito esperto, filho de um barbeiro que durante o dia corta cabelos de adultos. À noite, o garoto é quem assume a tarefa, mas para dar um trato do visual de alguns monstros meio peludos demais até mesmo para as histórias de assombração. O próprio personagem é quem conta essa aventura, fazendo comentários engraçadíssimos sobre o visual dos monstros e revelando segredos sobre que tipo de corte é o preferido do Frankstein ou qual é o penteado que a Medusa mais gosta. Sendo que, para trançar a cabeleira de serpentes da moça ele precisa, coitado, usar uma venda nos olhos e trabalhar literalmente no tato.

Não é lindo isso? Pegar algo tão prosaico quanto a necessidade de cortar os cabelos e de mantê-los limpos e penteados, pegar os medinhos da criançada, misturar tudo na imaginação e transformar num conto que vai divertir e ao mesmo tempo ensinar algumas liçõezinhas? Sem falar que livros fofos são um bom incentivo para acostumar a turminha com a leitura desde pequenos.

As ilustrações também são do Matthew MCelligott, que capricha na caracterização dos monstros cabeludos. Pela capinha aí abaixo, na ficha técnica, vocês já podem ter uma ideia do quanto as imagens são um deleite à parte. Tracinha recomenda!

Ficha Técnica:
Até os monstros arrumam o cabelo

Autor: Matthew McElligott

Editora: Prumo, através do selo infantil Pruminho

48  páginas

Sugestão de preço:  R$ 34,90

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Citação: “As meninas se cansam de usar o mesmo vestido esfarrapado…”

O vestidinho vintage é um dos modelos do blog Vestido Nosso de Cada Dia. E a citação, um trecho de que particularmente gostei no novo livro da Meg Cabot… Divirtam-se!

“- Como é que você ficou assim tão esperta? – pergunto, chorosa.

– Sou formada em psicologia, lembra?

Concordo. O novo emprego dela é fazer aconselhamento a mulheres em um programa sem fins lucrativos que ajuda vítimas de maus-tratos domésticos a encontrar moradia alternativa, conseguir mandados de proteção e assegurar benefícios públicos como vale-alimentação e auxílio financeiro para os filhos. Do ponto de vista salarial, não é lá grande coisa. Mas o que Sharie não recebe financeiramente, compensa por saber que está salvando vidas e ajudando as pessoas (principalmente mulheres) a conseguir uma vida melhor para si e para os filhos.

Mas, se você for pensar bem, nós que trabalhamos no ramo da moda fazemos a mesma coisa. Não salvamos vidas, necessariamente. Mas ajudamos a vida a ser melhor, do nosso jeitinho. É como diz a canção… as meninas se cansam de usar o mesmo vestido esfarrapado todos os dias.*

Nossa função é arrumar uma roupa nova para elas (ou pelo menos uma velha reformada), para que possam se sentir um pouco melhor com elas mesmas.”

*Da música Try a little tenderness, de Irving King e Harry M. Woods.

(in CABOT, Meg. A rainha da fofoca em Nova York, p. 48. Ed. Galera – Record, Rio de Janeiro, 2010.)

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“Cartas de amigos” para refletir

“(…) Percebo em nossos dias uma intolerância cada vez maior com os limites humanos. Temos medo das imperfeições. E por isso evitamos o outro no momento de sua fragilidade. Corremos o risco de cultivar pessoas e realidades a partir de expectativas, e não de possibilidades. Queremos o outro, mas esse querer fica condicionado. Queremos até o momento em que nossas projeções não sejam desarticuladas. Queremos, mas desde que absolutamente nada contrarie nosso querer.

(…) O amor que sentimos pelo outro pode ser concreto fora da experiência de limites e imperfeições? É possível amar alguém sem tocar suas formas mais imperfeitas? O amor consiste somente em reconhecimento de valores? Não creio, meu amigo. Tenho aprendido, a partir de minha experiência, que o amor só é concreto depois de termos necessitado do perdão.

Antes disso há qualquer outra coisa, menos amor. Eu só sei que amo verdadeiramente depois de ter esbarrado nas imperfeições do outro, depois de ter conhecido sua pior faceta e mesmo assim continuar reconhecendo-a como parte a que nao posso renunciar. Só o amor me faz conviver com o precário da vida, com a indigência humana (…)”

Leia a íntegra do livro: “Cartas entre amigos – sobre medos contemporâneos”

O texto acima é para promover uma reflexão. É um pequeno trecho do livro “Cartas entre amigos – sobre medos contemporâneos”, que reproduz 18 cartas trocadas entre o educador Gabriel Chalita e o padre Fábio de Melo. A troca de correspondências começou no final de 2008, quando Chalita se preparava para assumir o cargo de vereador em São Paulo, e Melo encerrava uma turnê de 120 shows. No período, eles começaram a refletir sobre temas diversos que cercam a contemporaneidade, como a violência, o amor, o fracasso, a inveja, a solidão, o ódio, dentre tantos outros. Temas que precisamos o tempo inteiro rever, analisar, discutir. O cotidiano já não é fácil nessa nossa sociedade moderna. Não podemos descuidar do resto.

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