Dia desses recebi uma mensagem perguntando como a gente sabe que encontrou alguém para a vida toda. A gente não sabe. Respondi dizendo que podemos até querer que dure para sempre, e essa vontade é capaz de nos fazer tentar novamente sempre que as coisas não caminharem bem. Ainda assim, não significa eternidade. Porque sempre é um tempo longo demais quando os personagens da história somos nós, seres humanos, tão cheios de contradições. Bem, comecei falando sobre isso devido a uma matéria que li estes dias. O tema, um estudo a respeito dos fatores que determinam a longevidade de um casamento.
O resultado da pesquisa da Universidade Nacional Australiana é que o amor não basta para manter um casal unido por muito tempo. Nenhuma novidade, não é? Ou alguém chegou a achar que isso era verdade absoluta? A meu ver, o amor pode até alimentar, pode fazer você querer muito estar ao lado de alguém, mas se não houver outros sentimentos, outros pontos importantes, você acaba distante daquele que ama. Não fosse assim, as pessoas não terminavam relacionamentos com aqueles que amam. Segundo o estudo, exercem papel importante na duração da relação fatores como idade dos parceiros, relacionamentos anteriores e até o fato de um fumar e o outro não.
Foram analisados 2.500 casais, entre os anos de 2001 e 2007, entre casados oficialmente ou que apenas moravam juntos. Uma das conclusões do estudo “O que o amor tem a ver com isso” foi que um marido pelo menos nove anos mais velho que a mulher tem duas vezes mais chances de se divorciar, assim como os homens que se casaram antes dos 25 anos de idade. Eu já me sinto um pouco incomodada quando as relações humanas são encaixadas em perfis próprios. Eu acho esquisito rotular relações humanas, criar parâmetros pré-determinados. O que mais há nas relações humanas são as exceções. Justamente porque é difícil mapear o comportamento. Movido por uma forte emoção, ninguém sabe do que é capaz. Mas vamos adiante.
Outro dado levantado pela pesquisa é que 20% dos casais que tiveram filhos antes da união acabaram separados. Casar por causa dos filhos não é uma sábia decisão, se a motivação para o casamento é apenas essa. Mas, ainda assim, é preciso pensar que 80% dos casais continuaram juntos. O que eu pergunto é: até quando, não é? Até quando as relações entre estes casais se manterão estáveis como na época da pesquisa? Daqui a um ano, sabe-se lá se os casais que estavam juntos e felizes ainda manterão esse status. Eu continuo reticente com relação a essas pesquisas. Para mim, é tentar calcular o incalculável. É buscar razões para o que não se explica por amostragem.
Seguindo com os dados da pesquisa, outro fator determinante para o divórcio é a discordância sobre ter ou não ter filhos. Se um quer, e o outro, não, a possibilidade de se divorciar cresce. Ah, e se o parceiro já havia passado por um divórcio anterior, mais chances de enfrentar uma nova separação. E o dinheiro, esse influencia também. Quando a grana acaba, acaba também o casamento.
Meu incômodo aumenta a cada nova exposição. Pergunto-me qual é mesmo o fundamento de estudos como este. Todo casal terá problemas, óbvio. São duas pessoas diferentes, com criações diferentes, tentando viver sob um mesmo teto. Não tem como ser perfeito. Em algum momento estas diferenças se sobressairão. Imagino que o importante seja viver essa relação enquanto ela valer à pena, enquanto for motivo de alegria. Se vai durar para sempre, não importa. Que dure o que tiver de durar. É preciso compreender isso. Se durar para sempre, ótimo. Se durar dois meses, ótimo também. O que não compreendo é essa busca incessante por fórmulas da eternidade.
Não sou psicóloga, não entendo o funcionamento da mente humana. O que sei sobre o assunto é devido a uma leitura rasteira sobre o tema. Mas tenho minhas crenças e apostas. Embora não tenha durado para sempre, de alguma forma toda relação teve seu bom momento, caso contrário você não teria estado ao lado daquele alguém. Portanto, minha gente, vamos esquecer essas equações inexatas que se espalham por aí. Se você quer que uma relação dure para sempre, tente contornar as diferenças. Mas se não durar para sempre, tudo bem. Aceite o fim e siga em frente. Quem sabe você não encontre outro alguém com quem queira viver o resto da vida?
Apenas, os itens mais importantes para manter a boa convivência: respeito e compreensão.
Os pesquisadores, aliás, se esqueceram de um aspecto muito importante, que também pode levar um casamento à falência, inclusive por traição: sexo. Quando um não quer, dois não brigam… Divorciam.
É isso, Giovana. Há tanta coisa importante… Além do respeito e compreensão, há também a tolerância. Como viver a dois se não formos tolerantes com as diferenças do outro, não é? Defenderei sempre que cada relação é uma relação. Não existem fórmulas para as relações humanas. Feliz ou infelizmente! Beijão e obrigada pelo comentário!!!
eu vou dar o meu exemplo para todas voces como testemunho de vida.ja estou morando com o meu companheiro ha seis anos e eu nunca tinha tido nenhum namorado antes dele, mas ele, pensem num homem festeiro e namorador…ele mesmo.sabem como consegui com que ele mudasse e ficasse so comigo? com muita paciencia e jogo de cintura,facam isto com os vossos maridos:
_deixem eles sempre cansados (mesmo que vcs nao tenham vontade tentem fazer amor todas as noites,porque homem e que nem cachorro se vc nao colocar comida na tijelinha ele vai na tijelinha da vizinha);
_ quando vcs forem fazer alguma coisa pecam a eles(porque o homem tem a necessidade de sentir que nos somos dependentes deles,mesmo que nos sejamos completamente independentes,mas os homens nao suportam essa ideia de que somos independentes deles.)
_ nunca grite com ele (os homens quando escutam um grito e como se um tampao invisivel bloqueasse o poder auditivo e mesmo que vc tenha razao mas gritou ele ja nao vai querer ouvir nada e das duas uma:ou ele chinga vc e te magoa ou vai sair porta a fora e procura outra para afogar as magoas) cuidado!tente sempre conversar se possivel com uns beijinhos e umas maos bobas a passar pela zona genital dele ,nunca com sete pedras na mao: os homens odeiam mulheres agressivas e barraqueiras, seja uma LADY no mais puro significado da palavra.
seja muito feliz,afinal casamento nao e assim tao mau!
Oi Maria,
Obrigada por deixar seu testemunho do que acredita ser um casamento ideal. Mas acredito que as mulheres devem ensinar aos homens a respeitá-las e amá-las sendo independentes sim. Eles precisam ver o quanto é bonito ter uma parceira que caminha lado a lado e não que se coloca à sombra dele ou que quer ser mais que ele. Somos diferentes, sim. homens e mulheres tem identidades construídas de forma diferente dentro da sociedade, mas é preciso haver respeito na diversidade. E eu não consigo ver beleza na utilização de subterfúgios. Fingir-se de fraca ou de carente para o marido não procurar outra? Não querida, acredito que devamos mostrar a ele que a lealdade é importante num casamento se a ideia é construir uma relação sólida, pq se a ideia não for essa, de nada adianta o subterfúgio, ele vai procurar outra e ela vai buscar outro. Discordo quando diz que homem é igual a cachorro e quando aconselha que uma mulher faça amor sem vontade apenas para o marido não buscar outra na rua. Você não acha que a mulher que faz isso se diminui? Eu acredito que sim, porque ela coloca os seus desejos e necessidades abaixo dos desejos e necessidades do parceiro. Se ela não tem vontade, é um direito dela. E ele, se gosta dela de verdade, se vê nela mais do que uma companheira de cama, vai respeitar. Existe bem mais que sexo em um casamento de verdade e portanto, os dois, homens e mulheres, têm direito de dizer “hoje não, estou cansada (o)”. Concordo com relação aos gritos não porque homem não gosta de mulher barraqueira, mas porque nós mulheres, também não gostamos de homens ou mulheres barraqueiros, pq o grito é o último recurso dos que não tem razão, quando você discute, no sentido de debater uma questão, você expõe seu ponto de vista e o outro expõe o ponto de vista dele. Temos de ouvir uns aos outros, a humanidade precisa aprender a se ouvir e gritando ninguém ouve nada. Cada uma de nós sabe a dor e a delícia de ser o que é, já diz a música, e cada uma sabe o que é necessário para manter o seu casamento, a experiencia que dá certo com você e seu marido, pode não dar certo com outras pessoas. Mas façamos todas um exercício para enxergar a questão de forma global: vale a pena manter uma relação que precisa de truques para sobreviver? A resposta é individual, pq só quem sabe é quem vive cada tipo de situação. No geral, recomendo apenas que mulheres e homens aprendam a conquistar o respeito dos seus parceiros, a cumplicidade e a vontade de permanecer juntos porque aquela pessoa ao seu lado te completa.
Concordo plenamente Andreia. Nem a mulher, nem o homem devem se anular num relacionamento. Não é amor uma relação em que você tem que ser o que o outro quer que você seja. Respeitar o outro, sua individualidade, valores e pensamentos, é essencial para uma relação de qualidade.
Exatamente, Ana Carla. É muito importante que cada um aprenda a manter as suas individualidades dentro da relação e a respeitar o espaço do outro. No mais, é viver a relação, aproveitar os momentos bons, relevar as discordâncias e ser feliz pelo tempo que ela durar. “Que seja eterno enquanto dure esse amor…”