Homenagem: sobre exemplo, incentivo e motivação

roque jorgeSabe o bom de escrever um blog? Ter a liberdade de postar sobre o que queremos, o que achamos importante, o que nos motiva. Por isso, o post de hoje, por exemplo, é uma homenagem. Admiro muito aquelas pessoas obstinadas, que buscam seus objetivos com foco, com disciplina, com amor. E hoje, após ler um post emocionado dele, em seu instagram pessoal, decidi vir aqui escrever essas palavras sobre ele, para vocês. E quem é ele? Roque Jorge, vulgo “a máquina”, meu instrutor de krav maga e, mais pessoalmente, posso garantir, meu amigo. Porque toda história de sucesso, de alguém que realizou um sonho com muita persistência, que nos motive e nos faça acreditar que tudo é possível, merece ser compartilhada. E, nesse caso, merece mesmo uma homenagem.

Conheço Roque há alguns bons anos. Eu diria, há quase duas décadas. Nos conhecemos no ambiente de trabalho, éramos funcionários da mesma empresa, trabalhávamos para o mesmo produto desenvolvido por essa empresa. Ele era programador, eu era jornalista. Ele fazia a roque jorgeprogramação do sistema que eu utilizava para alimentar os sites da empresa com conteúdo. Ou seja, trabalhávamos diretamente, em contato frequente. Roque saiu da empresa anos antes de mim, e perdemos o contato pessoal, mas seguíamos nos acompanhando em redes sociais. Na época, ele ainda não treinava krav maga. Era um profissional da zorra, competente pra caramba. Não tinha um problema que eu apresentasse para ele, que ele não achasse uma solução.

E, quer saber, porque eu estou falando dele aqui agora? Pra mostrar a cada um de vocês que lê esse texto que, realmente, não existe problema que não tenha solução. E que muitas vezes precisamos apenas buscar essa resposta com mais dedicação e afinco, que um dia ela chegará. Ontem, quando vi a imagem postada por ele no instagram, deitado no chão, emocionado por ter se transformado em um ultramaratonista, por ter corrido 21 km no sábado, na Meia Maratona Olympikus do Rio de Janeiro, e ter corrido mais 42km no domingo, na Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro, me deu vontade de vir aqui e escrever esse texto, porque isso é uma lição de vida.

Nós, que acompanhamos o dia a dia de Roque, seja na qualidade de aluno ou de amigo, temos ele como um verdadeiro exemplo de vida. Sabe aquela pessoa que luta para alcançar suas metas, que não desiste, que não se deixa abater por nenhum obstáculo? Ele é esse tipo de pessoa, um incentivador, um motivador nato. Acompanhamos todo esse percurso em busca dos melhores tempos, do melhor desempenho, do melhor que ele é capaz de dar. Assistimos de camarote, sua luta roque jorgepara evoluir, para chegar ao topo. E ele consegue ser uma pessoa tão agregadora para nós, seus alunos, que viramos mesmo uma família, daquela que torce e vibra por cada uma de suas vitórias.

Quando vi a imagem de Roque deitado no chão e o depoimento do quanto ele chorou na linha de chegada, me deu um orgulho tão grande de ser sua aluna, de fazer parte da vida de alguém assim. Me lembrei de Roque com o braço imobilizado, resultado de uma cirurgia, sem poder treinar. Me lembrei que sua dedicação permitiu que ele voltasse aos treinos muito antes da previsão médica. Lembrei também de ele chegar à academia com o pé inchado, falando da dor, mas garantindo que participaria da prova de corrida no dia seguinte. Me lembrei de quando ele conquistou a faixa preta do krav maga, depois de 15 anos de treinos intensos.

A faixa preta

Aliás, a faixa preta merece um parágrafo apartado. Li certa vez uma frase que dizia que só não realizava seus sonhos quem desistia deles no meio do caminho. E Roque é um grande exemplo dessa frase. Quinze anos treinando em busca da tão sonhada faixa preta. E, nós, seus alunos, não tínhamos a menor dúvida de que ela chegaria lá. Roque é aquela pessoa que valoriza cada passo até chegar à conquista, que vive cada etapa, que acredita ser capaz e se superar. Conquistar a faixa preta foi um momento de muita emoção não apenas para ele, mas para todos nós, seus alunos.

roque jorge

Quando recebemos a notícia pelo whatsapp, direto do Rio de Janeiro, foi uma chuva de mensagens positivas, de comemoração, uma energia boa sem fim. A primeira aula dele com a faixa preta foi emocionante, porque é um sonho que muitos de seus alunos de krav maga também almejam. E nós, que estamos no caminho, vivenciamos todas as dificuldades de se chegar à técnica perfeita. E o nosso grande incentivo é, sem dúvida alguma, Roque. Porque ele é perfeccionista, porque ele não desiste da gente. Porque ele corrige 15 mil vezes se necessário, até a hora que vai dizer que “está bom”.

roque jorge homenagem

Quando entrei no krav maga, me senti completamente perdida. Achei que nunca aprenderia, que nunca conseguiria concatenar os golpes. E ele corrigia daqui, corrigia dali, cobrava a presença nos treinos. Mandava repetir uma, duas, 400 vezes. Até que fui pro exame pra faixa amarela. E quer saber? Me senti muito confortável ali. Eu sabia que tinha treinado com o melhor. Não tinha como dar errado. E não deu mesmo. Os golpes saíram com naturalidade no exame de faixa. O resultado não podia ter sido diferente. Porque sou aluna dele.roque jorge homenagem E se você quiser, vai se tornar o melhor que puder ser, dentro de suas limitações, basta treinar. E eu tenho certeza de que se você pode perguntar a qualquer um de seus alunos se ele mudaria de treinador, a resposta seria um sonoro e intenso não.

São anos de treino e dedicação, de comprometimento com a realização de um sonho. E aqui fica o exemplo pra gente: vamos treinar. Frequentar as aulas, treinar, corrigir as falhas, ouvir as orientações, insistir. Em relação ao krav maga, especialmente, ele existe para que a gente coloque nossa segurança em primeiro lugar. Sejamos persistentes, que o resultado só chega com a persistência nos treinos. A lição é essa: Quer a técnica perfeita? Treine. Sem mistério, sem segredos. Simples assim, treinem!

Sobre acreditar, incentivo e afins

Eu não tenho nenhuma dúvida de que Roque é daquelas pessoas capazes de realizar qualquer sonho que queira. Inclusive, acho que nenhum de seus alunos tem. O tipo de pessoa que precisamos admirar e nos inspirar. Que faz a gente perceber que tudo na vida é possível, é só dedicarmos esforço, buscarmos a superação. No final das contas, presenciar tantas de suas vitórias só me faz acreditar ainda mais, acreditar que posso ir além também, em qualquer de meus objetivos. roque jorgeAcreditar que tudo está ao alcance de nossas mãos, basta que a gente erga essa mão e corra no sentido do objetivo.

Eu não moro perto da academia que treino krav maga. Esses dias estava sem carro, e ele me mandou mensagem na véspera da aula, dizendo que era pra ir pra aula. Era a véspera do dia da prova dele no Rio de Janeiro. Ele me disse que era para ir, que ele estaria no Rio, mas Cris, sua esposa e a melhor monitora de krav maga do universo (de verdade, eu sou a maior fã dela), daria aula. Eu coloquei umas três dificuldades para conseguir chegar à academia. Em um momento da conversa ele me disse: “para cada problema que você apontar, eu vou te dar uma solução. Você não terá desculpa para faltar a aula amanhã. Quando a conversa parou, fiquei pensando exatamente nisso, porque Roque Jorge é isso, um exemplo de que tudo é possível, desde que você queira. Eu fui à aula. Realmente não tinha desculpas para não ir.

Parabéns, mestre! Muito orgulho de poder conviver com uma pessoa como você.

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Atividade Física: cada corpo tem ritmo próprio

Atividade física não tem padrão, porque os corpos não são iguais. A frase óbvia ainda é necessária nesse mundo que teima em confinar pessoas em caixas padronizadas. Lembrei dela um dia desses, enquanto jantava em um restaurante e, perto de mim, um grupo conversava sobre treinos e metas a cumprir. Uma das pessoas da mesa vizinha confessou não conseguir acordar cedo para malhar. Uma outra integrante do grupo, que parecia ser assídua na academia, disparou: “ah, mas você tem de fazer o sacrifício!”. Na verdade, ela não tem. O que ela pode fazer, e que é bem mais saudável, é encontrar o horário do dia em que mais se sente confortável para se exercitar.

Cada corpo tem seu próprio ritmo e vai reagir de uma determinada forma ao exercício. Então, não adianta soprar um apito militar e chamar musculação de ‘mal necessário’ para convencer quem detesta a atividade a aderir. Ou dizer que depois de um tempo de sacrifício, o corpo acostuma a dormir menos e a malhar mais. Ou, ainda, que a endorfina do exercício supre a ausência do sono.

Não é bem assim. Existem centenas de maneiras de trabalhar os músculos, ganhar tônus, elasticidade, flexibilidade e força, ou uma nova silhueta para quem tem esse foco, que não seja uma hora ‘puxando ferro’. Tem gente que naturalmente desperta às 5 das manhã para fazer exercícios, enquanto outros preferem ir à academia no meio da tarde ou à noite. Assim como tem gente que começando o dia às 5, às 22 horas já está nos braços de Morfeu. Enquanto outros preferem, e podem, dormir à meia-noite e acordar somente às 8.

Independente dos horários apertados do nosso cotidiano, é preciso encaixar a atividade física que mais nos agrada, no horário em que nosso corpo reage melhor. Respeitar o ciclo circadiano e as preferências de cada pessoa, acredito, é o primeiro passo para se obter o objetivo desejado com os exercícios. Fazer uma atividade só por obrigação, porque o personal botou pressão e chamou de preguiçosa é um ato de violência autoimposta.

Meus limites, minhas regras

Não gosto das aulas convencionais de musculação, mas amo pilates. Também não me adapto aos personal traineres que parecem estar preparando uma tropa de combate. Na pressão e no grito, mesmo que de incentivo, ninguém tira nada de mim.

O pilates me atrai justamente pela combinação de diversos tipos de exercícios com alongamento, atenção à respiração e a filosofia por trás de cada movimento. Além do respeito ao ritmo, condicionamento, idade e história marcada em cada corpo.

Raramente você encontra instrutor (a) de pilates que te trate como um recruta lerdo. Pelo contrário, mesmo quando exigem mais dedicação, existe o cuidado em não ultrapassar os limites que cada um consegue alcançar. Lógico que existem muitos personal traineres, instrutores de artes marciais e de outras modalidades que também respeitam os ritmos de seus alunos. Por isso, é importante priorizar profissionais com formação adequada.

Também amo atividades na água, como natação e hidroginástica. E dança, que mistura diversão e o trabalho com todos os músculos, ao mesmo tempo em que diverte e dá uma sensação de liberdade e poder. Para mim não tem nada mais encorajador do que aprender a executar um passo novo e deslizar pela vida.

Os atropelos do cotidiano

Assim como a moça da mesa ao lado, que não consegue acordar cedo para ir à academia, eu preciso de oito horas de sono para ficar bem, saudável, criativa e focada nas atividades diárias. Sempre fiz atividade física em horários alternativos, justamente porque meu corpo demora para despertar. Como meus horários de trabalho também variam, encaixo os exercícios de acordo com as demandas do dia e minhas necessidades físicas.

Sou aquela pessoa que desperta sutilmente. Não fico enrolando na cama, mas gosto de levantar com tranquilidade, sem pressão, fazer a higiene matinal, tomar um bom café, ler o noticiário ou um capítulo do livro da vez. Daí em diante, planejo o dia de acordo com as obrigações a cumprir. Tento, na medida do possível, garantir meu tempo de sono, porque me conheço bem e sei que sofrer privação de descanso me faz adoecer.

Na infância, era obrigada a acordar cedo para ir à escola. Sempre estudei de manhã porque a rotina dos adultos da casa assim determinava. Embora, como os gatos, eu seja mais ativa ao cair da tarde e chegada da noite. Infelizmente, acordar fora do ritmo acontece com muitas crianças porque as escolas no Brasil, a maioria, iniciam as aulas às 7 da manhã. Ou porque os pais precisam ir trabalhar e nem sempre tem quem cuide dos filhos no turno matutino. Para as crianças que despertam a pleno vapor, está tudo bem. Mas aquelas que são mais ativas à tarde, aprendem desde cedo que é preciso se violentar para conquistar uma meta, no caso, a educação formal.

Não deveria ser assim. O mundo, desde a infância, poderia respeitar nossos ritmos. E esse respeito se estenderia para a vida adulta, com as pessoas tendo a opção de trabalhar nos horários em que são mais ativas. É um pensamento utópico, eu sei. Ainda não chegamos em um nível de evolução em que as dimensões humanas sejam mais respeitadas do que os índices de produtividade. E, mesmo com tanta tecnologia para facilitar o cotidiano, ao invés de termos mais tempo, estamos cada vez mais cansados e sobrecarregados.

É ingenuidade achar que antigamente, no tempo dos nossos avós, com a vida mais rural, as pessoas viviam em um ritmo mais confortável. Na verdade, muita gente que acordava às 3 da manhã para começar a lida no campo, passava por cima do próprio sono por necessidade: se não plantasse, não comia. Hoje, que a vida é mais urbana, atropelamos nossos ritmos naturais por diversos outros motivos. Mas, em alguns casos, dá para negociar e viver mais perto do ideal.

Foque na meta, mas sem culpa

Somos ‘obrigados’ pelas circunstâncias da vida a cumprir horários pré-determinados de estudo e trabalho. Nas coisas que podemos escolher, ninguém deveria ser forçado a extrapolar seus limites. Atividade física não é obrigação, é escolha. Por mais que seja benéfico para a saúde – e adotar uma rotina de exercícios repercuta de forma positiva em outros aspectos da vida -, ainda assim, é uma opção praticar ou não alguma modalidade. Tem gente que melhora os outros aspectos da vida, como o controle do estresse, com viagens ou meditação. Cada cabeça é um mundo, diz o ditado. E a gente pode ampliar para ‘cada corpo é um mundo, com suas particularidades’.

Ginástica é igual a dieta. Tirando os casos em que a recomendação médica prevalece por risco de vida (diabetes, colesterol ruim elevado, alergias severas, etc.), se privar de comer algo que gostamos para perder peso – por padrões estéticos, por exemplo – sempre vai ser uma escolha individual, pessoal e intransferível.

A questão é perceber se as escolhas que fazemos são conscientes e atendem nossos próprios anseios e necessidades ou se estamos apenas seguindo regras ditadas pelas caixinhas que padronizam pessoas e as hierarquizam de acordo com determinados comportamentos.

Diariamente, digo para mim mesma: “Antes de focar na meta, foque em si mesma e avalie seus caminhos com base nos próprios desejos e em um carinho muito grande pelo que você vê no espelho, respeite os ciclos internos e os limites do seu corpo”. Me esforço para atender a esse chamado interno…

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Krav maga para mulheres, sim!

Uma coisa que aprendi na vida é que você pode ser bom em qualquer coisa, basta se dedicar. A frequência, intensidade e esforço farão a diferença. Aliás, seu desempenho será diretamente proporcional ao tamanho de sua entrega. No krav maga é a mesma lógica. Quando comecei as aulas, me achava um horror. Me questionava se um dia conseguiria ter a agilidade necessária, se conseguiria concatenar os golpes… E aí fui treinando, aproveitando as oportunidades extras de treinos que apareciam. Uma das coisas boas da Federação Sul Americana de Krav Maga (FSAKM) é que ela está sempre oferecendo oportunidades de treino aos alunos: são seminários, cursos, oficinas, eventos. E o melhor da Academia Haganá é que nosso instrutor, Roque Jorge, potencializa essas oportunidades e sempre nos oferece mais. E daí que já faz um tempo que eu cheguei à conclusão: Krav Maga para mulheres, sim! Nós precisamos.

krav maga para mulheres

Anualmente, a Federação proporciona um seminário gratuito em comemoração do Dia Internacional da Mulher. Normalmente, é um treinamento aberto às mulheres, alunas ou não. Este ano foi diferente, montaram um evento específico para nós, alunas. Pense aí você ter a oportunidade de participar de uma atividade durante quatro horas e gratuita? Pois é. Ganhamos esse presentão, e o que posso dizer é que foi muito bom. O Krav Maga para mulheres tem se fortalecido no mundo, e aqui no Brasil não tem sido diferente. Como o treinamento foi fechado para as meninas que já possuem contato com o krav maga, os instrutores puderam direcionar o seminário, corrigir cada detalhe e foram muito além. Isso porque esses eventos abrem as portas para que eles se aprofundem ainda mais, para que abram nossos olhos para outras possibilidades que podem ocorrer na rua. E nós saímos ganhando muito.

krav maga para mulheres

E, gente, sério! Quando o que está em jogo é nossa segurança, não dá para vacilar. Cada detalhe conta. É como a gente sempre ouve falar durante as aulas: ninguém quer passar por uma situação de perigo. Nós treinamos, nos dedicamos, mas, efetivamente, é claro que não queremos passar por nenhuma situação que coloque nossa integridade física e mental à prova. Mas não somos donas do mundo, não temos bolinha de cristal e, infelizmente, vivemos em um mundo violento que não respeita a mulher. As estatísticas da violência contra a mulher são assustadoras. Dados do 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública mostram que, em 2016, foram registradas 49.497 ocorrências de estupro no País. Gente, são 135 estupros por dia! São 5,6 estupros por hora!!! Vocês têm noção do que esse número representa? E sabem o pior? Esses foram os estupros registrados! Muitas pessoas sequer procuram uma delegacia para denunciar.

krav maga para mulher

E não é só isso! A cada duas horas, uma mulher foi assassinada em 2016. É uma realidade frustrante, dura, triste. Mas é realidade. Estamos sujeitas a isso e somos naturalmente vulneráveis. Como estava falando antes, claro que ninguém quer passar por uma situação de violência. Mas se ela acontecer, honestamente, eu prefiro estar preparada para enfrentá-la. Nós que treinamos não somos loucas, nem defendemos a violência gratuita. Aliás, não somos treinadas para disseminar a violência, nem para reagir a qualquer custo. Mas, se eu precisar reagir em alguma situação, eu prefiro, um milhão de vezes, saber o que devo fazer, como devo fazer e que técnica posso usar para me defender. Eu quero que meu corpo já tenha repetido aquele movimento milhões de vezes nos treinos e que, automaticamente, ele repita mais uma.

Sim, é o krav maga para mulheres. Graças a ele, hoje estou muito mais atenta, mas observadora. Olho ao meu redor com mais cuidado, presto atenção na rua, não ando mais distraída. Ainda tenho uma longa caminhada pela frente, só sei o básico, mas quero mais. E por isso eu treino, sim. Por isso acordo cedo em um domingo para treinar. krav maga para mulherPor isso, várias mulheres no Brasil inteiro levantaram cedo no último domingo para treinar. Por isso várias mulheres estão se unindo nesse propósito do autocuidado, da preservação. Nós defendemos a importância e eficiência do krav maga para mulheres. A gente se une, se ajuda, observa uma à outra, se dedica. E a gente conta com um monte de homem bacana nos treinos, que nos auxiliam nessa caminhada em busca da melhor técnica.

Krav Maga para Mulheres

As mulheres que ainda não treinam ganharam um mega presente da nossa Federação este ano, pelo Dia Internacional da Mulher e aniversário de 50 anos de Krav Maga do nosso mestre Kobi, que trouxe a arte de defesa pessoal para o Brasil. Qualquer mulher pode treinar durante todo o mês de março gratuitamente em uma das academias de Krav Maga de todas as Américas.

Sim, é só se dirigir à academia e informar que quer participar da promoção do mês da mulher. Para quem se interessar em treinar aqui em Salvador, em Brotas, é só deixar uma mensagem que explico direitinho como funciona ou pode entrar em contato diretamente com meu instrutor pelo whatsapp, no número que segue logo abaixo. É aquela velha máxima do: todas as mulheres nasceram iguais, mas depois algumas entraram para o Krav Maga. Junte-se a nós.

Contatosacademia hagana
Academia Haganá (Krav Maga Brotas)
Instrutor: Roque Jorge
Tel: 71 99964-5948 (whatsapp)
Facebook: https://www.facebook.com/AcademiaHagana/

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Jump Test: avaliação ajuda no rendimento

jump test Promessa é dívida, e estou eu aqui para contar a vocês em detalhes como foi o Jump Test que fiz com Marcos Barreto. Antes de mais nada, acho fundamental destacar a importância da avaliação física. Ela é indispensável para uma adequada prescrição de exercícios físicos. Se você passa por uma avaliação física, o seu instrutor vai ter conhecimento exato sobre o seu nível de condicionamento físico, suas limitações, fatores de riscos, doenças preexistentes e até sobre possíveis riscos de lesões. Só por meio dela o profissional de educação física será capaz de avaliar a maior necessidade do aluno e criar um plano de atividades que ajude a melhorar seu desempenho e alcançar seus objetivos.

E o que eu acho mais legal é que com a avaliação física você consegue acompanhar o seu desempenho e trabalhar em cima do estabelecimento de metas. Pra mim é muito mais motivador, quando sei que lá na frente terei como avaliar a minha evolução. Existem vários tipos de avaliação física, como a anamnese, a avaliação antropométrica, de flexibilidade, postural etc. Mas, neste post, vou falar especificamente de um tipo de avaliação, o Jump Test.

jump testComo mencionei nas redes sociais e citei acima, eu fiz o Jump Test com Marcos Barreto, ele é Bacharel em Educação Física, com especialização em Fisiologia e Prescrição do Exercício e em Bioquímica do Exercício. Eu já conheço o trabalho de Marcos faz tempo, inclusive já treinei com ele, ele é instrutor na academia em que eu malhava. Por isso, por confiar no trabalho dele e saber da seriedade com que ele trata a profissão, foi que resolvi fazer o Jump Test.

E que diacho é isso? Bem, é uma avaliação de saltos verticais, feita com uma plataforma eletrônica que envia os dados dos saltos realizados para o computador. O equipamento monitora o tempo de contato e de voo durante o salto, possibilitando que o profissional avalie características funcionais e neuromusculares dos músculos dos membros inferiores. Os testes dão indicações poderosas para avaliar o aluno, programar o treino e monitorar o progresso em qualquer tipo de modalidade física que a pessoa seja praticante. No meu caso específico, fiz o testo para tentar melhorar o desempenho na corrida.

jump testEm síntese, o aparelho mede a força, potência e resistência muscular dos membros inferiores do indivíduo. A análise inclui importantes parâmetros, como força explosiva, força explosiva reativa, assimetria bilateral (diferença de força entre membros) e índice de fadiga (teste de resistência). E Marcos acompanha a frequência cardíaca durante o teste, que dura em torno de meia hora, é bem rapidinho. E o ideal é que você faça o teste sem ter treinado antes. Senão, o cansaço interfire no resultado.

Como são feitos os saltos

Ele mede os índices por meio de dois tipos de saltos, o Squat Jump e o Counter Movement Jump. Não vou entrar aqui muito detalhadamente na parte técnica da coisa, porque não é o propósito e não sou especialista. Então vou apenas tentar traduzir as explicações que Marcos me deu. O Squat Jump é realizado a partir da flexão de joelho a 90º, sem um contra movimento anterior. Ou seja, a gente flexiona o joelho, coloca as mãos na cintura para não usá-las no impulso, e salta o máximo que conseguir. O Counter Movement Jump engloba a flexão e extensão rápida das pernas, utilizando a energia estática.

Resultado do meu Jump Test

E vamos ao meu caso particular. Gente, olha que eu treino, tenho rotina de atividade física, e nunca na vida imaginei que precisava melhorar toa. Quando comecei a ler o relatório, a primeira frase dizia “a avaliada necessita melhorar os componentes da força máxima e força explosiva”. Também indicava que eu apresentava déficit de força explosiva reativa e alta perda de potência.

jump test

Resumindo: eu tenho uma rápida queda de rendimento; durante a corrida, meu pé fica muito tempo no chão; e, para completar, existe uma diferença grande da força entre minha perna direita e a esquerda, o que aumenta o risco de lesão.

Minha primeira reação foi ficar arrasada kkkkkkk.. A primeira coisa que você pensa é que está fazendo tudo errado. Mas daí você lembra que o propósito do teste é exatamente identificar o que você precisa melhorar. E os dados ajudarão a criar uma rotina de treino que viabilize essa melhora.

Então, no final das contas, fiquei muito animada e empolgada. Porque o importante não é aquilo que não está bom. O importante é descobrir que eu tenho um potencial imenso para evoluir, que só basta direcionar o treinamento nesse sentido.

E vamos buscar essa melhoria, não é mesmo? Porque melhorar só depende da gente. Daqui a três meses, volto para fazer uma reavaliação, e vou poder medir essa evolução.

CONTATOS

Para quem tiver interesse em fazer o teste, deixo aqui os contatos de Marcos. Além do Jump Test, ele faz uma avaliação física bem completa (teste de flexibilidade, avaliação antropométrica e afins). Depois até me arrependi de não ter feito logo tudo junto, estava muito empolgada com o teste de salto. Mas depois é certo que farei a avaliação completa.

marcos barreto

Marcos Barreto Assessoria Esportiva
[email protected]
Telefone/Whatsapp: (71) 98869-1176
Facebook: https://www.facebook.com/marcosbarretoassessoriaesportiva/

 

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Preparação física na areia: minha experiência

preparação física na areia | foto: conversa de meninaEu faço preparação física na areia já há algum tempo. Comecei a fazer treinos na praia em 2010, mas, por força das circunstâncias, precisei interromper. Só consegui retomar os treinos ano passado (2016), e desde então tenho mantido a constância e frequência. Sempre posto fotos nas redes sociais e recebi uma grande quantidade de perguntas a respeito dos benefícios, indicações, contraindicações etc.

Decidi conversar com meu preparador físico, Igor Alisson, e reunir informações para escrever esse texto para vocês. Aliado a essa demanda, os treinos na praia me ajudaram muito a melhorar desempenho e condicionamento físico também nas outras atividades, então acho bem bacana compartilhar isso com vocês e, quem sabe, motivá-los a abraçar essa prática esportiva.

Treinar na areia é bem diferente de treinar em um academia, por exemplo. Tem todo um clima por trás do treino em si. Além de estarmos em um terreno diferente, que exige bastante da gente, conseguimos aliar o trabalho do corpo com o trabalho da mente. Ver o sol nascer, estar próximo do mar, colocar o pé no chão e tocar a areia ao mesmo tempo em que você exercita seu corpo não tem preço. Eu treino todos os sábados, às 6h, no Jardim de Alah, e costumo dizer que se você começa o sábado assim, com essa energia, não tem como nada dar errado no restante do final de semana. Ou seja, todo o ambiente é propício para incentivar o desempenho e performance. Imagine você correr em direção ao mar? Não tem como não dar aquele gás!

preparação física na areia | foto: conversa de menina

Preparação física na praia: escolha um bom profissional

O primeiro passo para começar a treinar na areia – e eu diria, o mais importante – é a escolha do profissional que vai orientar seu exercício. O meu preparador físico, Igor Alisson, além de ter sido um dos precursores desse tipo de treino por aqui, é Especialista em Fisiologia e Prescrição do Exercício, pela Gama Filho-RJ, é Avaliador de Aptidão Física e é ainda pós-graduando em Biomecânica e Treinamento de Força Adaptados às Atividades Motoras, pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaAgora vocês entendem por que eu sempre faço questão de ressaltar a qualidade do trabalho dele? O cara é bom mesmo. Aliás, ele foi o grande responsável pela minha mudança de vida em termos físicos. Só para exemplificar essa tal mudança, já se foram cerca de 20kg e uma transformação drástica no formato e composição corporal.  Digam aí se ele não manja dos paranauê? Faço propaganda mesmo. E se você quiser mudar de vida também, ligue pra ele e converse (vou deixar os contatos no final desse post). No primeiro bate-papo você vai concordar comigo, não tenho a menor dúvida disso.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaPor que é importante?

Falo da importância da escolha do profissional por uma razão clara. Ao tempo em que o treino na areia auxilia a evolução do atleta, também exige cuidados. Um treinamento displicente pode jogar todo um planejamento no lixo. O profissional precisa avaliar sua atual condição, para te passar o treino adequado. Em um mesmo grupo, nem todos possuem o mesmo condicionamento. Isso deve ser levado em conta. É preciso ter a segurança de que você sendo orientado por um profissional de confiança, que sabe o que está fazendo. Como estamos vivendo uma fase de auge do estilo de vida saudável, não dá para vacilar e colocar sua saúde em risco nas mãos de qualquer um. Lá onde treino, cada pessoa que entra passa por uma avaliação, precisa conversar com ele antes de começar. Você se sente mais seguro e tranquilo. Isso pra mim é fundamental.

Riscos e benefícios

preparação física na praia | foto: conversa de meninaSão inúmeros os benefícios de uma preparação física na areia. Já falei aqui da questão do ambiente, que ajuda demais. O contato direto com a natureza nos deixa mais relaxados, mais à vontade, cria uma atmosfera mais gostosa de treino. A areia também diminui o impacto das articulações e é excelente para desenvolver força, já que exige bastante dos músculos. É um treino muito bom para tonificar os músculos, especialmente das pernas (fica daqui ó). Melhora muito o condicionamento físico e ainda ajuda a emagrecer (se seu objetivo for esse, claro).

Como estamos falando de uma superfície irregular, há risco de lesões. Pedras e objetos deixados na areia podem causar acidentes, já que muitas vezes ficam escondidos e o indivíduo só percebe o risco depois de ser atingido por ele. Embora esse seja um risco efetivo, eu nunca tive qualquer acidente nem lesão na areia em todo esse período de treino. Nem eu nem ninguém da turma que treina comigo. Acho importante também esclarecer isso. Um outro aspecto é que o treino constante na areia pode causa alteração biomecânica, ou seja, a pessoa perder o padrão do movimento, e pode reduzir a velocidade do indivíduo. preparação física na areia | foto: conversa de meninaMas isso vale muito mais para quem é atleta de corrida de asfalto. Não interfere tanto assim na vida de meros mortais como a gente. 🙂

Especificidades do meu treino

Como falei antes, treino com o preparador físico Igor Alisson, todos os sábados, 6h, no Jardim de Alah. Ele usa uma série de equipamentos e acessórios, para intensificar o treino e adaptá-lo a necessidades e objetivos específicos. Ninguém melhor do que ele, para explicar exatamente como funcionam os treinos: “Nos nossos treinamentos, valorizamos a capacidade aeróbia, dando ênfase em valências físicas, como agilidade e coordenação motora, fazendo uso de materiais diversos, como escada de agilidade, cones e barreirinhas. Exercícios estabilizadores do core e mobilidade articular são de fundamental importância para um trabalho seguro, e por isso também fazem parte do nosso trabalho”.

preparação física na areia | foto: conversa de meninaNa prática, é um treino bem intenso, bem forte. A intensidade do treino depende de sua condição física, mas Igor tem algo que eu valorizo demais em um profissional, que é o poder da motivação. Ele te motiva o tempo inteiro, então você passa por processos constantes de evolução. Você percebe sua melhora com o passar do tempo, é nítida. Fato que ele acredita na gente mais do que a gente mesmo. E, minha gente, se vocês soubessem o quanto isso nos dá um gás extra!!!! É um fator diferencial para quem faz preparação física na praia, eu diria.

E o melhor de tudo é que não existe competição no grupo que eu participo. É um motivando o outro, incentivando, chamando. Cada um dentro de suas possibilidades e limitações, vamos evoluindo. Sempre acreditei na vida no ditado que diz que gente boa se atrai. E no grupo de Igor é isso que eu vejo. E se você também despertou a vontade de participar, já é sinal de que sua energia também é boa, é só vir com a gente.

preparação física na praia | foto: conversa de meninaAula experimental + contatos

Combinei com meu instrutor de oferecer uma aula experimental gratuita de preparação física na areia a quem tiver curiosidade de conhecer o treino de perto, a quem se interessar em saber como é, testar. É uma forma de conhecer a atividade, de praticar e entender o que eu estou tentando passar nesse post, mas que é difícil de resumir em palavras.

Só sentindo o clima, só sentindo a energia, só sentindo os efeitos do treinamento, só sentindo as mudanças no corpo. Então, se você é de Salvador e tem interesse em conhecer a preparação física na areia, manda uma mensagem. Pode ser para mim ou entra em contato diretamente com Igor, para agendar o dia. E depois vocês me contam o que acharam, tá?

Seguem os contatos dele:
Tel: 71 99919-7110 (whatsapp)
Instagram: @igoralissonqf1

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Krav maga: meu primeiro exame de faixa

exame de faixa krav maga | foto: conversa de meninaQuem me acompanha por aqui sabe que eu pratico krav maga na Academia Haganá há alguns meses, inclusive já escrevi posts sobre isso (tem os links no meio desse texto). E pela primeira vez na vida passei por um exame de faixa. Quem faz luta que possui níveis de graduação sabe do que estou falando. Dá um misto de ansiedade e de expectativa. Cheguei ao local cedo.

Fiquei observando os colegas que também fariam exame, uns treinavam comigo, outros eram de outras academias. Imagino que havia cerca de cem pessoas ali. Engraçado como cada um reage diferente… Alguns batiam papo tranquilamente, outros demonstravam um pouco de nervosismo, havia ainda aqueles que preferiam revisar os golpes. Eu estava no grupo dos que batiam papo tranquilamente (mas que no fundo guardava um pouco de ansiedade).

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Leia também:
>>Krav Maga: como a arte da defesa pessoal pode mudar a sua vida
>>Krav Maga para mulheres
>>Meu primeiro contato com o Krav Maga
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exame de faixa krav maga | foto: conversa de meninaExiste toda uma ritualística no exame de faixa. É fechado para o público externo, ali ficamos diante apenas dos instrutores e do mestre Kobi, que trouxe o krav maga para a América Latina (leia sobre a história do krav maga). Como meu nome começa com a letra A, fiquei na primeira fila. Para ser mais precisa, fui a terceira. Mas quando coloquei o pé no tatame, me veio uma onda intensa de serenidade. Eu tinha consciência de que havia treinado exaustivamente nos últimos meses. E de que havia treinado sob a supervisão de sem dúvida alguma um dos melhores instrutores do País, Roque Jorge, um exemplo de força, disciplina e determinação. Ou seja, não tinha como dar errado! Se tem um ditado que é certo nessa vida é que todo esforço traz sua recompensa. Se você quer alguma coisa, batalhe. Só não vence quem desiste. Persistir é o segredo.

O exame de faixa

A parte física foi puxada, mas foi de boa para mim. Afinal, eu treino muito. Estou bem, condicionamento físico em dia. Deu pra suar bastante, exige muito. Mas eu estava pronta para aquele exame, tanto física quanto psicologicamente. Na hora da parte técnica, tentei me manter concentrada, lembrar das orientações de Roque durante os treinos e realizar os movimentos dando o máximo de mim naquele momento. Não olhei o que os colegas estavam fazendo. Estava confiante. Meu instrutor é o cara. Depois do exame, vieram aquelas sensações maravilhosas de orgulho e de privilégio de tê-lo como mestre. Roque treina seus alunos para serem os melhores dentro de suas possibilidades, para superarem suas limitações. Ele nos treina para nos deixar seguros, é aquele cara que não desiste do aluno. Ele corrige, insiste, repete… isso até que a gente dê o máximo. E isso traz uma autoconfiança muito boa. Traz determinação.

exame de faixa krav maga | foto: conversa de meninaQuando eu terminei o exame, antes mesmo de ter recebido o resultado, eu sabia que tinha ido bem. Eu tinha certeza de que tinha ido bem. Não era só a percepção de que eu iria passar e conquistar a faixa amarela. Era uma aura de que eu tinha dado o meu melhor. E isso para mim era o suficiente. Logo depois que decidi entrar no krav maga, tive uma lesão séria no ombro esquerdo, que acabou me afastando das atividades físicas por muitos meses. Quando voltei ao tatame, tive de começar do zero e aceitei o desafio de encarar logo o primeiro exame de faixa que apareceu. Esse resultado pra mim é motivo de muito orgulho. Superei uma lesão, voltei aos treinos, encarei o exame de faixa… E agora é um novo desafio, treinar mais forte ainda.

A cerimônia de entrega de faixa do krav maga

entrega de faixa krav maga | foto: conversa de meninaEsse é o nosso momento. Depois de deixarmos nossos instrutores orgulhosos do trabalho que fizeram no dia do exame, a cerimônia da entrega de faixas é aquele momento em que a gente simplesmente relaxa e aproveita. Em que nos sentimos orgulhosos de nós mesmos, em que bate aquela realização de termos feito um bom trabalho. Ali temos a certeza de que estamos evoluindo, de que subimos mais um degrau na escada dos desafios que nos propomos a encarar. Ali estamos nós, nossos instrutores, os parceiros de treinos, todos numa vibe tão gostosa e numa sintonia tão massa, que nem dá para explicar.

Graduação no krav maga

Para mim, a graduação é o momento em que você decide que quer realmente levar aquela prática para a sua vida. Decidir passar pela graduação é uma decisão que vai além de mudar de cor de faixa. É uma decisão de continuidade, é o momento em que você resolve abraçar aquela arte, se dedicar a ela. É quando você escolhe progredir, avançar, desenvolver, melhorar. Toda rotina de treino é dura e intensa. E quando eu me proponho a fazer alguma coisa, quem me conhece já sabe, eu quero fazer o melhor. Eu me cobro, eu exijo de mim, eu me dedico. Com essa vida louca que a gente leva hoje em dia, nem sempre é possível manter 100% da rotina em dia, mas dentro do que é viável, eu exijo 100% de mim.

exame de faixa krav maga | foto: conversa de menina

E no krav maga não tem sido diferente. Tenho feito o meu melhor, dentro do que é possível. Então, que venham os novos aprendizados e treinos. Que venham os novos degraus, porque eu quero subir todos!

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Desafio beach cross: eu consegui vencer

beach cross 2017Sou movida por desafios. E falo tanto essa frase, que já virou clichê em minha vida. Mas é um clichê que eu sigo praticando. E hoje, meu assunto por aqui é mais um desafio vencido: a corrida beach cross 2017. Foram 5,5km de corrida na areia, no Jardim de Alah. Vocês me veem nas redes sociais, postando fotos de treino na praia e devem se perguntar por que cargas d´água essa prova seria um desafio para mim, que treino todo sábado na areia.

Pois bem, eu simplesmente não tenho fôlego! Tenho um desvio no septo que me atrapalha muito e me faz cansar demais em pouco tempo. Especialmente na areia. Por isso, todo o meu treino tinha um objetivo: chegar até o Aeroclube e voltar. Minha meta era apenas cumprir metade do percurso. Mas eu terminei! Sim, eu consegui!

Quem tem desvio no septo sabe do que estou falando. Chega uma hora em que o ar que entra pelo nariz já não é bastante, e a gente passa a respirar pela boca muito rapidamente. Respirando pela boca, parte do oxigênio é desviada no meio do caminho e não chega ao pulmão. Resultado: o fôlego se perde, a gente cansa muito mais rápido. É péssimo para quem quer evoluir na atividade física. Por isso, participar de uma prova de beach cross há algum tempo atrás era impensável para mim.

Mas daí que me bato com um instrutor maravilhoso, que conhece minhas limitações, mas me desafia o tempo inteiro, e que, mais importante que tudo, acredita em mim mais do que eu! O nome dele? Igor Alisson. A prova foi no domingo. No sábado tivemos treino, ele conversou muito sobre a prova de domingo.

No treino da véspera

Éramos um grupo. De todos os que treinam com ele aos sábados, umas oito pessoas, incluindo eu, decidiram encarar o desafio de fazer a prova. Eu era a única que não tinha o objetivo de completar os 5,5km. Mas na véspera, após ele passar todas as instruções necessárias para que realizássemos a prova, eu cheguei perto dele e perguntei sobre minha prova. Ele olhou pra mim e me disse: “Sua meta pessoal é até o Aeroclube, mas você está pronta para completar essa prova. Se você quiser, você consegue. Faça no seu ritmo, esqueça quem está a seu lado, quem está a sua frente, nem olhe para trás. Você está pronta para completar”. Quando cheguei domingo para a prova, já tinha internalizado a ideia de fazer a prova até o Aeroclube.

beach cross 2017Chegou a hora da largada do beach cross 2017. Coloquei o som no ouvido e parti. Quando dei o primeiro passo, pensei nas palavras de Igor na véspera. Não olhar para o lado, esquecer quem estava à minha frente ou atrás, fazer a minha prova, no meu ritmo. Me concentrei na música no ouvido e não olhei para a frente. Fiz a prova olhando para o chão o tempo inteiro, olhando cada passo que eu dava, concentrada na respiração e na música, no ritmo que eu achava que dava pra fazer, mais lenta que todos os meus amigos de treino, no meu ritmo.

Em um determinado momento, senti cansaço, as pernas pesaram, eu não sabia em que lugar exatamente estava, porque só olhava para o chão. Me deu vontade de parar de correr, de andar um pouco, mas só ouvia a voz de Igor me dizendo “você está preparada para completar. Você consegue”.

Decidi seguir e decidi olhar para a frente, queria saber se o Aeroclube já estava chegando. Foi quando me dei conta que já havia passado do Aeroclube há tempos. Eu já estava completando a primeira metade da prova. Agora era voltar. Já tinha batido minha meta, o que viesse dali pra frente era lucro. Peguei um copo com água no posto de hidratação e, sem parar de correr, joguei metade no pescoço, bebi uns goles e segui. Em vários momentos, me deu vontade de desistir. beach cross 2017Eu estava cansada, a respiração ofegante, as pernas estavam pesadas.

Mas sempre que me dava vontade de parar de correr e terminar a prova de beach cross andando eu lembrava que havia treinado para realizar aquilo ali e meu instrutor, que me acompanhou durante todo o processo, me disse que eu conseguia. Então, na minha cabeça, além da música que tocava no celular, só passava uma frase: eu consigo!

Os últimos 600m do beach cross

Foram sofridos, eu estava exausta, o sol incomodava, eu estava desidratando rápido, a água tinha acabado. Olhei para a frente de novo, ainda tinha um longo caminho, mas avistei Igor. Ele vinha em minha direção, com uma garrafa de água na mão. Quando chegou perto de mim, ele me disse “não pare, está terminando”. Eu estava esgotada. Bebi um pouco de água, tirei a camisa que estava encharcada de suor, entreguei a ele. E segui correndo. Os passos mais lentos, mas correndo.

Foram os 600m mais longos de minha vida. Até que acabou! Eu cheguei lá. Terminei a prova. Fiz 5,5km de corrida na areia. E não andei, corri todo o percurso. Foi desgastante, exaustivo, mas consegui. E fiquei tão feliz que vocês não imaginam. Foi uma realização. Comecei esse post dizendo que sou movida por desafios. E cada um que  supero, me deixa ainda mais empolgada para enfrentar o próximo.

beach crossPor que consegui terminar?

Mas eu só consegui terminar a prova por causa de Igor. Consegui terminar, porque tenho um treinador que acredita no meu potencial, que exige de mim aquilo que eu posso dar. Um treinador dedicado, minucioso, exigente. Um treinador observador e motivador. Que incentiva, que acredita, que usa as palavras certas nas horas certas. Que trabalha seu corpo e sua cabeça. Que faz uma releitura de nossas limitações e utiliza elas a nosso favor. Que entende e respeita as necessidades de nosso corpo. Ele sempre me diz que eu consigo evoluir porque eu sou disciplinada, porque eu sigo as orientações.

Sim eu sou disciplinada nos treinos e sigo as orientações, porque eu acredito e confio no profissional que me treina. Todo treino é uma parceria. O seu treinador e você precisam estar conectados com um objetivo. É uma relação de troca. E se ele for bom, os resultados vão aparecer. E o meu treinador é bom! Bom, não, ele é excepcional.

No final das contas, o que eu posso dizer é que independente do desafio a que você se propõe, o seu psicológico precisa trabalhar a seu favor. Além de trabalhar seu corpo, trabalhe sua mente. Ela vai ser determinante. Quanto a mim, que venham os próximos desafios. Sempre estarei pronta pra eles. E se eu não estiver pronta, vou ficar. Porque eu consigo, você consegue. A gente só precisa querer!

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Krav Magá: a graduação e seu ritual

Não, eu não mudei de faixa no Krav Magá. Ainda. Então por que motivo eu escreveria sobre a graduação? Depois que vi imagens e vídeos do evento de entrega das faixas a vários de meus amigos que passaram pelo último exame, senti vontade de falar sobre isso. E aqui estamos. Muitos já sabem que sou praticante do Krav Magá, na Academia Haganá, em Brotas, aluna do instrutor Roque Jorge.Para quem ainda não conhece, é uma arte defesa pessoal, já falei sobre meu primeiro contato com a arte aqui no blog (clique para ler).

Entrei para a família em março desse ano, mas uma lesão no ombro me deixou longe dos treinos por cinco meses. E foi por isso que não fiz o exame de faixa que ocorreu no último mês. Mas convivi com toda a tensão e preparação de meus amigos e essa é até uma forma de homenageá-los.

A primeira graduação do Krav Magá é para a faixa amarela. Seguida pela laranja, verde, azul, marrom e preta. O aluno precisa ficar cerca de seis meses para fazer o primeiro exame. Tudo depende de sua evolução. Esse tempo pode ser um pouco menor ou maior. E por que fazer os exames? Porque precisamos evoluir, progredir. Porque precisamos dominar os golpes básicos para começar a treinar os mais avançados. Porque a sensação de estar apto a avançar é muito boa. São muitas as razões. Da faixa branca à azul, os alunos vão aperfeiçoando as técnicas de defesa pessoal. A partir da faixa azul, começa o aprendizado das técnicas de combate corpo a corpo, técnicas de combate militar e exercícios mais complicados.

A visão de quem estava lá

A aluna Mônica Santana, com o instrutor Roque Jorge

Mônica Santana é uma dessas minhas amigas que enfrentaram pela primeira vez o exame de faixa. E foi a ela que recorri, pra saber como tudo funcionou, entender as emoções envolvidas e partilhar com vocês. “O Krav Magá entrou em minha vida como uma válvula de escape da vida estressada e virou uma grande paixão”, foram as primeiras palavras dela, que é turismóloga e coordenadora EAD fora do tatame.

O Krav Magá vicia, isso é um fato. É apaixonante todo o processo de aprendizado, cada novo golpe, os exercícios para torná-los precisos. Tudo isso nos envolve demais. Mas o assunto é graduação (eu sempre me empolgo hahaha),voltemos a ele.

Convivi com Mônica durante toda a fase de treinamento. E é uma fase bem intensa. “O processo do exame foi um pouco tenso, cheio de mistério, porque era a primeira vez que eu participava e que estaria de frente com o nosso grande mestre Kobi. Precisei vencer o medo, a insegurança e as dúvidas. Cada semana de treino era um avanço. Meu mestre Roque Jorge colaborou muito nessa fase, com motivação e disciplina, trabalhando a minha autoconfiança. Lógico que ser avaliada deu aquele frio na barriga, mas a adrenalina foi o suficiente para a aprovação. No fundo, eu sabia que tinha sido bem preparada”, conta Mônica, relembrando como foram os dias até o exame.

exame de faixas krav magá

O resultado vem com o treino

O que percebi nesse período todo e acompanhando os últimos dois exames é que o preparo é fundamental. “O importante é treinar, treinar e treinar. Repetir os golpes, executá-los com precisão. Prestar atenção no movimento, impor a força e agilidade necessários”, explica Roque Jorge, instrutor da academia Haganá. Ele também dá aulas em uma academia em Lauro de Freitas. No último exame, foram cerca de 40 alunos de Roque que prestaram o exame. No total das academias aqui de Salvador, foram cerca de 15o alunos buscando a graduação.

treino de krav magá academia haganá

Entrega de faixas do Krav Magá

O evento de entrega de faixas é lindo, é emocionante. Dava pra ver no rosto de cada um dos que ali estavam presentes a satisfação e a realização. “A mudança de faixa representou uma batalha vencida, uma sensação maravilhosa de vitória, o orgulho de meu mestre e o reconhecimento de meus colegas. Dá aquela sensação de missão cumprida. Todo o protocolo, as regras e organização do evento foram maravilhosos. Na hora que ouvi meu nome, foi uma felicidade. Ali nasceu uma guerreira, essa faixa obtida com tanto suor foi só o primeiro degrau que subi na família Krav Magá, pois estou disposta a muito mais”, conta Mônica.

entrega de faixas krav magá

Missão cumprida

Por isso, resolvi falar sobre isso. Tem a ver com superação, com vitória, com realização. No final das contas, a gente pode tudo o que quer. Porque os desafios estão aí para serem superados. Porque treinar é o segredo para progredir em qualquer área. E porque o Krav Magá entrou em minha vida para ficar e, quem sabe, não acabe entrando na sua também? É muito boa a sensação de segurança que a gente ganha. É reconfortante saber que se algum dia for realmente necessário reagir, estarei preparada. Nesse mundo em que vivemos, estar preparado para qualquer situação é importante. E eu não vejo a hora de chegar o meu dia de fazer exame. Mas tudo tem seu tempo, e eu tenho paciência. E é certo que vou contar tudo aqui, podem aguardar. E aos meus amigos e colegas graduados, meus parabéns! Vocês jogaram duro! Rumo aos próximos degraus.

entrega e faixas krav magá

Contatos

Para quem se interessa pelo Krav Magá ou tem curiosidade de conhecer um pouco mais, a Academia Haganá fica localizada em Brotas. O telefone de lá é o (71) 3017 – 3402. Eles também passam informações pelo Whatsapp (71) 99964-5948 e pelo e-mail [email protected]. Minhas aulas são às segundas e quartas, às 17h, mas eles têm uma variedade imensa de horários. E é possível fazer uma aula experimental gratuita, é só agendar pelo whatsapp.

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4ª Corrida Outubro Rosa do NOB: voltei a correr

4ª Corrida Outubro Rosa | foto: Conversa de MeninaA Corrida Outubro Rosa é uma belíssima iniciativa do Núcleo de Oncologia da Bahia – NOB, para promover a saúde e reiterar a importância da campanha do Outubro Rosa, em prol do combate ao câncer de mama. O evento marcou meu retorno às corridas de rua oficiais, depois de cinco anos! Isso mesmo! Voltei a correr há dois meses, aleatoriamente, sem me preocupar com tempo e percurso, e essa é minha primeira corrida oficial nesse retorno.

Antes de tudo, às meninas que lerem esse texto, não esqueçam de realizar os exames de rastreio do câncer de mama, em especial a mamografia. O câncer é uma doença que muitas vezes surge silenciosamente e pode ser fatal. Vamos aproveitar este incentivo para cuidar da nossa saúde! Então agora eu vou compartilhar tudo com vocês!

Por que voltar a correr com a Corrida Outubro Rosa?

O que mais me motivou a encarar o desafio do retorno às provas de rua foi a proposta do NOB. Não era apenas a atividade física em si. Era o propósito de nos incentivar, mulheres, a mudar o estilo de vida, a acrescentar no dia a dia a prática regular da atividade física. Isso eu já faço, vocês que me acompanham aqui, sabem. Mas participar de uma ação com esta finalidade me motivou bastante.

Quando li o material de divulgação da Corrida Outubro Rosa, lá constava uma informação super importante: a prática de atividade física frequente associada a uma alimentação equilibrada pode reduzir em ate 30% o surgimento de variados tipos de cânceres. Número bem significativo, não é?

Esta é a 4ª edição do evento, que começou a ser realizado pelo NOB, junto ao seu Núcleo de Mama, em 2013. Este ano, a corrida teve largada em Ondina, no estacionamento do Speed Lanches, com direção à Barra, em duas opções de trajeto (ida e volta): 5km de corrida (até o Farol da Barra) ou 2km de caminhada (até o Clube Espanhol).

4ª Corrida Outubro Rosa Percurso

A inscrição foi mediante a doação de leite em pó (duas embalagens com 800g), e a organização foi bem bacana. Você recebia a camisa, tinha posto de hidratação no Farol da Barra, após os primeiro 2,5km, e no retorno ainda tinham frutas e água de coco. E eles ainda presentearam os participantes com aquele suporte de braço, para carregar o celular, documentos e chaves. Bacana, hein?

Minha relação com a corrida

4ª corrida outubro rosa | foto: conversa de meninaQuando passei a me interessar por atividade física, em 2010, comecei pela corrida. Eu não tinha fôlego nem condicionamento físico, mas caí nas mãos de um profissional excepcional. Estava 20kg acima do que peso hoje e não conseguia correr um minuto. Entrei no clube de corrida do preparador físico Igor Alisson por indicação de uma amiga. Muita coisa aconteceu nesses seis anos, que me obrigou a parar por longos períodos. Fiz duas cirurgias e vivi o momento mais difícil da vida, com o falecimento de minha mãe.

O meu retorno à atividade física frequente foi há cerca de dois anos. Conversei com Igor, que virou meu instrutor e é com quem faço os treinos na praia. Ele aceitou o desafio de melhorar minha forma física cada vez mais. Comecei a treinar outras atividades, mas não voltei a correr. A corrida é um desafio. Tenho desvio no septo nasal, o que atrapalha muito. Quem entende sabe que a respiração nasal é fundamental para obter bons resultados na corrida.

Quando a gente respira pelo nariz, obriga que o ar vá direto para os pulmões. O desvio no septo obstrui a passagem do ar, compromete a respiração e obriga o seu portador a respirar pela boca, fazendo com que parte do ar seja desviado para o estômago. Assim, o pulmão não recebe a quantidade de ar que precisa durante a prática de atividade física. Além disso, o nariz filtra o ar, melhorando sua qualidade. Resumindo: respirar pela boca prejudica a performance e acelera a sensação de cansaço e fadiga. Quem tem desvio no septo cansa mais rápido.

Essa explicação quem me deu foi um otorrinolaringologista certa vez. Isso foi há bastante tempo, em uma consulta que fiz. Eu tinha sinusite com frequência e descobri que esse desvio também causava essa sinusite, já que dificulta a saída do líquido do seio da face, acumulando na região e causando a inflamação da mucosa nasal. Então, como a corrida exige muito da respiração, ela se tornou um imenso desafio pra mim. Para melhorar, eu teria de fazer uma cirurgia.

Ainda tem uma anemia…

Além disso, estou enfrentando uma anemia ferropriva, o que dificulta ainda mais. O ferro ajuda no transporte de oxigênio e proteína para os músculos. O nível de ferro baixo causa cansaço, fadiga e fraqueza. Meu último exame já demonstrou uma pequena melhora, o que é ótimo para alguém que vem tendo baixa da reserva de ferro há meses. A melhora veio muito em função de meu acompanhamento nutricional, com Camila Avelar. Breve já estarei 100% de novo!

Meu desempenho na Corrida Outubro Rosa

O visual é inspirador
O visual é inspirador

Como eu não estava treinando para correr, o meu objetivo era terminar a prova correndo, sem andar, mesmo que precisasse seguir em um ritmo mais lento. Quando saio para correr na rua, vou bem cedo, por volta das 5h30/6h, para fugir da quentura, que me incomoda bastante. A largada da Corrida Outubro Rosa foi às 7h30, um horário que não tenho hábito de correr. Além disso, eu suo muito, o que ajuda o corpo a desidratar mais rápido. Pra vocês verem como essas corridas de rua são mesmo desafiadoras pra mim.

Eu fiz a prova em um ritmo bem leve. Bem leve mesmo, com passos mais curtos e baixa velocidade. Consegui cumprir meu objeto de realizar todo o trajeto correndo, sem pausas para caminhadas. Meu tempo foi bem alto, completei os 5km em cerca de 39 minutos (usei o cronômetro do celular). Mas consegui fazer exatamente aquilo a que me propus, e isso pra mim é uma grande vitória. Quero continuar a fazer as provas de rua, para melhorar o desempenho. Minha meta é correr distâncias maiores.

Para quem está em dúvida se consegue, minha dica é: compre um bom tênis e busque um profissional bacana, para dar seus primeiros passos. Corrida de rua é como a vida, a gente nunca deve olhar para trás. É só seguir, mirando seu objetivo. Você pode pensar em cumprir pequenas metas ao longo do percurso, e ao alcança-las, traçar outras. Cada um desenvolve seu próprio método. No meu caso, coloco um super som no ouvido. Quando bate o cansaço, apenas penso que eu consigo. E vou seguindo pensando assim: eu consigo. Porque qualquer um de nós consegue, sejam quais forem os obstáculos.

Sobre o NOB

4ª corrida outubro rosa O Núcleo de Oncologia da Bahia – NOB oferece consultas, tratamento quimioterápico e tudo suporte durante e após o tratamento do câncer. Eles têm uma equipe com mais de vinte especialistas que atuam de forma conjunta, entre oncologistas, hematologistas, reumatologistas, algologistas (tratamento da dor), nutricionistas e psicólogos. Eu sou paciente do NOB, embora não seja portadora de câncer. Com a história da anemia, fui orientada a buscar uma hematologista. E minha hematologista atende lá no NOB.

O NOB recebeu o nível máximo do selo de Acreditação Hospitalar, certificado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A equipe de lá é muito educada, eles são super acolhedores. E fazem diversos trabalhos lindos. Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre o NOB pode acessar o site deles (clique aqui). São três unidades, funcionando em Ondina, Pituba e Lauro de Freitas.

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Pilates para Portador de Necessidades Especiais

Desde que comecei a fazer pilates, recebo diversas perguntas a respeito da atividade. Muitas delas foram respondidas pela fisioterapeuta e instrutora do Fit Studio Salvador, Adriana Oliveira, e postadas no blog. Vocês podem ler aqui e aqui. As outras também serão respondidas ao longo do tempo! Das dúvidas que recebi, me chamaram atenção as referentes à prática do pilates por portadores de necessidades especiais (PNE). Foram muitas e variadas. Daí veio a ideia de fazer esta matéria e contar a história de superação da pedagoga e servidora pública federal, Cintia Souza Santos, de 38 anos!

O alongamento é uma etapa muito importante da prática do pilates
O alongamento é uma etapa muito importante da prática do pilates

Quadro clínico

Cintia possui encurtamento de cerca de três centímetros na perna esquerda, em decorrência de uma necrose avascular na cabeça do fêmur, e hiperlordose. A causa nunca foi descoberta, cogitou-se o rompimento de um vaso, talvez uma bactéria… Diagnosticada aos cinco anos, depois de ter repentinamente parado de andar, Cintia passou a vida convivendo com fortes dores, idas constantes a ortopedistas e diversos tratamentos terapêuticos.

Os médicos conseguiram tratar a necrose, mas as sequelas na articulação já estavam instaladas. As consequências incluíam dor intermitente e quedas frequentes, pela falta de estabilidade. Foram incontáveis sessões de fisioterapia, hidroginástica e RPG. Vivia sob o efeito de medicamentos para aliviar a dor. Os médicos não se mostravam otimistas em relação à sua melhora, e a implantação de prótese não era indicada.

O acompanhamento por um profissional qualificado vai permitir avanços grandiosos ao praticante
O acompanhamento por um profissional qualificado permite avanços grandiosos ao praticante

Apesar da disciplina e assiduidade com a fisioterapia, as melhoras eram bem tímidas. Continuava sentindo muito incômodo e dor, especialmente nos dias mais frios. Quando precisava caminhar mais do que o normal, a perna enrijecia. Foi quando o fisioterapeuta que fazia suas sessões sugeriu a ela que experimentasse o pilates. Com a presença do Fit Studio Salvador perto de sua casa, decidiu se matricular em abril de 2014, a fim de ganhar força muscular no quadril e abdômen.

Paciência e persistência

“Começamos com uma fisioterapia avançada, porque Cintia não tinha nenhuma força abdominal. Então começamos a trabalhar o centro, para depois passar a trabalhar outros músculos”, conta Adriana Oliveira, instrutora de Cintia no Fit Studio, que complementa: “É um processo, a pessoa vai ganhando flexibilidade, força muscular e equilíbrio gradualmente”.

A prática promoveu o fortalecimento muscular e mais flexibilidade
A prática promoveu o fortalecimento muscular e mais flexibilidade

Quando começou no pilates, Cintia tinha muita dificuldade inclusive para sentar no chão. A perna esquerda era muito mais fina que a direita. Não conseguiu levantar a perna sozinha e a sua flexibilidade era praticamente nula. E, para completar, ainda tinha discopatia na lombar (desgaste no disco intervertebral), o que lhe causava dormência nos pés.

Após dois anos de pilates, duas vezes na semana, os ganhos foram incontáveis, ao ponto de Cintia dar um apelido especial a Adriana. “Ela é uma santa, faz milagres”, brinca. Isso porque agora Cintia não sente mais dores, nem incômodos. Já consegue caminhar numa boa, e até a realização das atividades profissionais e domésticas melhoraram. O pilates tirou de sua vida os remédios para dor e reduziu significativamente a diferença entre suas pernas. “Ganhei fortalecimento muscular, amplitude de movimento, muito mais mobilidade e agilidade, sem falar na autoestima”. Sim, porque depois que começou o pilates, associado a uma alimentação saudável, Cintia eliminou 18kg.

 

 

Pilates para PNE | foto: conversa de menina

Ganhos

“Os ganhos com a prática do pilates vão depender da realização de um trabalho individualizado, direcionado às necessidades e demandas do indivíduo. No caso de Cintia, além do restabelecimento da saúde, com a busca pelo fortalecimento muscular, pela flexibilidade e por mais agilidade, fizemos um trabalho voltado à estética e melhora da autoestima”, explica a instrutora e fisioterapeuta, Adriana Oliveira. E o sorriso largo de Cintia não nega: “O trabalho realizado aqui me garantiu mais qualidade de vida e mais alegria. Eu não vivo mais sem o pilates”, finaliza Cintia.

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