Que tipo de turista você é?

Que tipo de turismo você faz? Qual o seu conceito de turismo? O que é ser turista para você? O que você faz quando chega a um lugar desconhecido? O que se dispõe a conhecer, que diversão encara? Foram perguntas que me fiz depois de conversar com algumas pessoas durante a viagem que fiz, ao Chile e Argentina, neste mês de janeiro. Não que exista o melhor turismo ou o pior. O que existe é o turismo adequado para cada tipo de turista.

O turismo que me agrada é aquele que alia a diversão à cultura. Que une agilidade ao ingresso na rotina da cidade. Há quem prefira alugar um carro e acelerar a locomoção. A mim me apetece andar pelas ruas, me envolver com o cotidiano da cidade, olhar as bancas de revista, ler as manchetes do jornal, conversar com um aqui, outro acolá. TuristasNão há como fugir do metrô, do táxi, mas há momentos em que substituí-los por uma boa caminhada pode valer muito à pena. E com um mapa na mão você vai chegar até onde quiser.

Particularmente não me enche os olhos o turismo de extremos. Aquele em que você conhece o ponto onde está e o ponto para onde vai e o caminho vira apenas paisagem. Não, não é uma crítica a quem se satisfaz com este tipo de conhecer um lugar. Como disse antes, há turismo para cada tipo de turista. Mas embora defenda que cada um deve fazer suas escolhas, isso não me impede de tentar mostrar o lado bom do turismo que escolho fazer quando chego a um lugar diferente. 

Os museus contam a história do lugar. Em todo canto há um museu histórico e nele você vai compreender a formação daquele povo, as lutas por que passou, as conquistas, as tragédias. Isso é um passo fundamental para entender o contexto político, histórico e social da cidade. Caminhando pelas ruas, você vai conhecer muito sobre o comportamento das pessoas. Como elas se vestem, em que velocidade se movem, para onde seguem seus olhares, para onde vão, como vão… 

Os pontos turísticos, claro, é preciso conhecê-los. E aos poucos vamos nos dando conta de como aquele lugar funciona. No Chile, por exemplo, eles sabem muito bem explorar o turismo. Tudo tem um preço. Que sempre cabe no bolso do turista, óbvio. Há uma estrutura muito boa, e que deve render uma grana melhor ainda a quem se propõe a agradar o turista oferecendo passeios e mais passeios para todos os gostos. TuristasVocê pode ir conhecer o vulcão Osorno, ou conhecer Viña del Mar e Valparaíso, tudo com o guia que vai explicar cada detalhe por onde você passa.

Os barzinhos, a culinária, as opções de diversão noturna, o artesanato… O que me agrada é conseguir dosar cada oferta que o lugar me faz, de modo a sair de lá com a sensação de que eu vivi ali. De que vivi mesmo, interagi com as pessoas, com a cultura, me joguei nas ruas, aprendi como funcionam os sinais de trânsito, o que pode e o que não pode, se o lugar é seguro ou não, o que as leis locais ditam. A programação cultural local, os shows, espetáculos teatrais, os projetos…

Hoje, assistimos ao nascimento do turista de passagem, que se encobriu com a roupagem da sociedade moderna acelerada, sem tempo. Uma sociedade que não nos deixa olhar, que rouba nossos risos, que fecha nossos olhos para as sutilezas da vida. Se podemos resistir a isso, meu conselho é que o façamos.  Você está de férias, os merecidos dias anuais de dencanso. É sua oportunidade de fazer diferente, de fazer o mundo girar mais devagar, de adaptar o girar do mundo ao seu ritmo. É assim que faço turismo. Não é o melhor jeito, nem o pior. É apenas meu jeito.

Dicas

Não esqueça de comprar um guia de turismo do local, um dicionário, caso você vá para um País que fale uma língua diferente, e lá, trate de conseguir um mapa da cidade (normalmente os setores de turismo distribuem). Isso vai facilitar muito, independente do tipo de turismo que está disposto a encarar.

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